Márcio França resiste a se tornar um “micro ministro”
Ainda chefe de Portos e Aeroportos teme uma possível perda de relevância, que poderia atrapalhar seus planos para 2026
atualizado
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A terça-feira (05/09) foi de negociações sem resultado para o ministério que o Republicanos vai abocanhar na minirreforma. O presidente Lula (PT) recebeu no Palácio do Planalto o ainda ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e pediu a pasta. Essa parece ser uma questão resolvida, mas França resiste em ceder o ministério, pois teme perder relevância política.
A França foi oferecido o já anunciado Ministério de Micro e Pequenas Empresas, que é um apêndice do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Também existe a possibilidade de ele assumir este último, atualmente ocupado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Ambos são colegas de PSB.
França está determinado a não desperdiçar seu capital político e a evitar ser marginalizado pelo governo de Lula. O ex-governador de São Paulo tem planos para 2026, almejando uma vaga para o Senado pelo Estado. Sua missão pode ser um pouco mais simples que em 2022, já que nas próximas eleições nacionais serão eleitos dois senadores por Unidade Federativa. No ano passado, ele ficou em segundo lugar, perdendo para o Astronauta Marcos Pontes (PL).
Lula já demitiu Ana Moser do Ministério do Esporte, que deve ser entregue ao Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Vale ressaltar que o orçamento do Ministério do Esporte é 407 vezes menor do que o do Ministério do Desenvolvimento Social, que é a preferência do Centrão, conforme dados do Poder360.
O Ministério de Portos e Aeroportos, por sua vez, possui a 17ª maior verba dentro do governo, enquanto o orçamento do Ministério de Micro e Pequenas Empresas ainda não se sabe.