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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

Aroeira – 22 4 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">Xandão acaba com X? Respostas de 3.297 leitores:<br />
Acaba &#8211; <strong>53%<br />
</strong>Não acaba &#8211; 47%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-2"></div></div></p>

Alexandre de Moraes e Elon Musk, montagem -- Metrópoles

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Xandão e o X

<p><i>“Não vamos falar de fraude, vamos considerar 2022 coisa passada, mas quando meu partido questiona dentro da lei, é multado em R$ 22 milhões.” </i>(<b>Bolsonaro</b>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Bolsonaro e Silas malafaia

Frase do dia

Guga Noblat

<p><i>&#8220;A intervenção da Justiça Eleitoral será célere, firme e implacável no sentido de coibir práticas abusivas ou divulgação de notícias falsas e fraudulentas. Principalmente aquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais.”</i> (<b>Alexandre de Moraes</b>, novo presidente do TSE)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente e o ministro Ricardo Lewandowski como vice-presidente do TSE 10

<p>Igo Estrela/Metrópoles</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-2"></div></div></p>

Alexandre de Moraes toma posse como presidente do TSE

Bolsonaro ficará separado de Lula na posse de Alexandre de Moraes

Acordão entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes é um sonho de verão

Bolsonaro: inquéritos de Alexandre de Moraes são “ilegais, imorais”

Boletim Metrópoles 2ª edição: Lula lança desenrola para MEIs; caso Tio Paulo; "chuva" de dinheiro em SC. Assista

Frase do dia | Metrópoles

Da Redação

<p>Apenas noventa e cinco dias nos separam das Olimpíadas de Paris. Ucranianos, russos, palestinos, judeus aprenderão, a partir de 26 de julho a 11 de agosto de 2024, qual é o verdadeiro campo de batalha para as guerras deste século XXI.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>É no campo de futebol, nos tatames, nas quadras, nas piscinas, nas mesas, nos trampolins, nos barcos, nas pistas e nos skates que os homens mostram onde são bons, nas disputas e na busca pela supremacia. As bombas, as espadas, os fuzis e os drones, são artes que velhos militares usam para brincadeiras de péssimos gostos e com a vida de crianças e de civis.</p>
<p>Para este período, o mundo se prepara para ter o melhor televisor, a melhor internet, o pagamento antecipado da energia e as melhores picanhas, cervejas, sucos, cadeiras e companhias durante as disputas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>O nosso Brasil irá para a guerra na esperança de trazer oito medalhas de ouro e a garra e vontade de recolher muitas outras.</p>
<p>Os nossos principais heróis para a busca do ouro são;</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Alisson dos Santos, o Piu, nos 400m rasos</p>
<p>Rebeca Andrade, na ginástica</p>
<p>Gabriel Andrade, no surf</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Bia Ferreira, no boxe</p>
<p>Ana Patrícia e Duda, no volei de praia</p>
<p>Rayssa Leal, a Fadinha, no skate</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Mayra Aguiar, no boxe</p>
<p>Martine Grael e Kahena Kunze, na vela</p>
<p>O futebol masculino, que um dia nos inspirou, está fora das Olimpíadas e saindo do Campeonato Mundial. O voleibol, o basquete, o andebol, o tênis, o boxe, a natação e outros esportes, não nos deixam tranquilos para fazermos uma torcida com esperança de ouro ou prata. As medalhas de bronze poderão chegar, mas não é objeto para brasileiro pensar, mesmo sem merecê-las. Assim está o nosso Brasil para as Olimpíadas, o país do futebol sem futebol nas Olimpíadas. Brincamos nas eliminatórias olímpicas, assim como estamos brincando nas eliminatórias do Campeonato Mundial. Ainda estamos experimentando treinador para nos dirigir na Copa do Mundo a ser realizada nas três nações. Os nossos craques são os jogadores que lotam os estádios do mundo e o mundo não quer saber dos nossos treinadores, e nem nós. Os dirigentes brasileiros, lotam os nossos túneis de treinadores portugueses, argentinos, chilenos e paraguaios, enquanto a CBF, opta pelos defasados “professores&#8221; brasileiros. Resultado: um dia jogamos para o gasto, e no outro, eles nos desgastam. Vamos para Paris com bilhões de dólares gastos durante o período de preparação sem que possamos dizer:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>“Aquela medalha é nossa e ninguém tira”.</p>
<p>E continuaremos gastando o dinheiro da Loteria e dizendo que é pouco.</p>
<p>&nbsp;</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Roberto Caminha Filho, economista, torcedor por obrigação.</p>


Arco Olímpico em frente a Torre Eiffel - Metrópoles

olimpiadas-paris-arco

As Olimpíadas de Paris (Roberto Caminha Filho)

<p style="font-weight: 400;">Que o terceiro governo de Lula foi uma bênção para a <a href="https://elpais.com/america/2024-02-11/asi-urdio-bolsonaro-un-golpe-de-estado-en-brasil.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/america/2024-02-11/asi-urdio-bolsonaro-un-golpe-de-estado-en-brasil.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713841846757000&amp;usg=AOvVaw0vmHW2GAWq6t_0dUTSHLJO">ameaçada democracia brasileira,</a> inventada com a tentativa de golpe militar do ultra bolsonarista, não há debate. E neste ano e meio, à frente do governo de centro-esquerda, Lula tem se esforçado para resgatar o furacão da extrema direita golpista, fora e dentro do país. E ele está fazendo isso com determinação. A questão é por que então todas as pesquisas indicam que ele está perdendo consenso enquanto segue atrás da direita e de Bolsonaro, que tem feito manifestação pública. A oposição a Lula continua firme.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os analistas políticos mais sérios oferecem uma explicação: Lula acredita que suas políticas e seus slogans nas eleições em que acabou triunfando no passado poderiam lhe servir igualmente bem neste momento. Só que talvez ele não tenha calculado que desde os seus dois primeiros governos até hoje o mundo mudou à velocidade da luz. E que o Brasil é outro país.</p>
<p style="font-weight: 400;">Reuni alguns dos slogans que os gurus da publicidade política criaram para ele nos seus primeiros governos. Como: “Trabalhador vota em trabalhador”, “O Brasil é um povo único”, “O Brasil vai mudar de cara”, “Lula é a solução” e o já clássico “Sem medo de ser felizl” ou “A esperança vai vencer.”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Nos seus primeiros governos, a revolução social lançada pelo tenaz sindicalista e focada em chegar à encruzilhada da fome, da pobreza absoluta e das vergonhosas diferenças de classe foi aplaudida pelo mundo. E o Brasil tornou-se menos miserável nos seus milhões de pobres, desempregados, analfabetos e no seu isolamento do mundo após a longa e sangrenta <a href="https://elpais.com/america/2024-04-01/la-dictadura-en-brasil-en-ocho-escenas-la-represion-los-indigenas-la-presidenta-camoes-o-el-error-de-globo.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/america/2024-04-01/la-dictadura-en-brasil-en-ocho-escenas-la-represion-los-indigenas-la-presidenta-camoes-o-el-error-de-globo.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713841846757000&amp;usg=AOvVaw38s2k3S0IarGatfUH2DwMx">ditadura militar</a> .</p>
<p style="font-weight: 400;">Hoje, Lula continua com o mesmo ativismo na sua dedicação à política externa, mas enfrenta sérias dificuldades na política interna, com um Congresso hostil dominado pelas forças mais conservadoras de um Bolsonaro derrotado nas urnas, mas não morto, de uma direita que não votou nele e que está crescendo no país.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não, os velhos slogans elaborados pelos criadores de imagens dos governos passados de Lula envelheceram porque hoje o mundo é digital e não analógico. Prevalecem a ironia e a zombaria, palavras grossas, mentiras meias ou completas, provocações. E aquele Brasil idílico desenhado para o Lula do passado não existe mais. Não é verdade que hoje um trabalhador vote num trabalhador. Até a ideia de trabalho mudou. Os jovens não querem mais trabalhar numa fábrica, querem ser empreendedores.</p>
<p style="font-weight: 400;">Não se deixam enganar por velhas bandeiras e ideologias. A direita e a extrema direita que viviam na clandestinidade vieram à luz do dia. Eles são os donos do dinheiro e dos votos.</p>
<p style="font-weight: 400;">A classe média mudou e inclinou-se para a direita e não quer mais pequenas ajudas aos mais pobres. Os pobres de ontem querem ser protagonistas dos novos tempos e mais do que ajudas sociais querem instituições sólidas que revelem à luz do sol que o governo não quer dar esmolas, mas sim um Estado que lhes ofereça a participação como atores principais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Lula desta vez venceu por poucos votos. Foi um alarme e venceu porque mesmo o centro e uma parte da direita mais saudável não queriam a direita crua e golpista do bolsonarismo. Isso é e será fundamental para o resto do seu Governo, e ainda mais para o seu desejo de ser reeleito, se a sua condição física o permitir, em 2026.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pensar que o Brasil votou em Lula porque ainda é de esquerda pode ser uma grave ilusão. Desta vez foi votado apesar do seu partido, o PT, e não teria vencido sem <a href="https://elpais.com/opinion/2022-10-26/en-brasil-las-elecciones-las-ganara-lula-no-la-izquierda-ni-el-pt.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/opinion/2022-10-26/en-brasil-las-elecciones-las-ganara-lula-no-la-izquierda-ni-el-pt.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713841846757000&amp;usg=AOvVaw2iqVMmubeOM6etHaKtNtJ9">a ajuda do centrão</a> . Assim, seus assessores de imagem terão que lembrá-lo de que o slogan de que com ele “o Brasil vai mudar de cara” não é verdadeiro.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pensar que a grande vitória de Lula e a derrota do <a href="https://elpais.com/opinion/2023-07-26/el-bolsonarismo-fue-solo-una-pompa-de-jabon-brasil-necesita-de-un-centro-izquierda-o-derecha-civilizados.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/opinion/2023-07-26/el-bolsonarismo-fue-solo-una-pompa-de-jabon-brasil-necesita-de-un-centro-izquierda-o-derecha-civilizados.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713841846757000&amp;usg=AOvVaw0gnBf0QPEr4M_qACZsXTBM">bolsonarismo</a> poderiam ser um simples retorno aos velhos símbolos políticos poderia ser fatal. Por isso, os assessores de imagem de Lula deveriam lembrá-lo de que não lhe bastará resgatar as cores da bandeira nacional simplesmente acrescentando o vermelho da velha esquerda de seu partido.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Hoje, ser esquerdista é algo mais complexo, profundo e revolucionário do que era no passado. Hoje, o novo mundo que nasce mais do que sangue e conflitos, quer dignidade e igualdade de oportunidades e não simples esmolas para si e para os seus filhos.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>El País</strong>)</p>
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Lula com povo 2

Os velhos slogans do passado não servem mais a Lula (Por Juan Arias)

<p>Na semana que passou a equipe econômica do Governo anunciou alterações nas metas de resultado fiscal estabelecidas pelo chamado Arcabouço Fiscal aprovado em 2023. As mudanças basicamente adiam a obtenção de um superavit fiscal de 1% do PIB, que estava previsto para ser alcançado em 2026, para 2028, já no próximo governo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>As reações do mercado financeiro foram muito negativas, embora as alterações em si mesmas não tenham sido tão grandes.  Acho justo reconhecer que o anúncio nada mais foi que o reconhecimento de uma realidade. Em governos anteriores do PT nem sempre a sinceridade foi a maior qualidade dos Ministros econômicos. Insistir em metas que, com certeza, não serão alcançadas é uma forma bastante grave de mentir para a sociedade, induzindo as pessoas e as empresas a decidirem num ambiente que as autoridades sabem que é falso.</p>
<p>A discussão do equilíbrio fiscal no Brasil está muito contaminada pela emoção política e por ideias preconcebidas. O aumento dos gastos públicos e do endividamento não é uma excentricidade do Brasil, mas um fenômeno que se generalizou após a crise financeira internacional de 2008 e a pandemia de 2020. O FMI informou recentemente que em 2025, 5 dos 7 países que compõem o grupo de países ricos do chamado G7, vão apresentar uma relação dívida liquida/PIB superior a 100%. No Brasil, já com as recentes alterações das metas, em 2027 nossa dívida bruta está prevista para alcançar 77,9% do PIB, devendo chegar a um pico de 79,7% em 2029, uma trajetória que está alimentando muita turbulência.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Vejam que estamos comparando coisas diferentes, dívida bruta e dívida líquida. No caso do Brasil, na apuração da dívida liquida são subtraídos os valores das nossas reservais cambiais, um ativo certo e líquido. No conceito de dívida líquida o Brasil fechou o ano de 2023 com uma dívida de 60,9% do PIB e em 2029 chegaremos, conforme as previsões a algo em torno de 66% do PIB. Nada que se aproxime de uma situação de catástrofe, embora os mercados continuem a contemplar nossas contas fiscais com olhos sombrios.</p>
<p>Os mercados da dívida brasileira são rigorosos e céticos em relação à gestão pública da economia por alguma razão. Nossos orçamentos públicos são muito rígidos porque, os gastos obrigatórios por lei constituem quase 95% de todas as despesas, tornando quase impossível a tarefa de cortar gastos. Tanto o Congresso Nacional quanto o Poder Judiciário em geral tem sido pródigos em aprovar subsídios e favores tributários, ao mesmo tempo que não hesitam em criar gastos novos. É natural portanto a expectativa de que em algum momento as contas fiscais ficarão sem controle.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>De qualquer modo, o principal fator para o crescimento da dívida pública ultimamente não tem sido tanto o excesso de gastos e sim os juros básicos necessários para combater a inflação e que determinam o custo de financiamento dessa dívida. Como sabemos, o déficit nominal, que é a soma do excesso de gastos em relação à receita mais o pagamento dos juros da dívida, é que causa o aumento da dívida. Pois bem, entre 2012 e 2019, por exemplo, o déficit nominal médio foi de 6,4% do PIB ao ano, resultado de um excesso de gastos primários de apenas 0,7% e de   gastos com juros de 5,7% sempre em relação ao PIB. Muito mais do que a incontinência fiscal, o custo dos juros é que tem provocado a expansão constante da dívida. No resto do mundo é o contrário e os juros são uma parcela pequena do déficit.</p>
<p>Juros tão altos e tão acima dos padrões internacionais não são um ato de maldade da autoridade monetária, mas o reflexo da falta de confiança do mercado e da sociedade, no funcionamento das instituições e na qualidade dos governos.</p>
<p>Por isto, para além  das frivolidades que dominam o ambiente político, o que mais falta ao país seriam governantes e líderes que superassem  sua própria pequenez e assumissem alguma grandeza, mesmo provisória, e buscassem um grande pacto de governabilidade que recuperasse um mínimo de confiança e credibilidade nas instituições e no governo, sem o que  os governos democráticos não podem funcionar.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Roberto Brant, ex-ministro da Previdência Social do governo Fernando Henrique Cardoso</em></p>
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Imagem colorida de uma moeda de 1 real sobre uma bandeira do Brasil - Metrópoles

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A falta que faz a credibilidade (por Roberto Brant)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">A semana que se iniciou no domingo (21/04) será de definições em Brasília. O presidente Lula (PT) participa hoje (22) da cerimônia de lançamento do Programa Acredita. Na quinta (25), realiza o evento de comemoração dos 50 anos da Embrapa e na sexta (26) vai até Nova Lima, em Minas Gerais, para a inauguração da fábrica de insulina da Biomm. No mesmo dia visita o ITA (Instituto Tecnológico Avançado) e a Embraer de São José dos Campos, em São Paulo.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>

<p><span style="font-weight: 400;">Por aqui, o destaque fica pela votação do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) na Câmara dos Deputados e o Senado pode votar a PEC do Quinquênio.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Já o Supremo Tribunal Federal julga o afastamento de Ednaldo Rodrigues da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A Corte vai julgar se a decisão da Justiça do Rio em afastar o cartola é válida.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
</p>

Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ednaldo Rodrigues, assina o Acordo de Cooperação do Projeto Estádio Seguro - Metrópoles

Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ednaldo Rodrigues, assina o Acordo de Cooperação do Projeto Estádio Seguro 1

Agenda da Semana: STF julga Ednaldo Rodrigues

<p style="font-weight: 400;"><strong>17:44</strong><br />
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era um craque no jogo de dizer a cada interlocutor o que cada um gostaria de ouvir. Lula está aprendendo rapidinho.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">No caso da reeleição dos atuais presidentes da Câmara dos Deputados (João Paulo Cunha) e do Senado (José Sarney), Lula disse ao ministro Aldo Rebelo que é contra (porque Aldo é amigo do senador Renan Calheiros que quer o lugar de Sarney, e ambos são alagoanos).</p>
<p style="font-weight: 400;">Ao ministro José Dirceu, chefe da Casa Civil, Lula disse que é a favor (porque José Dirceu é favorável à reeleição). Lula disse a verdade a José Dirceu. E, discretamente, trabalha para que a reeleição seja aprovada.<br />
&#8212;<br />
<strong>17:41</strong><br />
Na reforma ministerial de fevereiro último, Lula convidou Luís Gushiken, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da presidência da República, para ocupar outro lugar na sua assessoria pessoal. Lula já estava insatisfeito com a comunicação do governo desde aquela época – e continua insatisfeito.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Gushiken dispensou o convite apenas com uma frase: “Estou feliz onde estou”. Pronto. Lula não ousou mais tocar no assunto. O episódio prova duas coisas: que Lula gostaria que Gushiken fosse cuidar de outros assuntos; e que o prestígio de Gushiken junto a Lula é maior do que a insatisfação dele com seu trabalho.</p>
<div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></p>

Imagem colorida dos presidente Lula e Fernando Henrique Cardoso no dia da posse de Lula. Esse usa a faixa presidente e ambos sorriem, de cima do Planalto - Metrópoles

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HÁ 20 ANOS – A arte de dizer a cada um o que ele quer ouvir

<p style="font-weight: 400;">Era para ter sido assim: Bolsonaro no papel principal de mais da encenada pela Companhia Nacional da Mentira, cuja turnê pelo país teve início da Avenida Paulista, no final de fevereiro; o pastor Silas Malafaia como coadjuvante; e os bolsonaristas de Copacabana na condição de barulhentos figurantes do espetáculo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas não foi. Bolsonaro delegou a Malafaia, sua boca de aluguel, o que não teve coragem de dizer sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e os militares. Louco para ser preso temporariamente, Malafaia disse. E apenas uma fatia minúscula de bolsonaristas apareceu para ouvi-los.</p>
<p style="font-weight: 400;">Segundo pesquisa do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo, o ato convocado por Bolsonaro, sob o pretexto de que o Brasil está à beira de uma ditadura, reuniu cerca de 32.750 pessoas. O número foi levantado a partir de imagens áreas analisadas por programas de computador.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A estreia da farsa na Avenida Paulista reuniu 185 mil. Em Copacabana, moram 146 mil pessoas, em boa parte aposentadas. Três delas foram vistas fantasiadas de foguete em homenagem a Elon Musk, o segundo homem mais rico do mundo, dono do X, ex-Twitter, e de uma fábrica de foguetes espaciais.</p>
<p style="font-weight: 400;">O comício foi coreografado nos mínimos detalhes. Uma cubana, ex-comentarista da rádio Jovem Pan, perguntou se a plateia lembrava a primeira vez que usou papel higiênico. Ninguém respondeu. Então, ela disse que sua primeira vez foi aos 12 anos, quando chegou ao Brasil depois de fugir da ditadura em Cuba. Sim, e daí?</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Gustavo Gayer, deputado federal (PL-GO), discursou chamando Bolsonaro de “guerreiro da liberdade mundial”; ora vejam só, logo Bolsonaro que sempre defendeu a ditadura de 64. E em inglês, mandou um recado para Musk<em>: </em></p>
<p style="font-weight: 400;"><em>&#8220;Olhe para o que está acontecendo no Brasil. Pedimos socorro em nome de nossa liberdade&#8221;</em>. (Patético!)</p>
<p style="font-weight: 400;">O pastor e deputado Marco Feliciano, ex-PSC, ex-PSD, ex-PSC novamente, ex-PODE, ex-Republicanos, e hoje PL, apressou-se em pregar que os bolsonaristas são maioria no Brasil. Julgou dispensável explicar porque, sendo maioria, eles não reelegeram seu guia. Feliciano comparou Bolsonaro a Moisés, o profeta que libertou os hebreus.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Aí entrou Malafaia em cena e a multidão delirou. Sobre o golpe bolsonarista fracassado, ele disse com o maior cinismo:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Bolsonaro apresentou um documento sugestivo aos militares, isso não é minuta de golpe. É a maior fake news da história política do Brasil inventada pela Globo. Bolsonaro não propôs golpe de estado”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;"><em>&#8220;Lula não foi impedido de governar, os ministros também não. O que eles chamam de golpe foi meia dúzia de baderneiros, não teve canhão, tiro. Isso é uma armação para atingir Bolsonaro&#8221;.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Minuta é o esboço de um documento. Foram encontradas três: uma com o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante-de-ordem de Bolsonaro; outra com Anderson Torres, ministro da Justiça de Bolsonaro; e a terceira no gabinete de Bolsonaro, na sede do PL, em Brasília. Para Malafaia, o golpe foi apenas uma sugestão. Taokey?</p>
<p style="font-weight: 400;">Coube a Malafaia atacar Alexandre de Moraes sem dó nem piedade. Ele citou o nome do ministro mais de dez vezes. Uma delas:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>&#8220;Alexandre de Moraes, quem te colocou como censor da democracia? Quem é você para dizer o que um brasileiro pode ou não falar? Todo ditador tem um modus operandi. Prende alguns para colocar medo nos outros. Alexandre de Moraes é uma ameaça à democracia.&#8221; </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Malafaia provocou os militares que recusaram a sugestão de Bolsonaro de dar um golpe, e criticou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Se esses comandantes militares honram a farda que vestem, renunciem dos seus cargos e que nenhum outro comandante assuma até que haja uma investigação do Senado. E o senhor presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, frouxo, covarde e omisso, vai ser acusado de prevaricação”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Antes no fundo do palanque, Bolsonaro aproximou-se de Malafaia no momento em que o pastor mirou nos comandantes militares e em Pacheco, pondo a mão direita no seu ombro em sinal de concordância. Abraçou-o longamente ao final da fala de Malafaia, e começou seu discurso disparando em Lula:</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;"><em>“Eles [referindo-se ao STF] fizeram voltar à cena do crime o maior ladrão da história do Brasil. Um apoiador de ditaduras. O que eles querem é a ditadura com o controle social da mídia. Acusam agora o homem mais rico do mundo, que é dono de uma plataforma cujo objetivo é fazer com que o mundo todo seja livre.”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro vitimou-se, como de hábito:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“O que o sistema quer não é só me jogar numa cadeia qualquer, quer terminar o que aconteceu em Juiz de Fora [a facada]. Somos a maioria da Nação, mas isso só será possível com liberdade de expressão&#8221;.</em></p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Eu poderia ficar nos Estados Unidos, e estaria muito bem. Mas não poderia abandonar o meu Brasil que amo&#8221;.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">(Não poderia ficar. Ninguém fica nos Estados Unidos o tempo que quiser, menos ainda com certificado falso de vacina contra a Covid.)</p>
<p style="font-weight: 400;">Por fim, e também como de costume, baixou a bola:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Não vamos falar de fraude, vamos considerar 2022 coisa passada”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro falou de fraude durante quatro anos, empenhado em desacreditar o sistema eleitoral. Derrotado, insistiu com a fraude para convencer seus ministros e os comandantes militares a apoiar um golpe. Agora, nega o que vimos. É um mentiroso nato, que não se arrepende do que fez e deve ser condenado.</p>


Silas e Bolsonaro

Malafaia diz por Bolsonaro o que Bolsonaro não tem coragem de dizer

<p>Nascido, criado e vivendo numa família judaico-cristã, assimilei o domingo como um dia de significado especial, respeitando liturgias, devoções, assim como apreciando, também, as tradições e rituais sabáticos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O que, de fato, se apropriou dos meus hábitos foi o dia dedicado ao descanso e à reflexão. Consolidei a noção do recesso, pausa, repouso de forma tão profunda que, aos domingos, não incomodo as pessoas, sequer, para parabenizar pelo natalício. Antecipo ou adio o gesto afetuoso, explicando a razão.</p>
<p>Trata-se de um esforço pessoal na busca do equilíbrio prescrito pela sábia lição do poeta romano Juvenal amplamente conhecida: <em>mens sana in corpore sano. </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Importante agregar o valor da diversão, uma espécie de alegria que geralmente vence a tentação de cometer o pecado capital da preguiça.</p>
<p>Não é uma desobediência isolada, nem desvio estrutural de caráter: está mais para um momento ocasional de recarregar as energias, dando descanso aos neurônios, acendendo, no silencioso remanso, as luzes do espírito.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Os domingos amanhecem bocejantes. Mas não são imobilistas. Dependendo dos costumes e da natureza, são convidativos para viver e aproveitar o tempo liberto da rotina entediante e do estresse cotidiano.</p>
<p>O acaso me trouxe para o mundo tropical, litorâneo, mestiço, afetivo que ofereceu, ao lado das devoções, sol, mar, rio e, durante muito tempo, o dia do futebol, acrescido pelo hábito do almoço com a família que, na prosa poética do meu amigo Luís Otávio, o cardápio dominante era o cozido e, no sábado, feijoada.</p>
<p>Incluídas as matinês dos cinemas chiques do centro do Recife e das salas mais modestas dos cinemas de subúrbio, está completa a cena nostálgica da geração que, concebida sob os horrores da Segunda Guerra Mundial e nascida entre 1945 e 1964, foi batizada de geração <em>baby boomer</em> (onde estou incluído).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Um aviso importante: não é sobre o passado e, muito menos, sobre uma antiga geração que pretendo ocupar o leitor. Até porque, tudo mudou e mudou profundamente no fio da meada a que se seguiram a geração X (1965-1980), a geração Y ou millenials (1981-1996), a geração Z (1997-2010) e a geração alpha (2010-2025). Sem idealizações ou maldições, cada época se constitui de grandezas e misérias.</p>
<p>Refiro-me ao meu domingo inesquecível (14/4/2024) que foi a visita que recebi do meu neto, Victor, nascido faz quatro meses. Quando a mãe (geração Z) ultrapassou a porta com um largo sorriso, minha primeira reação foi desligar a televisão para depois envolvê-lo no abraço do avô emocionado.</p>
<p>Por que desliguei a televisão? Não foi, apenas, um gesto de atenção. Nos meus braços, filho da Segunda Guerra, um baby boomer, estava um representante da geração alpha no clima de ternura e afeto. Naquele começo de noite, o assunto dominante nos meios de comunicação (e não poderia ser outro) era o ataque militar do Irã a Israel e as imagens televisionadas mostravam a contundente realidade de um cenário trágico: céu repleto de drones e misseis profanando a luminosidade estelar e destruindo vidas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Enquanto vivíamos a paz e a doçura do ambiente familiar, armas potentes alimentavam o ódio homicida da guerra, ao vivo e em cores. Preferi mergulhar no aconchego da inocência. E ao me despedir, reforcei o sentimento dos pais para que, no processo de formação, fizesse aquela criança compreender que, antes de tudo, somos humanos cuja arma mais poderosa é a capacidade de semear o amor fraterno.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em><b>Gustavo Krause foi ministro da Fazenda </b></em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>


Televisão

Um domingo inesquecível (por Gustavo Krause)

<p>As historinhas são conhecidas</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A primeira é a de Alexandre Magno, o grande guerreiro. Quem conseguisse desatar o nó que unia o jugo à lança do carro de Górdio, rei da Frígia, dominaria a Ásia. Muitos tentaram. Não conseguiram. Foram a Alexandre. Ele tinha duas opções: desatar o nó ou cortá-lo com a espada. Optou pela via mais rápida e certeira com um golpe forte. Sabia que perderia tempo tentando desatá-lo. E assim o nó górdio entrou para a história.</p>
<p>O segundo caso é o ovo de Cristóvão Colombo, que descobriu a América em 1492. Levaram um ovo para o almirante e pediram que ele o equilibrasse. Muitos tentaram. O ovo não se equilibrava. Com um pouquinho de força, Colombo colocou o ovo em posição vertical sobre a mesa. O ovo de Colombo foi festejado com aplausos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Ambos os casos revelam a condição cognitiva dos protagonistas, a capacidade de equacionar em determinado espaço de tempo, o desafio a eles imposto, o rumo estratégico de suas decisões. Procurando encontrar uma palavra para abrigar o significado, encontro um termo que não é um dos mais bonitos da língua portuguesa: acurácia. Que significa perfeição, acerto, exatidão, retidão, rigor.</p>
<p>Pois bem, o conceito cai bem sobre os nossos governantes, a partir do presidente da República, Lula da Silva. Falta-lhe acurácia, acerto nas ações governativas. Parece querer resgatar as circunstâncias de seus mandatos I e II, quando abriu os cofres para encher o bolso das massas, escancarando o cofre do Tesouro para propiciar o acesso ao consumo e, por essa via, alavancar a economia. Os tempos são outros e Lula mostra ouvidos moucos à ideia de controlar os gastos e fechar a gastança.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Com tanta experiência acumulada, tanta estrada percorrida, tantos dribles emotivos, Luiz Inácio poderia agregar condições para realizar um terceiro mandato prestigiado e aplaudido pelo povo. Governar, assim, com os pilares do bom senso e da razão. Por que isso ocorre?</p>
<p>A primeira razão está na falta de bússola. O Governo não possui uma boa estratégia. Trabalha no varejo. Sem rumo e se um eixo-mor, fica tateando à procura de pontos de contato com os grupos sociais.</p>
<p>Lula parece cansado. Não exibe a vitalidade dos tempos idos – o que é bastante compreensível -, <em>o animus animandi</em> que funciona como motor da vontade de fazer o melhor possível para ajustar as engrenagens da máquina. Seu ministério é um desfile de postos e nomes de difícil retenção na memória.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Ademais, o governante parece insistir na direção errada. Sabendo que há falhas na articulação políticas e um bombardeio fere o ministro Alexandre Padilha, o presidente, em vez de entrar na liça para sustar os tiros, responde com uma expressão incondizente com a arte de administrar o caos: <em>só por teimosia, Padilha vai passar um bom tempo por aqui.</em> Ora, onde já se viu um comandante de governo e um chefe de Estado governar com a alma assolada pela birra, banhada pelo ódio, balizada pela vingança?</p>
<p>A administração, cujos dirigentes não cabem numa mesa do Planalto, não estão sabendo selecionar projetos sociais ou fazer sua correção a tempo. E, assim, não contemplam aspirações e expectativas da população.</p>
<p>A impopularidade que ameaça se expandir pelos vãos do Executivo resultam da precária escolha de projetos e de sua operação. O rombo da Previdência sobe aos céus. O déficit zero do PIB será mera promessa. Como está a transposição das águas do São Francisco?  O governo aparece inaugurando obras, sem água jorrando das torneiras.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>A sanha arrecadatória mostra as garras. O leão está faminto. Virão recursos novos das loterias e, quiçá, do bolso dos ricos, pelo que se deduz das falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Dinheiro para ajuste do funcionalismo público? Pálida promessa para um tardio amanhã. Mas os juízes e membros do Ministério Público, esses, sim poderão ganhar aumentos substantivos em seus salários e colecionar quinquênios em seus proventos.</p>
<p>Por último, a fanfarra expressiva de Sua Excelência. Lula não pode ver um microfone. A bola estará com ele no campo da oratória. Dá recados, responde a eventuais acusadores, puxa a orelha de uns e outros ministros, faz elogios esparsos, joga o verbo nas redes, fazendo gols quase todos os dias com a palavra de palanque. No cenário internacional, já não é mais “o cara”, como se referia a ele o então presidente Barack Obama. A banalização do discurso &#8211; com as recorrentes falas – acaba rebaixando a eloquência e fazendo o ouvinte bocejar.</p>
<p>Para ser justo: Lula continua a agregar um estoque grande de carisma. Que usa para manter acesa a chama da esperança. Porém, não chega tão perto do povo, as massas que acorriam a seus apelos. Ocorre que muita coisa mudou. E o país continua dividido.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Todo líder possui uma qualidade notável: a de antever possibilidades, quando os outros só vêm restrições. Os dois casos, que abrem este texto, apontam para perfis determinados e que trazem soluções criativas para os dilemas cotidianos. Não parece ser o caso de Lula ou de outro figurante na atual quadra do país.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Gaudêncio Torquato é escritor, jornalista, professor titular da USP e consultor político</strong></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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</p>

Haddad com governadores 4

O nó Górdio e o ovo de Colombo (por Gaudêncio Torquato)

<p><span style="font-weight: 400;">Depois de informar aos líderes da </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/camara-dos-deputados"><span style="font-weight: 400;">Câmara dos Deputados</span></a><span style="font-weight: 400;"> que prepara um pacote de pautas-bomba e CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) contra o governo, o presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira"><span style="font-weight: 400;">Arthur Lira</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PP-AL) foi aconselhado por aliados a diminuir a temperatura na casa. A avaliação é que cacique sairia enfraquecido de um embate com </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT), mesmo tendo o controle da Câmara.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Diante deste enfraquecimento, governistas acreditam que agora é a hora para serem mais categóricos contra Lira, que não conseguiu, por exemplo, </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/camara-prisao-chiquinho-brazao"><span style="font-weight: 400;">articular a liberdade de Chiquinho Brazão (RJ)</span></a><span style="font-weight: 400;">, preso por suspeita de ser o mandante da morte Marielle Franco.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/centrao-lira-cpi-camara">Centrão aposta que Lira não abrirá nenhuma CPI na Câmara</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">O momento seria propício para desafiar a sucessão do presidente da Câmara, que tem como favorito o líder do União Brasil </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/diante-de-irritacao-de-lira-governistas-sinalizam-abandono-de-elmar"><span style="font-weight: 400;">Elmar Nascimento</span></a><span style="font-weight: 400;"> (BA), aliado de primeira hora de Lira. Não é a hora de lançar um candidato próprio, avaliam, mas a disputa ficou mais aberta com outros candidatos mais “governistas” como </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/marcos-pereira"><span style="font-weight: 400;">Marcos Pereira</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Republicanos-SP) e </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/antonio-brito-aparece-como-solucao-viavel-para-presidencia-da-camara"><span style="font-weight: 400;">Antonio Brito</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PSD-BA).</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Nem mesmo a abertura de </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/quais-cpis-lira-pode-desengavetar-em-reacao-ao-governo-lula"><span style="font-weight: 400;">cinco CPIs</span></a><span style="font-weight: 400;"> assusta tanto o governo, que vê apenas uma tentativa de Lira em superlotar os trabalhos da Câmara. As cinco investigações que podem sair do papel não tem capacidade de macular o governo, mas têm o poder de criar algum desgaste.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Diante disso, avaliam que mesmo Elmar perdeu poder. Ele foi um dos principais articuladores pela não manutenção da prisão de Chiquinho e perdeu, numa disputa acirrada.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Como o blog </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/manutencao-da-prisao-de-chiquinho-brazao-expoe-limites-do-bolsonarismo"><span style="font-weight: 400;">mostrou</span></a><span style="font-weight: 400;">, a votação da prisão do deputado exibiu até onde vai o bolsonarismo. O teto de 129 votos, sem o apoio da esquerda e com o Centrão fragmentado, poderia significar um revés na sucessão do presidente da Câmara. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O governo articula também para ter maioria nas investigações que possam causar mais dor de cabeça a Lula, como a que investigará os supostos crimes sexuais contra crianças em Marajó (PA).</span></p>
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imagem colorida mostra arthur lira e deputado zé guimarães - Metrópoles

Arthur Lira acompanha a sessão Plenário da Câmara dos Deputados, que define o destino do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco 2

Frase do dia

Alexandre de Moraes

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