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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

Aroeira – 29 4 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">É crime um deputado bolsonarista dizer que o STF, a pedido de Lula, &#8220;mete a piroca&#8221; em Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e Pacheco aceita sem reagir? Respostas de 2.239 leitores:<br />
É &#8211; <strong>71,7%<br />
</strong>Não é &#8211; 28,3%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-2"></div></div></p>

interrogação dúvida

“Meter a piroca” é crime?

<p><i>&#8220;O antissemitismo é uma ideologia repugnante que resultou na morte de muitos milhões. Isto não nega as ações sem precedentes do governo racista e de direita de Netanyahu. Não é antissemita exigir o fim do desastre humanitário em Gaza&#8221;.</i> (<b>Bernie Sanders</b>, senador americano)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Bernie Sanders

Frase do dia

Evandro Éboli

<p>A interação de Lula com a líder indígena Sonia Guajajara nesta semana no Acampamento Terra Livre causou ciúmes no PT. Candidata a deputada federal pelo PSol em São Paulo, Guajajara discursou no evento, <a href="https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-2022/lula-promete-ministerio-das-questoes-indigenas-se-for-eleito">reivindicou um ministério para questões indígenas e ouviu do petista que, se eleito, o pedido será uma ordem. </a></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Mais ainda: Lula a incumbiu em indicar o nome do titular dessa futura pasta, se o vencedor for ele.</p>
<p>O ex-presidente, no palanque, afirmou que sua eleição para o Congresso será importante para ele. Os indígenas querem eleger pela primeira vez uma bancada na Câmara, por menor que seja.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Sonia Guajajara é coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e foi vice de Guilherme Boulos na eleição presidencial de 2018.</p>
<p>O entusiasmo de Lula com a indígena causou ciumeira no PT. No ato, Lula não falou com empolgação de nenhum candidato de seu partido.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>&nbsp;</p>


<p>Ricardo Stuckert &#8211; Divulgação</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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lula-com-sonia-guajajara

Lula promete “Ministério das Questões Indígenas” se for eleito

Terra Livre: indígenas acampam em Brasília e pedem fim de perseguição

Entusiasmo de Lula com candidata a deputada do PSol causa ciúme no PT

avatar-noblat

noblat

Boletim Metrópoles 2ª edição: entenda o que muda na reforma tributária; mulheres moram no McDonald's; e depoimento de Musk. Assista

Petista interagiu com Sonia Guajajara e prometeu que, se eleito, irá atender seu pedido e criará o Ministério das Questões Indígenas

Entusiasmo de Lula com candidata a deputada do PSol causa ciúme no PT | Metrópoles

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">A liberdade dos meios de comunicação social diminui em toda a União Europeia e está “perigosamente perto do ponto de ruptura” em vários países, segundo o relatório oficial de 2023 da União das Liberdades Civis para a Europa, com sede em Berlim, capital da Alemanha.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Em muitos países, isso é <em>“resultado de danos deliberados ou negligência por parte dos governos nacionais”</em>, segundo Eva Simon, responsável sénior da entidade. Ela explica:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“O declínio da liberdade dos meios de comunicação anda de mãos dadas com o declínio do Estado de Direito. Há uma estreita correlação entre os dois. Este é o manual dos regimes autoritários.”</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O panorama dos meios de comunicação social na Europa continuou a ser marcado no ano passado por uma forte concentração da propriedade dos meios de comunicação social, regras inadequadas em matéria de transparência da propriedade e numerosas ameaças à independência e às finanças dos meios de comunicação públicos.</p>
<p style="font-weight: 400;">A entidade também documentou vários casos de ameaças, intimidação, vigilância e violência contra jornalistas em vários Estados-Membros da União Europeia, bem como restrições à liberdade de expressão e ao acesso à informação em todo o bloco.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Jornalistas em países como Croácia, França, Alemanha, Grécia e Itália enfrentaram ataques físicos em 2023, afirma o relatório, e na Hungria e na <a href="https://www.theguardian.com/world/slovakia" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/slovakia&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw2Ea8VBapFeHqOVqHylDxtO">Eslováquia</a> repórteres foram confrontados com abusos e ameaças por parte de políticos eleitos.</p>
<p style="font-weight: 400;">Na <a href="https://www.theguardian.com/world/romania" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/romania&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw31xTQ3aF6JHo-ThK0kGv9H">Roménia</a> e na Suécia, a polícia não investigou adequadamente os ataques a jornalistas, quer por falta de recursos, quer por falta de vontade, diz o relatório, enquanto na França e na Bulgária os próprios agentes da polícia atacaram jornalistas.</p>
<p style="font-weight: 400;">Habitualmente, bofetadas eram utilizadas contra jornalistas na Croácia, na Grécia, na Itália, nos <a href="https://www.theguardian.com/world/netherlands" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/netherlands&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw0kmEDWlhsXXMh5JKiQyo46">Países Baixos</a> e na Suécia, enquanto repórteres na Alemanha, na Grécia, nos Países Baixos e na Polónia eram postos sob vigilância de programas espiões digitais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A Autoridade Reguladora de Solicitadores do Reino Unido <a href="https://www.sra.org.uk/solicitors/guidance/slapps-warning-notice/" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.sra.org.uk/solicitors/guidance/slapps-warning-notice/&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw1VZg5nPVclzDiG61qls1ba">define Slapps</a> como “um alegado uso indevido do sistema jurídico e a instauração ou ameaça de processos, a fim de assediar ou intimidar, desencorajando assim o escrutínio de questões de interesse público”.</p>
<p style="font-weight: 400;">Essa é outra arma usada contra jornalistas europeus, mas não só. A concentração da propriedade dos meios de comunicação social permanece elevada na <a href="https://www.theguardian.com/world/croatia" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/croatia&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw1GXhGNeMbYsUpuFfvrfEhH">Croácia</a>, França, Hungria, Polônia, Países Baixos e Eslováquia, aumentando o risco de parcialidade.</p>
<p style="font-weight: 400;">Na Alemanha, Hungria, <a href="https://www.theguardian.com/world/lithuania" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/lithuania&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw2jc5gAM8ebYWCBeRsprPb7">Lituânia</a> e Países Baixos, jornalistas críticos do governo viram-se excluídos de conferências de imprensa ou de outros eventos oficiais, ou foram-lhes negados documentos aos quais deveriam ter tido acesso.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Na Eslováquia, o primeiro-ministro <a href="https://www.theguardian.com/world/2024/jan/04/growing-fears-for-slovakian-press-freedom-amid-government-crackdown" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/2024/jan/04/growing-fears-for-slovakian-press-freedom-amid-government-crackdown&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw0b5-OHzrE3aGfplsGDiQFQ">Robert Fico cortou todas as comunicações</a> com quatro meios de comunicação acusados de “exibir abertamente <em>“atitudes hostis”.</em> O seu governo aprovou este mês um <a href="https://www.theguardian.com/world/2024/apr/25/we-want-to-work-freely-slovakian-journalists-protest-against-rtvs-plans" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/2024/apr/25/we-want-to-work-freely-slovakian-journalists-protest-against-rtvs-plans&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw2H01E9ouJobtyvn5ZNiDSr">polémico projecto de lei para reformar a emissora pública RTVS</a> .</p>
<p style="font-weight: 400;">Na <a href="https://www.theguardian.com/world/hungary" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/hungary&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw0TbMWqwt9WW7VMwq-oWatv">Hungria</a> , os meios de comunicação social de serviço público já estavam <em>“tão completamente sob o jugo do governo”</em> que a sua produção era “caracterizada por reportagens tendenciosas que estão sempre em linha com os interesses do partido no poder.</p>
<p style="font-weight: 400;">Além da Hungria, a radiodifusão pública se encontra num “estado de incerteza” na <a href="https://www.theguardian.com/world/poland" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/poland&amp;source=gmail&amp;ust=1714455450395000&amp;usg=AOvVaw01luZrA5GWiM8pBdH6Yb_V">Polônia,</a> enquanto o novo primeiro-ministro, Donald Tusk, tenta reprimir as intervenções do governo anterior. Há preocupações crescentes sobre os governos da Croácia e da Itália.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>


bandeiras da união europeia em frente a predio

União Europeia Comissão europeia

Liberdade de imprensa está em declínio em toda a União Europeia

Da Redação

<p>O ambiente político fervilha nos anos de eleição. Apesar das imperfeições e disfuncionalidades do regime, o Brasil segue um calendário eleitoral que, a cada dois anos, intercala eleições gerais e eleições municipais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A democracia tem uma virtude indiscutível: confere mandato com prazo determinado, assegurando alternâncias, exceto o faz-de-conta das nações que ameaçam constantemente os mecanismos da democracia liberal e ampliam globalmente os espaços do populismo autocrático.</p>
<p>Por aqui, há os que preconizam reformas que corrijam as distorções do nosso sistema político. Esqueçam. Diz o cancioneiro: “Meu amigo, se ajeite comigo e dê graças a Deus”. Vamos ao jogo. As regras estão estabelecidas e a vida real de 5.570 municípios será exposta com suas carências e dificuldades num quadro de brutal desigualdade.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Neste clima, milhares de candidatos vão às ruas, com o sem a falsificação do marketing, pedir e se mostrar merecedor do voto do eleitor.</p>
<p>A vida local da menor e mais pobre à mais rica e populosa cidade é o espaço das transformações reais, a desafiar a capacidade de gestores e legisladores. O julgamento popular será um passo adiante ou, para trás, dos projetos políticos/pessoais.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Sem dúvida, o mais complexo dos desafios está reservado para a governança, hoje elevada à categoria estratégica ao lado das questões sociais e ambientais. Ganhou lugar de destaque na composição da sigla internacional ESG.</p>
<p>Trata-se de conceito e experiência extremamente complexas. Exigem múltiplas capacidades, conhecimentos, estratégias e métodos. O importante: é possível aprender a fazer e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. No entanto, para além dos mecanismos modernos e inovadores, a gestão deve obrigatoriamente observar princípios que atravessam o tempo.</p>
<p>Neste ponto, recordo a passagem memorável da gestão municipal no Brasil do Prefeito Escritor (e admiravelmente transgressor) Graciliano Ramos (1892-1953), grande romancista e expoente da geração modernista de 30 que nos deixou 11 obras em vida, 10, póstumas e duas traduções, uma delas, <em>A peste, </em>de Camus.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Como Prefeito de Palmeira dos Índios (candidato único por consenso e 433 votos) imortalizou dois relatórios dirigidos ao Governador de Alagoas em 1929 (exercício do 28) e 1930 (exercício de 1929), recém-editados pela Record sob o título <em>O prefeito escritor: dois retratos de uma administraçã</em><em>o</em>, prefaciado pelo Presidente Lula. Neles, estavam as sementes do moderno conceito de <em>accountability </em>(prestação de contas e responsabilização).</p>
<p>Os relatórios revelam o escritor/transgressor, primeiro ao usar os verbos na primeira pessoa do singular com estilo conciso, sem enfeites, imitando, segundo ele, o ofício das lavadeiras que se dedicavam ao esforço repetido do fazer prosaico de, com esmero, lavar o tecido. A partir do exemplo, dizia: “Quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como falso: foi feita para dizer”. A vocação de escritor derrotou o jargão burocrático.</p>
<p>Sempre iniciava os documentos prestando contas, minuciosamente, das receitas e gastos. “Consegui salvar em setenta dias 9:539$447 (Moeda da época, comparação 1 Real/100 Réis). É pouco. Entretanto fiz esforço imenso para acumular soma tão magra [&#8230;] suprimi despesas e descontentei bons amigos e compadres que me fizeram pedidos [&#8230;] de resto preciso efetuar uma economia considerável, não só para custear as despesas como para fazer face à dívida que a administração passada me legou”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Apesar de tempos históricos distintos, no relatório, estão demonstrados sinais de austeridade, transparência, probidade, zelo com o dinheiro público (responsabilidade fiscal) e, nas entranhas da gestão pública, constatados os vícios do compadrio e do patrimonialismo.</p>
<p>Outro expressivo registro com realismo, humor e ironia: “A cobrança das contas atrasadas é impossível [&#8230;] Isto se explica pelo fato de sermos todos, prefeitos, conselheiros, contribuintes, mais ou menos, compadres”.</p>
<p>Nascido em Quebrangulo (AL) e primogênito de uma numerosa família de 16 irmãos, o notável escritor escreveu seu primeiro conto, <em>O pequeno pedinte, </em>em 1904. A partir de então, a extensa bibliografia se inspirou na sua profunda sensibilidade para denunciar os contrastes sociais, expostos na miséria dos retirantes nordestinos donde emergia o infortúnio dos desvalidos a exemplo de Fabiano, protagonista de <em>Vidas Secas.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>O romance engajado e suas ideias renderam-lhe uma prisão em 1936, sob a acusação de ser comunista por quase um ano. Inocentado. As agruras do prisioneiro foi o tema do romance autobiográfico <em>Mem</em><em>órias do Cá</em><em>rcere. </em>Em 1945, filiou-se ao PCB.</p>
<p>Com modéstia, disse em um dos relatórios: “Não pretendo levar ao público a ideia de que meus empreendimentos tenham vulto. Sei perfeitamente que são miuçalhas”, mas com a firmeza de convicções das quais jamais se afastou, assim se referiu ao “pobre povo sofredor” que “quer escolas, quer luz, quer estrada, quer higiene”.</p>
<p>O exemplo e o sonho do prefeito escritor, alargados, atualizados, realizados, bem que podem servir como plataforma e compromisso dos candidatos que almejem um espaço de poder nas próximas eleições municipais.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Em quaisquer circunstâncias, fica a lição atemporal: o bom governo é o mais forte argumento em favor do prestígio e da resistência da democracia.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em> Gustavo Krause foi ministro da Fazenda </em></p>


Panfletos e santinhos em eleição

Lições de um prefeito escritor (por Gustavo Krause)

<p>É possível existir um político que coloca o ideal coletivo acima de seu leque de interesses pessoais? Será que, nesses tempos de competição desvairada, alguém será capaz de entender a política como missão? A resposta carece de pressupostos, a partir de força moral do protagonista e de uma poderosa lupa para enxergar sua alma.  A resposta, ademais, tem a ver com retidão de caráter.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Confúcio dizia: <em>“se um homem consegue dirigir com retidão sua própria vida, as tarefas de governo não devem ser um problema para ele. Se ele não consegue dirigir sua própria vida com retidão, como pode dirigir outras pessoas com o espírito de correção?”.</em></p>
<p>O fato é que os perfis que não usam a política como escada para subir ao pódio do poder são, a cada dia, raros e escassos. A política virou profissão. Altamente rentável. A retidão de caráter tem se transformado em curvas perigosas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Esta breve apresentação cai bem nesse instante pré-eleitoral. Sugere a inferência de que serão muito poucos aqueles que focarão sua campanha nas demandas populares. Aqui, ali e acolá, a política tem se distanciado do ideal aristotélico que impunha ao cidadão o dever inarredável de servir à polis. Se a utopia ainda sobrevive nos compêndios de sociologia, é, na esteira do tiroteio recíproco entre candidatos, mera promessa.</p>
<p>No Brasil, este fenômeno ganha intensidade. A política virou gigantesco balcão de negócios. Os papéis entre os campos público e privado são facilmente trocados, gerando superposição e invasão, enquanto a <em>res publica</em> se transforma em espaço das vontades pessoais. Essa prática tem ocorrido em praticamente todo o universo institucional, acentuadamente no campo da administração pública &#8211; nos níveis federal, estadual e municipal &#8211; na esfera parlamentar e até no sagrado recanto do judiciário.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Na administração pública, o comportamento das autoridades frequentemente se desvia das normas aceitas para adentrar o terreno dos interesses particulares. A isso se chama corrupção, que nada mais é que ausência de institucionalização política eficiente.</p>
<p>Dessa forma, o país exibe uma vasta malha corruptiva, que começa no âmbito das administrações municipais. As Prefeituras, em muitas regiões, entram no acervo particular dos prefeitos. Quanto mais distantes e localizadas nos fundões do País, tanto mais integram a propriedade particular.</p>
<p>Não deixa de ser muito forte a tradição do mando, herança das capitanias hereditárias. Os mandatos legislativos nas Câmaras de Vereadores constituem emprego garantido por quatro anos, com direito dos edis a usar a tribuna para barganhar, pedir favores e amealhar benesses. Apenas parte desse poder reverte-se para a comunidade, na forma de obras, benefícios e serviços sociais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Os cargos são posses dos mandatários e não representações a serviço das comunidades. O processo decisório obedece à lógica dos particularismos e os negócios são fechados como se fossem transações comerciais entre parceiros de um jogo disputado a ferro e fogo. Por trás de tudo isso, descortina-se um manto de legitimidade, que tem como pressuposto o fato de que os congressistas, donos dos cargos, consagrados pelo voto popular, arrogam-se ao direito de usar e abusar das estruturas postas à sua disposição.</p>
<p>O parlamentar é exímio difusor da teoria de superposição da esfera pública pelo poder privado. Credita seu mandato a um esforço pessoal, frequentemente estribado em perdas financeiras e materiais. Portanto, o mandato &#8211; conclui &#8211; não deixa de ser uma forma de conquista de recompensas e amortização de débitos. (Sempre sugiro comparar os gastos de campanha com os ganhos de um mandato de 4 ou 8 anos). Há exceções, claro. Certos perfis exercem condignamente sua missão. Mas, como identificá-los?</p>
<p>Os executivos estaduais não escampam à regra geral. Esboça-se um quadro global de amoralidades e ilicitudes que só vêm à tona quando as águas sujas transbordam no copo dos donos do poder.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>A dilapidação da coisa pública é um fenômeno inerente a todos os regimes políticos, mas nas culturas subdesenvolvidas assume a conformação de tragédia.</p>
<p>Ademais, a demagogia pavimenta a estrada dos navegantes políticos. Certa feita, passeando numa feira com um candidato a prefeito de São Paulo, um jornalista, ao ver um galo, perguntou-lhe, de repente, se seria capaz de fazer o galo cantar, caso eleito. A resposta veio de pronto: “é claro”. Idi Amin Dada, o brutal ditador de Uganda (1971-79), garantia conversar com Deus. Quantas vezes, indagou o jornalista? “Tantas vezes quantas necessárias”.</p>
<p>Quem tem poderes para fazer um galo cantar ou bater papo com Deus, usa muito o gogó, ou para imitar o som da ave (funcionando como ventríloquo de galinheiro e com ingresso para abrir as portas do Paraíso), ou para driblar a verdade, coisa muito comum nesses tempos de “caçar” o eleitor.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Se a resposta fosse apenas uma <em>boutade, </em>entraria como mais uma pérola do folclore político. Mas a mentira repetida seguidas vezes por um político tem o dom de fazer com que os ouvintes a tomem como verdadeira. E o próprio político, de tanto mentir para os outros, passa, ele próprio, a acreditar no que diz. A arte da mentira é uma obra da engenharia eleitoral.</p>
<p>Eleitores de outubro, cuidado.</p>
<p>Em tempo: <em> </em>a esperteza, o vale-tudo, a dramatização, os recursos artificiais, a hipocrisia e a insinceridade têm sido a tônica da cultura política na era pós-industrial. <em> </em></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>&nbsp;</p>
<p><em><strong>Gaudêncio Torquato é escritor, jornalista, professor titular da USP e consultor político</strong></em></p>


imagem colorida de cidadão votando em Urna eletrônica TSE

urnas-eletrônicas-teste-de-segurança-TSE (1)

Res publica sob o domínio privado (por Gaudêncio Torquato)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">Diante da aparente derrota no </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/stf"><span style="font-weight: 400;">Supremo Tribunal Federal</span></a><span style="font-weight: 400;">, em relação à suspensão de trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios, o presidente do Congresso e do Senado, </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/rodrigo-pacheco"><span style="font-weight: 400;">Rodrigo Pacheco</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PSD-MG), demonstrou clara irritação com a tabelinha entre STF e o governo </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) nesta semana.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Pacheco chegou a dizer que o governo “erra ao judicializar a política” e afirmou que vai seguir os trâmites legais para recorrer da decisão do STF. Por enquanto, </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/stf-tem-votos-para-suspender-lei-que-prorroga-desoneracao-da-folha"><span style="font-weight: 400;">três ministros acompanham</span></a> <a href="https://www.metropoles.com/tag/cristiano-zanin"><span style="font-weight: 400;">Cristiano Zanin</span></a><span style="font-weight: 400;"> na decisão de suspender a lei.</span></p>
<blockquote><p><span style="font-weight: 400;">“O governo federal erra ao judicializar a política e impor suas próprias razões, num aparente terceiro turno de discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento. Respeito a decisão monocrática do ministro Cristiano Zanin e buscarei apontar os argumentos do Congresso Nacional ao STF pela via do devido processo legal” — Rodrigo Pacheco.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div></blockquote>
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<p><span style="font-weight: 400;">O clima não anda muito bom entre o presidente do Congresso e o presidente da República. Nesta última semana, a Advocacia Geral da União (AGU) apresentou um recurso contra a decisão do ministro </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/kassio-nunes-marques"><span style="font-weight: 400;">Nunes Marques</span></a><span style="font-weight: 400;"> de prorrogar, por mais 90 dias, o pagamento da dívida de Minas Gerais com a União.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O Estado que Pacheco planeja governar em 2026 deve cerca de R$ 160 milhões e o governo teme um calote. A AGU disse que o “saldo devedor de minas gerais cresce em proporções geométricas e chegou a um estágio calamitoso, justamente, em virtude de decisões judiciais”.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Pacheco espera receber, na próxima semana, o projeto de lei que vai tratar dos critérios para a renegociação de dívidas de estados. Segundo o presidente do Senado, o texto já passou pelo Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad. É esperada uma reunião de Pacheco e Lula já nesta semana.</span></p>


presidente Lula e rodrigo pacheco durante o ato em alusão ao marco de um ano após os ataques golpistas bolsoanristas de 8 de janeiro de 2023

presidente Lula e rodrigo pacheco durante o ato em alusão ao marco de um ano após os ataques golpistas bolsoanristas de 8 de janeiro de 2023 2

Além da desoneração, outro assunto deixa Pacheco desgostoso com Lula

<p dir="ltr">Improvável candidato a vice do presidente Lula, a quem já chamou de ladrão em disputas eleitorais passadas, Geraldo Alckmin conquistou o petista. E agora passou a ser visto como trunfo para desembaraçar os nós na atrapalhada relação do governo com o Congresso, o que pode estar por trás do pito que o ex-tucano tomou de Lula ao pedir que seu vice e ministro de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços seja “mais ágil” na lida com parlamentares.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p dir="ltr">Benquisto no Congresso, o vice é tratado por alguns como substituto natural do ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, em permanente conflito com o presidente da Câmara Arthur Lira e outros líderes do Centrão. Publicamente, o PSB nada diz sobre a ideia, mas deixa saber que a solução agrada à sigla para qual Alckmin migrou para fazer a dobradinha com Lula. As alas mais moderadas do governo também vêem com bons olhos a alternativa, cuja resistência parece se limitar ao PT de Lula.</p>
<p dir="ltr">As demandas para que Alckmin toque a articulação do governo, oficialmente ou não, chegaram ao Planalto ainda no ano passado, quando os atritos com Lira começaram a se intensificar. O vice, que devido à intensa agenda internacional de Lula, é o que mais se sentou na cadeira presidencial no prazo de 14 meses de governo, desconversa. Nem os mais próximos admitem sua escalação para ponta de lança no Congresso, a não ser o próprio Lula, que, ao que parece, jogou o verde do pito para testar se o maduro seria palatável.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p dir="ltr">Por sua vez, Alckmin tratou a reprimenda como brincadeira. Chegou a postar no X (ex-Twitter) uma montagem com sua cabeça no corpo do personagem Papa-Léguas e a frase “O presidente Lula pediu para acelerar. Pé na tábua!”. Aliás, nas redes, ambiente que o vice não domina, sua equipe tenta dar a ele um ar descolado e jovial, não raro com exageros caricatos. No X, tem 1,4 milhão de seguidores, metade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, outro que tomou bronca de Lula. Injustíssima.</p>
<p dir="ltr">Católico praticante, o vice tem diálogo fácil com as alas cristãs mais conservadoras, incluindo padres católicos tradicionalistas e evangélicos, grupo aliado de outrora e que cada vez se afasta mais de Lula. Ou seja, mais um segmento sob medida para o perfil de Alckmin.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p dir="ltr">No PT, em especial na ala raiz, Alckmin causa desconfiança. Mesmo os que reconhecem que o vice foi leal na campanha e continua sem dar trabalho a Lula, acham que ele, assim como Haddad, almejam o lugar do chefe em 2026. No partido do presidente não são poucos os que tentam minar o trabalho do ministro da Fazenda e são muitos os que nem mesmo querem ouvir falar em Alckmin.</p>
<p dir="ltr">O mais provável é que Lula &#8211; “só por teimosia” &#8211; não mexa no ministro Padilha depois que Lira o desancou, chamando-o de “incompetente”. Mas renovou o aval para que Haddad continue a articular com o Congresso e convocou o vice para ajudar na tarefa.</p>
<p dir="ltr">Alckmin carrega o apelido de picolé de chuchu, alcunha atribuída por jornalistas pelo fato de ele ser de todo insosso, portanto, um péssimo gerador de notícias. É paciente, com um jeito manso, e ao mesmo tempo, obstinado. Foi vereador e prefeito de Pindamonhangaba, sua terra natal, deputado estadual e federal, vice-governador de Mario Covas, escolhido na undécima hora, governador eleito por três mandatos. Só não conseguiu ser prefeito de São Paulo &#8211; disputou duas eleições municipais sem chegar ao segundo turno em nenhuma delas. Perdeu dois pleitos presidenciais, alcançando o Planalto pelas mãos de Lula. Só vai entrar em campo com permissão do petista, que não só o autorizou publicamente como conclamou por agilidade. Está, portanto, liberado, e com incentivos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p dir="ltr">Alckmin é um político à moda antiga. Contador de casos, adora ilustrar as conversas com historinhas interioranas, e, desde os tempos da vice-governança de Covas, sempre fez questão de ser ele próprio o porta-voz de boas notícias a prefeitos, aliados ou não. Uma receita que, combinada ao destino de estar no lugar certo na hora certa, lhe tem sido exitosa na maioria das vezes. Em 2026, o mais provável é que o chuchu esteja de volta ao cardápio do Palácio dos Bandeirantes. Mas essa não é a única hipótese.</p>
<p dir="ltr">
<p dir="ltr"><em>Mary Zaidan é jornalista </em></p>
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Alckmin

Chuchu no cardápio (por Mary Zaidan) 

<p style="font-weight: 400;"><strong>19:42</strong><br />
Dois empresários paulistas, que querem ver Lula pelas costas, conversam de madrugada por telefone. O que discou, diz:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">&#8211; Tenho uma ótima notícia e outra ruim.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8211; Me dê a ótima primeiro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">&#8211; O governo Lula acabou&#8230;</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8211; Não é possível. Você está brincando comigo&#8230;</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">&#8211; É sério, acabou.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8211; Maravilha! Agora me dê a má notícia.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8211; Lula ainda vai levar mais dois anos e pouco para sair de onde está.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p>
<p style="font-weight: 400;"><strong>19:34</strong><br />
Divagações ao cair da noite:</p>
<p style="font-weight: 400;">Para que serve a demora quanto ao anúncio do novo salário mínimo? Serve para o seguinte:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<ol>
<li style="font-weight: 400;">a) Se o salário ficar pertinho dos 270,00 se dirá que o presidente brigou até o fim e conseguiu extrair de Antonio Palocci, ministro da Fazenda, o maior reajuste possível;</li>
<li style="font-weight: 400;">b) Se o salário ficar mais para perto dos 260,00 se dirá que o presidente brigou até o fim &#8211; mas que não deu. Você sabe. O equilíbrio das contas públicas é o mais importante. Nada pior do que o retorno da inflação. O pobre é quem perde mais com a inflação. O rico sabe se defender dela, etc e tal&#8230;</li>
</ol>
<p style="font-weight: 400;">Há uma possível terceira explicação para tanta demora: a mania deste governo de fazer assembleias para tudo. Ou de deixar para resolver tudo na última hora.</p>
<p style="font-weight: 400;">Acho que é uma mistura de malandragem (para que se diga que Lula brigou até onde deu) com a reconhecida dificuldade deste governo de decidir alguma coisa.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><strong>18:31</strong><br />
13 é o número do PT.</p>
<p style="font-weight: 400;">A taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do país atingiu 12,8% da população economicamente ativa. Se bater nos 13% será sopa no mel para os marqueteiros da oposição.</p>
<div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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Lula, por Orlando Brito

HÁ 20 ANOS – O governo acabou. Mas faltam dois anos para que saia

<p><i>“Quando Lula não consegue as coisas, vai no STF porque sabe que o STF enfia a piroca no Pacheco [Rodrigo, presidente do Senado] e o Pacheco aceita numa boa. Mole. Não consegue defender a Casa da qual ele é o presidente”.</i> (<b>Gustavo Gayer</b>, PL-GO, deputado federal bolsonarista)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Gustavo Gayer

<p style="font-weight: 400;">Chamar Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, de &#8220;excrementíssimo&#8221; ao invés de &#8220;excelentíssimo&#8221; é motivo para que alguém seja processado e condenado? Respostas de 2.711 leitores:<br />
É &#8211; 19,3%<br />
Não é &#8211; <strong>80,7%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-2"></div></div></p>

“Excrementíssimo” é crime?

<p style="font-weight: 400;">Quando se sentem contrariados por alguma medida do governo, políticos e partidos recorrem ao Supremo Tribunal Federal. Quando é o governo que recorre, eles estrebucham na maca. Se o Supremo não lhes dá razão, eles o acusam de parcialidade. É assim e sempre será.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Em dezembro último, chegou à Advocacia-Geral da União um pedido de Lula para acionar o Supremo e tentar suspender a validade de trechos da Lei nº 14.784, de 2023, que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de setores produtivos até 2027.</p>
<p style="font-weight: 400;">O pedido dormiu em uma gaveta enquanto o governo negociava com o Congresso para evitar mais uma briga entre eles. Não houve acordo. O pedido foi enviado ao Supremo. E ali, cinco dos 11 ministros votaram a favor de suspender a desoneração.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luiz Fux. Deverá ser retomado em breve. Tudo indica que, ao fim, o governo sairá vencedor. Não deverá ficar por isso mesmo. Há poderosos interesses ocultos por trás dessa pendenga.</p>
<p style="font-weight: 400;">O governo quer mais dinheiro para investimentos. Deputados federais e senadores querem mais dinheiro de emendas ao Orçamento para gastar como quiser. E, no caso da desoneração, sentem-se em débito com os setores produtivos que os ajudam a se eleger.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O Supremo e o governo atuam em dobradinha – é o que mais se ouve, em tom de lamento e de acusação, dentro do Congresso, mas não só. Cabe ao Supremo interpretar as leis à luz da Constituição. Sugerir que ele as interpreta mal para beneficiar o governo é falso e perigoso.</p>
<p style="font-weight: 400;">De resto, enquanto existir a democracia, regime que se baseia na existência de três Poderes independentes (Judiciário, Legislativo e Executivo), a última palavra será do Supremo. Como se diz correntemente, cabe a ele errar por último, e ponto-final.</p>
<p style="font-weight: 400;">No momento, por coincidência ou por uma convergência de propósitos, o Judiciário e o Executivo parecem tocar de ouvido. Ainda em 2022, o Supremo decidiu que o chamado Orçamento Secreto administrado pelo Congresso era ilegal por ser secreto.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O Congresso esperneou e deu um jeito de se adaptar. A validação do decreto do governo que restringe o acesso a armas e o exame de algumas matérias tributárias seguiram o mesmo caminho. O Congresso está forte demais e o governo, fraco. Isso não é bom.</p>
<p style="font-weight: 400;">O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, foi direto ao ponto ao dizer em entrevista à Folha de S. Paulo que o Brasil vive uma espécie de parlamentarismo, em que o governo é obrigado a respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal que regula os gastos, mas o Congresso, não.</p>
<p style="font-weight: 400;">É verdade. Bolsonaro não reclamou disso, porque não governou, delegando a tarefa ao Congresso.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
</p>

imagem colorida presidente lula e arthur lira no congresso - metrópoles

Entusiasmo de Lula com candidata a deputada do PSol causa ciúme no PT

Petista interagiu com Sonia Guajajara e prometeu que, se eleito, irá atender seu pedido e criará o Ministério das Questões Indígenas

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