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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

Aroeira – 6 5 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">O que achou do show de Madonna? Respostas de 4.316 leitores:<br />
Amei &#8211; <strong>77%<br />
</strong>Mais ou menos &#8211; 8,8%<br />
Um horror &#8211; 14,3%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-2"></div></div></p><div class="m-social-coluna"><p class="m-bold">Receba notícias do Metrópoles no seu <a href="https://t.me/metropolesurgente" target="_blank">Telegram</a> e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: <a href="https://t.me/metropolesurgente" target="_blank">https://t.me/metropolesurgente</a>.</p></div>

Foto colorida de Madonna e Bob The Drag Queen

Madonna e Bob The Drag Queen RED

E o show de Madonna, hein?

<p><i>&#8220;Novas acusações são levantadas contra nós, como cometer genocídio e deixar Gaza à fome. Mas que <a href="https://www.haaretz.com/opinion/2024-01-15/ty-article-opinion/.premium/genocide-or-not-israelis-should-be-troubled/0000018d-094f-d71c-ad9f-4bcfe6500000" target="_blank" rel="noopener" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.haaretz.com/opinion/2024-01-15/ty-article-opinion/.premium/genocide-or-not-israelis-should-be-troubled/0000018d-094f-d71c-ad9f-4bcfe6500000&amp;source=gmail&amp;ust=1715051988437000&amp;usg=AOvVaw2P7YCPgOIQWMe043r83l_B">genocídio</a>? Fazemos tudo para evitar danos civis. E que fome? Permitimos a entrada de alimentos e medicamentos em Gaza”.</i> (<b>Benjamin Netanyahu</b>, primeiro-ministro de Israel, mentindo)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Special Conversation:  Benjamin Netanyahu gestures

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Reprodução</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-2"></div></div></p>

Madonna fica até as 4h em festa de Luciano Huck após show no Rio

Jesus Luz rasga elogios a Madonna após show em Copacabana: “Surreal”

Intérprete do show de Madonna se enrolou para traduzir “periquita”

Ex-Dominó, Afonso Nigro detona show de Madonna no Rio: “Foi teatro”

Moraes manda soltar Cid; Salles compara Serra a “Tio Paulo”; Victória Lorrany: suspeito era vizinho

E o show de Madonna, hein? | Metrópoles

<p style="font-weight: 400;">A família tradicional brasileira aplaude quando faz sinal de arminha, mas fica chocada quando faz sinal de prazer. Apologias às armas, sim, e ataque puritano contra a Madonna simulando masturbação. Violência, tá ok. Sexo, aí protejam as criancinhas. Isso me lembra quando eu tinha 13 anos e tentei alugar um vídeo pornográfico. O dono da locadora não permitiu, mas liberou que eu levasse o filme “Faces da Morte”, um documentário com mortes e assassinatos reais proibido em uma dezena de países. Aliás, jamais vejam isso.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="size-medium wp-image-1859574" src="https://uploads.metropoles.cloud/wp-content/uploads/2021/09/30120200/Bolsonaro-com-arma-de-brinquedo-ao-lado-de-crianca-vestida-de-militar-300x202.jpeg" alt="Bolsonaro com arma de brinquedo ao lado de criança vestida de militar" width="300" height="202" data-description="Reprodução" srcset="https://uploads.metropoles.cloud/wp-content/uploads/2021/09/30120200/Bolsonaro-com-arma-de-brinquedo-ao-lado-de-crianca-vestida-de-militar-300x202.jpeg 300w, https://uploads.metropoles.cloud/wp-content/uploads/2021/09/30120200/Bolsonaro-com-arma-de-brinquedo-ao-lado-de-crianca-vestida-de-militar-1024x689.jpeg 1024w, https://uploads.metropoles.cloud/wp-content/uploads/2021/09/30120200/Bolsonaro-com-arma-de-brinquedo-ao-lado-de-crianca-vestida-de-militar-120x80.jpeg 120w, https://uploads.metropoles.cloud/wp-content/uploads/2021/09/30120200/Bolsonaro-com-arma-de-brinquedo-ao-lado-de-crianca-vestida-de-militar-70x47.jpeg 70w, https://uploads.metropoles.cloud/wp-content/uploads/2021/09/30120200/Bolsonaro-com-arma-de-brinquedo-ao-lado-de-crianca-vestida-de-militar.jpeg 1200w" sizes="(max-width: 300px) 100vw, 300px" /></p>
<p style="font-weight: 400;">Só esta semana tivemos pelos menos três bons exemplos do que importa para o Brasil do evangelistão, aquele que mistura religião com política e sonha em acabar com o estado laico. Um pastor evangélico acusado de estuprar uma criança de 9 anos que estava foragido da justiça foi preso por policiais da delegacia de São Francisco de Itabapoana, Rio de Janeiro. Nem um pio do chamado cidadão de bem para protestar contra a violência sofrida por uma criança nas mãos de um religioso. Nada.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O pastor Jonas Felício Pimentel, líder da igreja evangélica Tabernáculo da Fé de Goiânia, culpou crianças por sofrerem abusos sexuais. Algumas crianças que são vítimas de abuso sexual têm participação e culpa dos crimes, afirmou durante um culto. De novo, silencio sepulcral do envangelistão. Mas quando o pastor da Lagoinha (MG), Lucinho Barreto, confessou num culto só para homens que beijou a filha criança na boca e a chamou de &#8220;mulherão”, ai o evangelistão resolveu, enfim, se manifestar. Mas, pasmem, para defendê-lo. Teve até live com o deputado passador de pano Nikolas Ferreira (PL-MG).</p>
<p style="font-weight: 400;">A militância reacionária bolsonarista está focada numa guerra cultural que mira o professor, chamado de doutrinador. Mira jornalista, mira cientista e aponta suas armas também para os artistas, chamados de pedófilos. Claro, desde que representem valores progressistas, como a Madonna, a rainha da comunidade gay. Se for o cantor Leonardo exibindo mulheres seminuas num show sertanejo, ai está liberado. O conservador brasileiro é uma hipocrisia ambulante.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
</p>

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Após show da Madonna, é a hora do show dos hipócritas (por Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;"><strong>14:49</strong><br />
Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros ilustres tucanos dizem que Lula foi obrigado a fazer uma política econômica mais ortodoxa do que a deles por culpa do PT e dele mesmo, Lula.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O PT e Lula gastaram os últimos 15 anos prometendo que, uma vez no poder, mudariam tudo. Por causa disso, às vésperas da eleição de 2002, risco-Brasil, dólar e expectativa de inflação dispararam.</p>
<p style="font-weight: 400;">O argumento dos tucanos é verdadeiro &#8211; mas só em parte.<br />
Enquanto Lula e o PT prometiam manter a política econômica de FHC, Serra se encarregava de fazer o discurso do medo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Falou que o Brasil poderia virar uma nova Argentina caso Lula fosse eleito. No segundo turno, acenou com o exemplo da Venezuela de Chaves.</p>
<p style="font-weight: 400;">O discurso do medo, tão caro aos ouvidos dos que desejavam a derrota de Lula, foi também responsável pela disparada do dólar, do risco Brasil e da ameaça de inflação.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Sobrou para Lula uma herança maldita, sim. O que não justifica a paralisia, a falta de projetos concretos, a ausência de gestores competentes do governo atual.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p>
<p style="font-weight: 400;"><strong>00:59</strong><br />
A passagem mais importante do discurso feito ontem em São Paulo pelo ministro José Dirceu, da Casa Civil, foi aquela onde ele disse mais ou menos assim: tão importante quanto a política fiscal deve ser a política social.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Dirceu ainda não desistiu de tentar abrandar o rigor da política econômica do ministro Antonio Palocci, da Fazenda. Ele acha que a meta de inflação pode ser um pouquinho maior e que a meta do superávit primário deve ser revista para baixo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Lula também pensa assim &#8211; e o disse há 10 dias em reunião com seis ministros. Palocci não estava presente.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div></p>

Na imagem, José Serra (PSDB) e Lula (PT), ainda presidente, conversam em meio a evento. Ambos usam terno.

foto-serra-e-lula-convsersam-2006

HÁ VINTE ANOS – A herança maldita que Lula tem de administrar

<p style="font-weight: 400;">A essa altura, quem tem mais a ganhar com a continuidade da guerra entre Israel e o grupo Hamas? Os palestinos civis só têm a perder. Quase 35 mil deles já morreram, a maioria mulheres e crianças, fora cerca de 10 mil que estariam soterrados nos escombros das cidades da Faixa de Gaza.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Estima-se que o Hamas perdeu um terço dos seus 30 mil a 40 mil combatentes. Israel esconde o número de suas baixas, mas elas não chegariam a 3 mil ou 4 mil, aí incluídos os 1.200 mortos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro do ano passado.</p>
<p style="font-weight: 400;">Se dependesse do presidente americano Joe Biden, candidato em apuros à reeleição em novembro próximo, Israel se declararia vencedor e suspenderia a guerra de imediato em troca da devolução pelo Hamas dos 130 reféns em seu poder. Mas não depende de Biden, o bom velhinho.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os Estados Unidos são reféns de Israel desde a criação do Estado judeu em 1948 em terras palestinas, e não há sinais de que deixará de ser um dia. É sobre ideologia, negócios e presença militar no Oriente Médio que se assenta a aliança de ferro entre os Estados Unidos e Israel.</p>
<p style="font-weight: 400;">O fim da guerra depende basicamente do governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu, e esse não quer pará-la, nem mesmo interrompê-la. Está em curso mais uma tentativa de acordo para acabar com o genocídio dos palestinos, porque é disso que se trata. Está em curso, ou estava.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Um “funcionário diplomático” deu um jeito de sabotar o acordo dizendo à imprensa israelense que “o Estado de Israel não pode aceitar isso” – ou seja: a promessa feita ao Hamas pelos Estados Unidos de que Israel poria um ponto final na guerra se os reféns fossem libertados.</p>
<p style="font-weight: 400;">Na sequência, Netanyahu deu razão ao “funcionário diplomático” ao declarar ao país que, apesar das provas de “boa vontade” do seu governo, “o Hamas continua entrincheirado nas suas posições extremas”. O tal “funcionário diplomático” era Netanyahu em off.</p>
<p style="font-weight: 400;">O líder do bureau político do Hamas, Ismail Haniyeh, comentou as duas falas de Netanyahu, em off e em on, dizendo estar “interessado em um acordo que ponha fim à guerra, garanta a retirada do Exército israelense da Faixa de Gaza e inclua uma troca de prisioneiros”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O fim da guerra para Netanyahu significaria o fim do seu governo e a retomada pela Justiça de Israel do processo a que ele responde por corrupção. É por isso que a guerra irá em frente. A próxima meta de Israel: invadir o Sul da Faixa de Gaza que já está sendo bombardeada.</p>
<p style="font-weight: 400;">Ali, orientados pelas Forças de Defesa de Israel, refugiaram-se mais de 1 milhão de palestinos para escapar à morte no Norte do enclave. Pois agora chegou a vez deles. Israel diz que o Hamas também migrou para o Sul e que usa os palestinos como escudos humanos.</p>
<p style="font-weight: 400;">O Hamas sempre precisa provar que é verdade tudo o que diz; Israel está dispensado disso: o que diz é aceito como verdade. Se diz que o Hamas é uma organização terrorista, é o que ele é e não se discute mais; se taxa qualquer crítica de antissemitismo, fica como se fosse antissemitismo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">É uma guerra escandalosamente assimétrica: o maior Exército do Oriente Médio, apoiado pelas maiores potências do mundo ocidental, contra nenhum Exército, apenas um grupo armado; um povo pobre e expatriado contra um povo rico que ocupou suas terras e quer mandar no seu destino.</p>


Crianças diante de uma casa demolida por um bombardeio na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza - Metrópoles

crianças em gaza (1)

Quando um não quer, dois não brigam. Mas Israel quer e irá em frente

Da Redação

<p>O prazer e os benefícios da leitura associam os olhos que veem, a imaginação que enxerga e constrói um percurso de sensibilidade, intuição, criação, admiração, questionamentos e fenômenos que se refugiam no mundo desconhecido. Vem daí, o espanto que, no sentido grego, é o ponto de partida do pensar criticamente sobre experiências, em especial, chocantes e ameaçadoras.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Neste sentido, o livro de autoria de Ariel Palacios, <em>Am</em><em>é</em><em>rica Latina </em><em>– </em><em>lado b. </em>O <em>cringe, o bizarro e o esdrúxulo de presidentes, ditadores e monarcas dos vizinhos do Brasil,</em> é espantoso. O autor está coberto de razão quando afirma: “No que concerne aos líderes políticos da região, a realidade supera amplamente a ficção”. De fato, é Realismo Fantástico (ou mágico) na veia dos leitores.</p>
<p>Embora não seja o foco de Palacios, a obra, ao apontar para uso, abuso e crimes do poder cometidos pelos ditadores, déspotas, tiranos, todos mentalmente doentes, estimula a reflexão sobre a enfermidade psicológica que o poder inocula nos líderes paridos, também, pelas urnas. O poder adoece. Enlouquece. Ungidos pela preferência popular, vários, certamente, seriam reprovados pelo teste psicotécnico.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Em quase quinhentas páginas, o histriônico e o estúpido convivem entrelaçados. O livro mergulha na história e nas culturas de vinte países encravados no território da América Latina. Informa, instrui, diverte. A narrativa é tragicômica. Emociona. O que dá para chorar, dá para rir, por conta do senso de humor que empresta leveza ao conjunto da obra.</p>
<p>Comentar a extensa e enciclopédica jornada do autor (começa com o México) exigiu uma difícil escolha. Fui seduzido pelo subtítulo do capítulo <em>Argentina</em>: <em>Pais necromaníaco, o leitã</em><em>o afrodis</em><em>íaco e o defunto conselheiro presidencial canino.</em></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Transformada na “mãe dos pobres”, a morte de Eva Perón mitificou a esposa de Presidente Juan Perón. Embalsamada, foi velada por 14 dias. O plano do marido era construir um megamausoléu, três vezes maior do que o Cristo Redentor e 45 metros mais alta do que a Estátua a Liberdade. Perón, deposto, o corpo de Evita foi sequestrado pelos militares numa peregrinação clandestina de 1955 a 1977 até que, com a ajuda do Vaticano, foi enterrado num cemitério de Milão com um nome falso. Somente em 1974 o corpo é devolvido a Buenos-Aires (antes, 1971, foi exumado e transportado para a residência de Perón exilado na Espanha). Hoje, ela descansa no cemitério da Recoleta e Perón no de Chacarita.</p>
<p>A morte de Perón foi um espetáculo chocante (1974). Minutos após o óbito, narra Palacios, a figura influente e sinistra, José López Rega: “Segurando o corpo pelas canelas de Perón, o esdrúxulo El Brujo fechou os olhos e começou a gritar: ‘meu faraó não vá embora [&#8230;] Acorda meu faraó’”. Diz o escritor Eloy Martinez: “A necromancia é uma coisa típica dos argentinos, tal como o doce de leite”.</p>
<p>O episódio do “leitão afrodisíaco” (e tanto outros) protagonizado pela extravagante e verborrágica Presidente Cristina Kirchner ocorreu numa das 118 vezes em que ocupou a rede nacional de TV (em quatro anos seu marido discursou duas vezes). Em fevereiro de 2010, fez a apologia da carne suína como afrodisíaco: “É mais gratificante comer um leitãozinho na grelha do que ter que usar viagra”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Dando um salto no tempo, a bola da vez é Javier Milei, El Loco, apelido que vem da adolescência por conta do estilo de defesas do goleiro na época em que jogava no juvenil do clube Chacarita.</p>
<p>Com crenças ultraneoliberais, Milei acredita piamente que Deus é libertário e lhe reservou uma missão. Utiliza serviços de parapsicólogos para entrar em contato com seu cão falecido, Conan, um mastim inglês, que lhe passa “conselhos do além”. Conheceram-se há dois mil anos no Coliseu Romano, ele, um gladiador e, o cão, um leão. Não lutaram. Estava dado o sinal de que se ajudariam no futuro.</p>
<p>Sobre o assunto, disse Milei: “O que faço com a minha vida espiritual dentro de minha casa é assunto meu. Se Conan me assessora na política, significa que é meu melhor consultor”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Hesitei. Corta daqui, corta dali, estava convencido de que, pelo menos o México merecia uma referência ao seu primeiro grande caudilho, General Antonio Lopez de Santa Anna. Entre 1833 e 1885 foi presidente onze vezes, que somados, totalizaram cinco anos e seis meses.</p>
<p>Na ridícula “guerra dos bolos”, os reiterados calotes e badernas dos oficiais mexicanos no restaurante do francês <em>monsieur </em>Remontel, resultaram no conflito armado com tropas francesas, em Veracruz, ferindo gravemente o General Santa Anna que teve uma perna amputada.</p>
<p>Quatro anos depois (1842), na condição de Presidente, ordenou e comandou, com pompa e circunstância, o funeral do membro inferior.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Com efeito, esta antologia de excentricidade, corrupção e demência dos governantes não é um distintivo dos países da América Hispânica e Caribe. Nós temos consciência dos brasileirismos exorbitantes, do imortal festival de besteiras que assola o país e do delinquente compadrio.</p>
<p>Ao não incluir no livro o lado B do Brasil, Ariel Palacios invocou o mítico personagem de Dias Gomes, Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, símbolo e síntese, de traços marcantes da nossa cultura política.</p>
<p><strong> </strong></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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														</script></div>
<p><em>Gustavo Krause foi ministro da Fazenda </em></p>


Argentina’s Main Unions Stike Against Labor and Economic Reforms of President Milei

A sustentável leveza de um livro (por Gustavo Krause)

<p>Por todas as regiões do país, ao lado dos Sem-Emprego, Sem-Terra, Sem-Teto, Sem-Escola, Sem-Segurança, Sem-Esperança, cresce a categoria dos Sem-Discurso.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Trata-se do contingente de candidatos que tentarão mostrar aos eleitores, nas eleições de outubro, uma boca cheia de intenções, um bolso cheio de dinheiro e uma cabeça sem ideias. Geralmente, os Sem-Discurso são pessoas ricas, administram interesses próprios e de grupos e são puxados por siglas para financiarem as campanhas. São inexperientes em política e acreditam que o poder do dinheiro é capaz de operar milagres e colocá-los no pedestal mais alto.</p>
<p>Não há exceção. Regra geral, os municípios são o habitat dos Sem-Discurso, até porque eles se multiplicam na esteira da sociedade pós-industrial, com seus eixos na desideologização, despolitização, arrefecimento das bases eleitorais, pasteurização de partidos, individualização, com ênfase nas identidades pessoais. Nas últimas décadas, as doutrinas feneceram, as utopias são esquecidas e as tecnocracias se expandiram. A administração dos interesses monetários substituiu o governo dos programas temáticos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Os Sem-Discurso constituem a graxa de uma era de cor cinza, onde a densidade ideológica da competição política é praticamente nula. Ou sem distinção no arco doutrinário.</p>
<p>Por uma dessas situações de nossa cultura, os Sem-Discurso se fazem presentes em todas as esferas do poder e, até, no Senado. Basta ver o número de senadores que ali chegam em função do afastamento de titulares, guindados a governos de Estados, a cargos políticos nos ministérios. Dos 81 senadores, a maioria está no Parlamento sem obter votação, a não ser aquela herdada pelo titular eleito.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>No Senado, a divisão entre senadores de primeira e segunda classes é mais expressiva que a distinção entre o alto e o baixo cleros na Câmara. Muitos ex-governadores se sentam ao lado de figuras inexpressivas no campo da política e da administração pública.  Esfacela-se, assim, a imagem de grandeza do Senado, que, desde o Império Romano, é, por excelência, a casa que abriga as referências de maior respeito de uma Nação. Por isso, justifica-se o projeto de lei, há tempos engavetado, que redefine critérios para a eleição de suplentes. Ante a vaga do titular afastado por que não levar para ela o deputado federal mais votado no Estado?</p>
<p>Enquanto isso não ocorre, buscam-se nas regiões figuraças Sem-Discurso, porém Com-Recursos, para azeitar as campanhas, principalmente os pleitos majoritários de prefeito, governador e senador. Imagine-se o vasto espaço para o oba-oba, reuniões sociais e empresariais, encontros que buscam engajamento e solidariedade em torno de candidatos que mal sabem recitar as funções de um prefeito, deputado ou senador. Que ninguém se iluda. Na campanha, que deve se acirrar a partir de agosto, nomes, propostas, projetos, experiências e atitudes deverão receber o olho crítico do eleitorado. Que tem expandido seus índices de conscientização política.</p>
<p>Se os candidatos ainda Sem-Discurso quiserem um conselho, aí vai: procurem um discurso substantivo, componham sua identidade, estabeleçam seu diferencial. Abandonem a linguagem tatibitate, patética e extravagante.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Para candidatos a vereador, é útil lembrar a mudança no mapa cognitivo do eleitorado: a micropolítica (questões regionais) ganha mais pontos que a macropolítica (temas generalistas e difusos). Devemos assistir a uma polarização nunca vista: de um lado, os radicais de direita, de outro, as esquerdas e, ao centro, os eleitores que espiam os dois lados, à procura de alguém sem o manto da polarização ideológica.</p>
<p>E atenção, bem fornidos de bolso: dinheiro, sozinho, não ganha campanha. Outra lembrancinha: inexiste sorte em política. A ponte mais sólida para chegar ao eleitor se faz, ainda, com a argamassa do discurso. Construa essa ponte. É claro que há bolsões que ainda reagem à moda antiga, exigindo recompensas. Nesse caso, os Sem-Discurso concorrerão com caciques que sempre levam a melhor, porque contam com o voto de cabresto. Porém&#8230;.! (ver pé de página).</p>
<p>A intuição cede lugar ao planejamento. Aquilo que um candidato acha que pode expressar carece passar, previamente, pelo pré-teste da aferição popular. E quem quiser chegar mais perto dos números finais de campanha, que se lembre da aritmética eleitoral: cerca de 20% dos votos esperados costumam desaparecer. Viram pó. Parte dos eleitores gosta de tomar decisões na última hora. Analisará as promessas, afastando de seu processo decisório o blábláblá mirabolante.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Todo cuidado é pouco para quem gosta de fazer campanha à base de meros refrões publicitários. Fraseados e palavras bonitas, quando artificiais, não entram na cachola do eleitor. E, não raro, como um bumerangue, voltam-se contra o próprio candidato. P.S. Pergunta de pé de página: Lula e Bolsonaro poderão alavancar seus candidatos? Em termos. Em um outro caso, sim, mas ambos não carregam a força que tinham antes. Decresce a influência dos medalhões e populistas, mesmo que continuem a arregimentar multidões.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Gaudêncio Torquato é escritor, jornalista, professor titular da USP e consultor político</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>


Arte mostra duas mulheres ao redor de uma urna eleitoral - Metrópoles

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Os sem-discurso (por Gaudêncio Torquato)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">A vitória da israelense Elbit Systems na licitação do </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/exercito"><span style="font-weight: 400;">Exército</span></a><span style="font-weight: 400;"> para a compra de blindados gerou uma pequena desavença entre integrantes do governo e o PT. Se o Partido dos Trabalhadores alega que não há como fazer negócios com um país que promove um genocídio, o Ministério da Defesa diz que o processo de licitação foi justo e sem margens para qualquer interpretação.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A compra de 36 veículos blindados de combate obuseiros foi revelada pela CNN Brasil e confirmada pelo blog. O valor do negócio pode chegar a R$ 1 bilhão. Além da Elbit Systems, disputaram a licitação a Norinco (China), a Nexter (França) e a Excalibur (Tchéquia).</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Integrantes do Ministério da Defesa alegam não haver motivos para cancelar a compra, já que o processo licitatório seguiu todo o trâmite do governo federal e que a vitória foi limpa. Quando questionados sobre os aspectos diplomáticos da compra, dizem que o Brasil mantém relações com Israel, mesmo o presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) sendo considerado persona non grata no país do Oriente Médio.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Já o PT diz ser controverso o Brasil fazer negócios com um país em guerra, alegando que Israel pode não entregar os equipamentos em tempo justamente pela possibilidade de usá-los em batalha. A Elbit Systems tem 12 meses para entregar tudo.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O argumento também se desenha pela inevitabilidade de o dinheiro brasileiro, de alguma forma, financiar a morte de palestinos no genocídio que ocorre na Faixa de Gaza. O PT defende que a licitação deveria ter sido finalizada após uma avaliação do Ministério das Relações Exteriores.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A decisão final fica a cargo do presidente Lula, que deve avalizar o negócio.</span></p>


Imagem colorida de presidente Lula com expressão séria no rosto - Metrópoles

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Esquerda se divide sobre compra de blindados israelenses

<p dir="ltr">A autorização da Câmara Municipal para que os serviços de água e esgoto da cidade de São Paulo possam ser operados pela iniciativa privada está longe de fechar a polêmica sobre a venda da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), tão desejada pelo governador Tarcísio de Freitas e, por óbvio, rechaçada pela esquerda. Embora cada lado tenha o legítimo direito de defender suas crenças, ambos insistem em manter o debate na rasura de um pires, sem ir a fundo na conveniência ou não de privatizar a empresa.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p dir="ltr">A sanção relâmpago do prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB), publicada na última quinta-feira poucas horas depois da aprovação dos vereadores, só pôs lenha no imbróglio. A juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, determinou a suspensão dos efeitos da lei devido à não realização de audiências públicas determinadas pelo Tribunal de Justiça do Estado. Em nota, o legislativo municipal fez pouco caso da magistrada e reafirmou a validade da lei. Um gesto combinado com o prefeito na direção de Tarcísio para consolidar o apoio do governador bolsonarista a Nunes, candidato à reeleição.</p>
<p dir="ltr">Companhia de excelência, a Sabesp atende a 376 das 645 cidades paulistas com 98% no abastecimento de água, 92% de esgoto coletado e 79% tratado. Ou seja, nesses municípios, incluindo a capital, seus serviços estão muito próximos das metas de 99% de distribuição de água potável e 90% de esgoto coletado e tratado, fixadas pelo Marco do Saneamento. Participa ainda de uma série de iniciativas de bioenergia e da despoluição dos rios Pinheiros e Tietê. E é rentável. Em 2023 registrou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões, 12,9% acima de 2022. Não depende de subsídios e nada custa ao Estado. Vendê-la, no entanto, injetaria aporte bilionário ao governo estadual que hoje controla 50,3% do capital da companhia.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p dir="ltr">Para além da vantajosa equação econômica, há questionamentos que vão desde as garantias de custos mais baixos aos consumidores, o que ainda não se vê em outras operações privadas dessa natureza, aos riscos de privatizar serviços essenciais, em especial água e energia elétrica. Os defensores dessa premissa usam os precários serviços da Enel, que chegou a deixar paulistanos sem luz por mais de semana, para justificar a tese.</p>
<p dir="ltr">Mesmo entre privatistas, há quem argumente que a estatal Sabesp já fez o grosso do serviço de universalização e que a competição com privados seria mais indicada em regiões com grandes déficits de atendimento, como o Norte e o Nordeste, áreas que exigem investimentos pesados. Parte desse grupo também tem dúvidas sobre a capacidade de fiscalização do Estado.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p dir="ltr">Mas o debate está a anos-luz de contemplar esses parâmetros. O que se tem é um lado encarnado pela esquerda, para quem o Estado deve gerir a economia e todos os serviços públicos, e outro, à direita, que tem o mercado como senhor de tudo e todos. Nenhum dos campos acerta. Nessa eterna troca de acusações entre “desenvolvimentistas estatizantes” versus “neoliberais” quem perde, como sempre, é o cidadão usuário dos serviços.</p>
<p dir="ltr">Como o bom senso é mercadoria rara na prateleira das políticas públicas brasileiras, a discussão privilegia o embate ideológico em vez de buscar eficiência que, importante ressaltar, pode ser encontrada em empresas estatais, privadas ou mistas. A Sabesp é prova disso.</p>
<p dir="ltr">Há várias experiências exitosas de iniciativas mistas, via Parceria Público Privada, de estatais que dão certo e de privatizações que mudaram o paradigma de qualidade dos serviços, como a da telefonia. E há desastres como a Enel.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p dir="ltr">No mundo, mais de 80% da oferta de água e esgoto são públicos e há mais de 800 cidades que privatizaram e voltaram atrás. É o caso de Berlim, cujos serviços foram privatizados em 1999 e reestatizados em 2013, após referendo popular. Por aqui, segundo pesquisa Datafolha de abril deste ano, 53% dos paulistas são contra a privatização da Sabesp, 40% a favor  (6% não sabem e 1% não respondeu). Isto é: um eventual plebiscito jogaria água fria no desejo do governador paulista.\</p>
<p dir="ltr">
<p dir="ltr"><em>Mary Zaidan é jornalista </em></p>
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Fotografia colorida mostra manifestantes contrários à privatização da Sabesp durante votação na Alesp - Metrópoles

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Água fria na venda da Sabesp (por Mary Zaidan) 

<p style="font-weight: 400;"><strong>17:07</strong><br />
Dom Aldo Di Cillo Pagotto, 54 anos, atual bispo de Sobral, no Ceará, foi nomeado pelo Papa para suceder dom Marcelo Carvalheira como arcebispo de João Pessoa. É mais um bispo da linha conservadora da Igreja a ocupar um cargo que foi ocupado por um bispo da linha progressista.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Dom Marcelo se aposentou ao completar 75 anos. No seu longo pontificado, João Paulo II conseguiu alterar drasticamente o perfil da cúpula da Igreja no Brasil. Ela se tornou conservadora, mais voltada para os problemas espirituais, menos propensa a atuar na esfera social.</p>
<p style="font-weight: 400;">Na época da ditadura militar, dom Marcelo foi preso no Rio Grande do Sul, acusado de dar fuga a desafetos do regime. Ele foi discípulo de dom Hélder Câmara, arcebispo de Olinda e Recife. Dom Hélder foi sucedido por dom José Cardoso, conservador, formado em Roma. O novo arcebispo de João Pessoa criticou recentemente o movimento dos sem-terra por invadir fazendas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>&#8212;<br />
<strong>16:53</strong><br />
O pai bate, a filha assopra.</p>
<p>O senador José Sarney, presidente do Senado, aproveitou ontem uma reunião com Lula para se queixar do senador Aloizio Mercadante, líder do PT no Senado. Criticou-o duramente, embora sem perder de todo a elegância. Ele e Mercadante vivem às turras no Senado. Sarney quer mais um mandato de presidente do Senado.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Mercadante deu corda ao senador Renan Calheiros, aspirante ao cargo que Sarney deseja manter, e jogou um contra o outro.<br />
Hoje, sob o patrocínio da senadora Roseana Sarney, Mercadante e o pai dela almoçaram. Devem ter trocado juras de amor.</p>
<p>O almoço estava agendado desde a semana passada quando Sarney e Mercadante bateram boca no Senado. Renan dançou nessa história. Lula quer Sarney na presidência do Senado por mais um mandato. E terá.</p>
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Papa-João-Paulo-II

HÁ VINTE ANOS – Papa empurra a Igreja no Brasil para a direita

<p><i>&#8220;Graças a Deus eu conheci esse cara em uma festa, ele me disse que estava em uma banda, fiz um boquete nele e ele me ensinou a tocar violão&#8221;.</i> (<b>Madonna</b>, sobre como chegou em Nova Iorque com 35 dólares no bolso e o que fez para entrar no meio musical)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Foto colorida de MAdonna no palco de Copacabana - Metrópoles

E o show de Madonna, hein?

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