metropoles.com

Contra bolsonaristas, PT quer voltar a comandar o Conselho de Ética

Partido tem interesse em presidir colegiado que pode vir a julgar deputados apoiadores de Bolsonaro que apoiaram os atos de 8 de janeiro

atualizado

Compartilhar notícia

Manifestantes bolsonaristas invadem a Esplanada dos Ministérios e promovem atos de vandalismo e terrorismo em prédios públicos. Na imagem, eles invadem Congresso Nacional e destroem parte inferior do gramado, entrando em confronto com a polícia - Metrópoles
1 de 1 Manifestantes bolsonaristas invadem a Esplanada dos Ministérios e promovem atos de vandalismo e terrorismo em prédios públicos. Na imagem, eles invadem Congresso Nacional e destroem parte inferior do gramado, entrando em confronto com a polícia - Metrópoles - Foto: null

Na disputa por espaço e cargos na Câmara, o PT quer voltar a comandar o Conselho de Ética, instância que define o futuro de deputados acusados de quebra de decoro parlamentar.

Desde sua criação, em 2001, o PT comandou o conselho apenas uma vez, entre 2003 a 2005, com Orlando Fantazzini (SP). Depois dele, o conselho teve sete presidentes. Nesse período, o partido foi alvo de ações no conselho, em especial no escândalo do mensalão, quando vários deputados da legenda foram processados, com algumas cassações de mandato.

Mas, nessa legislatura, o PT entende ser importante assumir a presidência e comandar os trabalhos. O partido irá trabalhar para que os deputados bolsonaristas acusados de estimularem e promoveram atos golpistas do 8 de janeiro sejam responsabilizados no colegiado. 

A pedido do grupo Prerrogativas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, chegou a encaminhar à Procuradoria-Geral da República solicitação para impedir a posse de 11 deputados que apoiaram os atos do dia 8.

O presidente do conselho tem poderes para agendar as reuniões e dita o ritmo dos processos, além de comandar a escolha dos relatores, sorteados, mas ele dá a palavra final.

Compartilhar notícia