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Rui, Jader e Jerônimo: palanque do PAC em Salvador (por Vitor Hugo)

Rui Costa (PT) fez a festa na Bahia

atualizado

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Rui Costa
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Com o presidente Luís Inácio Lula da Silva em novo périplo internacional – desta vez na África do Sul, onde participou da cúpula de chefes de estado dos BRICS, em Johanesburg, em viagem estendida até Luanda, em Angola – o ministro chefe da Casa Civil e ex-governador Rui Costa (PT) fez a festa na Bahia: pegou pelo braço o colega do Ministério das Cidades, Jader Barbalho Filho e, com a participação e patrocínio do governador Jerônimo Rodrigues (PT), promoveu em Salvador, no começo desta semana de agosto, uma espécie de “Micareta (carnaval fora de época) do PAC” – na definição de oposicionistas ligados ao prefeito Bruno Reis e ao ex ACM Neto, dirigente do União Brasil, deixados de fora da festa federal.

Evento animado (e caro), – nos moldes da antiga Segunda-Feira Gorda da Ribeira, que empolgava a massa no dia seguinte aos festejos religiosos e profanos ao Senhor do Bonfim (Oxalá nas religiões afro), – na colina sagrada da maior devoção dos baianos. A título de início do processo licitatório para obras de drenagem e urbanização na área famosa e tradicional da Cidade Baixada, entre o Largo de Roma (miolo do centro de peregrinações ao Santuário da Irmã Dulce dos Pobres, e o pé da ladeira da Basílica do Bonfim. Local ideal, segundo os marqueteiros da terra, para a mal disfarçada e precoce largada petista – à frente do governo estadual há mais de 16 anos – para tomar a prefeitura da primeira capital do País, das mãos oposicionistas de Bruno Reis e de seu padrinho político (ex- gestor municipal) ACM Neto, nas eleições municipais do ano que vem.

Passantes na frente do Cine Roma, dos célebres embalos de fim de semana, no tempo do famoso e saudoso roqueiro Raul Seixas, nos ardentes e loucos Anos 70, juram ter visto aquele irônico viajante francês a murmurar com seus botões, durante a festa política mal encoberta pela fachada de ato administrativo: “Amaldiçoado seja aquele que pensar mal destas coisas”.

Abrigado sob o generoso guarda-chuva de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ladeado por dois dos mais poderosos ministros da República, no terceiro mandato de Lula no Palácio do Planalto, o governador Jerônimo Rodrigues destacou a honraria pela escolha de seu estado, para execução do primeiro grande projeto do “novo PAC”: as obras de drenagem e urbanização dos sistemas 2 e 3 das bacias do Bonfim, Boa Viagem e Massaranduba, área de secular e grandes alagamentos a cada chuva forte na capital, com transtornos e elevados prejuízos para moradores e comerciantes da Cidade Baixa. No palanque da festa foram anunciados investimentos da ordem de R$ 70 milhões para execução do projeto em suas várias etapas. O ministro Rui Costa, – mesmo considerado um “cintura dura” em relação aos festejos do axé, ao contrário de seu sucessor e afilhado no Palácio de Ondina, que adversários já apelidaram de “pé de valsa” – mal cabia em si de contentamento, na festança ao seu redor, sem a presença de opositores na política municipal, nem do padrinho e ex-colega de mando estadual, Jaques Wagner, com quem anda em rusgas ultimamente. Foi animado o palanque do PAC, na segunda-feira de quase fim de agosto, na capital do Axé, concordam até mesmo os mais viscerais oposicionistas ao governo do P T. O resultado a ver!

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

 

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