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Protestos e bloqueios nas estradas diminuem

atualizado

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Congress of Republic of Peru / Handout/Anadolu Agency via Getty Images
presidente do peru de braços levantados - metrópoles
1 de 1 presidente do peru de braços levantados - metrópoles - Foto: Congress of Republic of Peru / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

O Peru deixou as manchetes dos jornais brasileiros, mas o país continua imobilizado politicamente. As ruas começam a demonstrar sinais de cansaço, o Congresso segue ignorando a crise e a presidente Dina Boularte tenta costurar com os partidos sua frágil legitimidade.

Relembrando. Após a tentativa de golpe do ex-presidente Pedro Castillo, milhares de peruanos foram às ruas exigir a renúncia da presidente Dina Boluarte e eleições gerais para renovar o Executivo e o Congresso.

A violenta repressão policial aos protestos entre dezembro e janeiro causou cerca de 60 mortes. Em 19 de janeiro havia 148 pontos de bloqueio de estradas, que atingiam 38% dos estados. Nesta semana, 31 rodovias foram interditadas, afetando 6% das províncias. É um sinal de desesperança em um sistema político que não atenderá às reivindicações de parte da população.

E o Congresso é o protagonista desse impasse. Na última sexta-feira a casa arquivou projeto de lei da presidente para antecipar as eleições para este ano. Uma comissão justificou que havia falhas protocolares na proposta. E agora, uma nova avaliação só ode ser apresentada em julho. Foram justamente por questões técnicas, que os projetos anteriores de antecipação não foram aprovados. Segundo alguns líderes, não é possível adiantar as eleições para este ano porque o tema não está na Constituinte. O novo pleito será em abril de 2024.

Essa mesma Casa aprovou na última sexta uma denúncia constitucional contra o ex-presidente Pedro Castillo por organização criminosa, tráfico de influência e conluio contra a democracia. Foram 59 votos a favor, 23 contra e três abstenções. Este mesmo cenário se repetiu em outras votações. Há uma maioria no Congresso que apoia a atual presidente e não quer arriscar deixar as cadeiras parlamentares tão cedo.

Enquanto isso, Dina Boularte se reuniu com líderes de partidos de quase todos os espectros essa semana. Sentou com a extrema-direitista Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto, mas nem convidou seu antigo partido, o Peru Libre, legenda pela qual se elegeu vice de Castillo. Boularte foi expulsa do partido no ano passado. 

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