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Poc de Cultura: podcast fala de forma divertida sobre temas LGBTs

O mundo do áudio na internet é uma ótima fonte de conhecimento e informação

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Arquivo Pessoal
Poc de Cultura
1 de 1 Poc de Cultura - Foto: Arquivo Pessoal

Nos últimos meses, quem reflete sobre jornalismo e informação têm voltado sua atenção aos podcasts, o que me fez dar uma olhada se existem programas nessas plataformas que discutam a vivência LGBT. Cheguei à grata surpresa de descobrir o Poc de Cultura, que, neste mês, completa 1 anos de existência.

Composto por quatro publicitários – Caio Baptista, Felipe Bortolotto, José Melo e Hilário Júnior –, o programa é uma roda de conversa sobre determinado tema, sempre sob o olhar das pocs. Trazendo suas experiências pessoais e estudos, esses caras de 25 a trinta e poucos anos tratam sobre tudo: autoaceitação, gordofobia, modelos de relacionamento, racismo etc. Lembrando sempre que são quatro homens cis, gays e, quando necessário, chamam algum convidado mais ligado ao tema, como uma pessoa trans, uma mulher lésbica ou um profissional da área.

A ideia do podcast surgiu de uma conversa entre Felipe e Caco. Felipe é namorado de José e amigo de Hilário. Pronto, o time estava formado. Sentaram na frente do microfone e o que rolar, rolou (e até hoje eles gravam sem roteiro nenhum). O nome veio da referência direta ao quadro de humor Choque de Cultura (que os meninos do Poc adorariam recebê-los um dia na bancada). Os primeiros programas chegaram a ser gravados na casa do casal, utilizando microfone do aparelho celular mesmo.

O que pouca gente sabe é que fazer podcast não é barato, por conta do preço de equipamentos de áudio. Precisa de um isolamento acústico, bons microfones, alguém que saiba editar, e pagar a taxa para subir o conteúdo no Audioboom, que distribui em outras demais plataformas de streaming. Por conta da sua qualidade, logo o Poc fechou contrato com uma produtora, o que foi muito importante em seu crescimento de qualidade e acessos.

Arquivo Pessoal

Hoje, ele é um dos 50 podcasts mais ouvidos no Spotify Brasil. Já teve mais de 180 mil acessos e tem uma média de 8 mil ouvintes por semana. Já foram até selecionados para o Creators Boost, programa de aceleração para criadores de conteúdos. Mas no mês passado, saíram da produtora e voltaram a ser independentes. Isso não os impedirá de continuar o trabalho, eles vão abrir um crowdfunding destinado a ajudar a manter o podcast, método muito comum e por diversas vezes de sucesso em programas  estrangeiros e nacionais, como o Mamilos.

Como podcasts que influenciaram o Poc, eles citam o Food 4 Thot (americano) e Um Milkshake Chamado Wanda. Aliás, aproveito para homenagear o Wanda, que já existe há 5 anos, podendo ser considerado um sênior neste universo. O Wanda – composto por Phelipe Cruz, Marina Santa Helena e Samir Duarte – tem como tema principal o mundo pop, porém, há um olhar para a diversidade, mesmo que incidentalmente. Com um discurso LGBT superempoderador, o programa é espaço de debate sobre temas que hoje ganham protagonismo com o Poc de Cultura. Ou seja, o Wanda também é ponto de resistência ao preconceito.

Quem quiser ouvir um episódio do Poc de Cultura, tem aqui o link. Inclusive, indico o programa sobre Síndrome de Impostor e o sobre Gays Machistas & Mulheres homofóbicas. Eles também estão em todas as redes sociais (Twitter, Instagram e Facebook ). E quem não conhece ainda o Wanda, basta acessar o Papel Pop. É dar o play e se preparar para uma vida nova!

Fica a dica

No Espaço Cultural Renato Russo, o ator e dramaturgo Silvéro Pereira realiza a Oficna-montagem Coletivo Trans Formação. A intenção é criar uma perspectiva de emprego para o público trans com o objetivo de constituir um coletivo autônomo de artes cênicas. A oficina para 20 alun@s terá a duração de 11 semanas, distribuídos em 5 módulos, e culminando com a montagem e temporada de um espetáculo de conclusão. Será oferecido aos participantes uma ajuda de custo por semana para a participação. Faça sua inscrição aqui

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