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Caso Giulia Costa: psicólogo alerta para danos do bullying na internet

Filha de Flávia Alessandra, Giulia Costa, expôs ataques de bullying que vem sofrendo nas redes sociais; especialista alerta para as sequelas

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Giulia Costa
1 de 1 Giulia Costa - Foto: Reprodução Instagram

A exposição nas redes sociais é como uma faca de dois gumes. Apesar de apresentar vantagens, a vida digital pode prejudicar a vida real. No último domingo (17/9), a filha da atriz Flávia Alessandra, a jovem Giulia Costa, de 23 anos, desabafou sobre o impacto de comentários maldosos que tem recebido.

“Às vezes o melhor que se pode fazer é refletir!”, escreveu a jovem, que se formou em cinema em 2022. Em um vídeo publicado em seu perfil, ela juntou vários comentários que seguidores e internautas fizeram sobre o seu corpo. Entre eles estão, inclusive, comparações com a mãe Flávia Alessandra. “Você tem o corpo horrível”, “Mulher, sua mãe é tão fitness e você não entrou na onda?”, “Nossa, o que houve com você? Está tão relaxada”, “Corpo bonito é o da sua mãe, querida! Ela é perfeita”.

Giulia sentiu na pele o preconceito e o bullying. “A essência do bullying pode ser simplificada através de dois elementos prejudiciais para as vítimas: a degradação e a exclusão. Ambos são deliberadamente aplicados com o propósito de causar dano e menosprezar a pessoa atingida”, explica o psicólogo Alexander Bez.

Danos

As consequências da prática para a vítima podem ser profundas, tanto psicológicas como físicas. “Vale a pena destacar que as marcas físicas podem ter uma ambiguidade igualmente negativa, seja pela violência verbal infligida, levando a pessoa a recorrer a vários meios de compensação (potencialmente desencadeando transtornos obsessivo-compulsivos), ou resultando em agressão física direta. As cicatrizes emocionais deixam impressões profundas, podendo levar a vítima a manifestar várias condições mentais, desde depressão até ansiedade, transtornos alimentares e insônia”, detalha.

Cada indivíduo vai reagir de um jeito diferente, no entanto, o especialista destaca que as principais consequências são as alterações nos comportamentos habituais. “O isolamento e a queda no desempenho acadêmico ou profissional costumam ser os primeiros sintomas, seguidos pela perda de concentração, motivação e criatividade”, comenta. 

A prática pode resultar ainda na redução na autoestima, na falta de autoconfiança, em uma sensação de inutilidade e perda financeira devido à diminuição da motivação e do desempenho profissional. “Condições psicóticas se tornam irreversíveis, enquanto condições neuróticas são reversíveis, mas podem persistir por um longo período de tempo. O medo constante de sofrer bullying coloca a pessoa em um estado de alerta constante, afetando tanto a frequência cardíaca quanto a pressão arterial”, afirma Alexander. 

Rede de apoio

Nas palavras do especialista, o bullying funciona como um trem fantasma sem um fim claro, a menos que a denúncia e o aumento da autoestima possam combatê-lo. Contudo, buscar ajuda pode ser complicado devido a uma tríplice condição psicológica: medo, vergonha e culpa. “Ter a coragem de pedir assistência é fundamental. Ela pode começar em casa, especialmente quando a vítima é uma criança, mas em todos os casos, é importante contar com o apoio das autoridades, como diretores de escola, líderes acadêmicos ou gerentes no ambiente de trabalho. O tratamento psicológico é crucial, e a administração de medicamentos pode ser considerada de acordo com os sintomas apresentados, se necessário”.

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