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Lei francesa exige que fotos com modelos retocadas tenham alertas

A França está cada vez mais preocupada com o crescimento dos distúrbios alimentares no país

atualizado

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Apesar da nova onda do movimento “body positive” e da aparente libertação dos padrões de beleza, as mulheres ainda sofrem um bombardeio de imagens do “corpo perfeito”. Muitas vezes esses registros vêm acompanhados de dietas nada saudáveis e muito Photoshop. A França está consciente do número de jovens que sofrem anorexia no país, cerca de 600 mil, e decidiu tomar uma medida efetiva.

Uma nova lei francesa exige que qualquer foto comercial com alteração no corpo do modelo deve conter o selo “photographie retouchée”, que indica que a imagem foi retocada. Quem não obedecer à lei estará sujeito a pagar uma multa de R$ 136 mil (€ 37 mil). O governo francês explica que a medida foi adotada para diminuir a expectativa irreal que crianças e jovens têm do corpo humano.

A ministra da saúde Marisol Touraine afirma que as imagens irreais podem levar à autodepreciação e problemas de autoestima, que impactam a saúde. A preocupação dela é justificada: distúrbios alimentares são a segunda maior causa de morte de jovens no país, perdendo apenas para acidentes de carro.

A indústria da moda no geral sabe que a exigência de magreza das modelos é um problema. Mês passado, responsáveis por algumas marcas como Christian Dior, Gucci e Louis Vuitton anunciaram que não vão mais escalar modelos que não estejam com o índice de massa corporal (IMC) ideal. Semana passada, o Getty Images, um dos maiores sites de fotografias no mundo, baniu imagens com alterações nos corpos dos modelos.

Veja celebridades antes e depois dos retoques nas fotos:

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