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Janeiro branco: psicóloga dá três dicas para otimizar a terapia on-line

Diversos fatores podem prejudicar o atendimento a distância, sobretudo a interferência de terceiros no contato entre paciente e profissional

atualizado

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Janeiro branco: cinco dicas para otimizar a terapia on-line
1 de 1 Janeiro branco: cinco dicas para otimizar a terapia on-line - Foto: Pexels/Reprodução

A busca por terapia on-line aumentou drasticamente no último ano, por conta da reviravolta que a pandemia do novo coronavírus causou em toda a sociedade. Mas, apesar da popularidade, ainda há dúvidas sobre como funciona o atendimento a distância e como otimizar o momento.

De acordo com a psicóloga Donata Hamada, tudo aquilo que era difícil antes da pandemia, com a chegada da crise, se intensificou. “Estamos lidando com situações jamais imaginadas, então, era de se esperar um aumento na procura pela psicologia. O que não estava bem ficou ainda pior”, diz ela, que atua na Amparo Saúde, healthtech especializada em medicina da família.

A especialista afirma que a psicoterapia é importante em qualquer parte da vida, assim como o cuidado com a saúde da mente. Logo, iniciativas como o Janeiro Branco, que destacam a necessidade de falar sobre transtornos de origem mental, são de suma importância para conscientizar a população sobre como prevenir o adoecimento psicológico. Desde 2014, a campanha tem se consolidado em prol dessa causa. Mais informações no site.

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Confira as dicas da psicóloga:

Escolha o melhor local, dia e horário

A terapia é a oportunidade ideal de colocar tudo o que se passa internamente para fora. Inseguranças, medos e desejos podem ser tratados e analisados com o apoio de um profissional capacitado para isso. No entanto, é necessário que o paciente se sinta confortável para falar sobre sua intimidade.

Danata indica que seja escolhido um local que ofereça privacidade e silêncio, de preferência isolado, para que não haja o receio de que possa haver alguém escutando o relato. O mesmo vale para o dia e horário das consultas, tendo em vista que o recomendado é que não haja distrações ou compromissos concomitantes com o bate-papo com o psicólogo.

“Se não quiser que ninguém escute, escolha a hora que não vai ter ninguém. Esse momento é só seu, não se preocupe com julgamentos porque o profissional não está ali para isso, está ali para te ouvir, te ajudar e te apoiar”, ressalta.

Pessoas que não conseguem incluir a terapia na rotina por conta da ausência de privacidade ou momentos sem ninguém em casa podem procurar salas privadas em ambientes coworking. O aluguel costuma ser cobrado por hora e alguns oferecem a opção de pacotes mensais.

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Escolha a tecnologia que mais for conveniente

Com o local, dia e horário escolhido, é preciso se atentar também ao aparelho em que será realizada a consulta. Danata orienta que a pessoa prefira aquilo que tenha mais segurança em mexer e, caso não seja possível, buscar aprender a manusear antes do encontro.

“Acontece muito de a pessoa não saber mexer no aparelho e acabar perdendo tempo da consulta. O legal é se certificar de que tudo está preparado para a terapia 10 minutos antes”, pontua a especialista.

Fique atento ao sinal de internet

Desde que o contato a distância se estabeleceu como principal forma de trabalho, a partir de março de 2020, reclamações sobre a conexão com a internet multiplicaram. A plataforma de atendimento ao consumidor Reclame Aqui divulgou que houve um aumento de 26,91% nas queixas contra provedores de internet banda larga no ano passado.

Por conta disso, Danata ressalta a importância de verificar o sinal de wi-fi e dados móveis antes de começar a consulta. Segundo ela, quando o atendimento trava, tanto o paciente quanto o psicólogo podem perder a linha de raciocínio e, assim, prejudicar o andamento da sessão.

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