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Jovem chinês se muda para o Pôr do Sol para fazer intercâmbio

O estudante de arquitetura Loky Leung passou um mês na Ceilândia e foi embora nesta terça (17/8)

atualizado

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Arquivo pessoal
1 de 1 - Foto: Arquivo pessoal

O Setor Habitacional do Pôr do Sol, em Ceilândia, recebeu durante um mês um intercambista inusitado. O estudante de arquitetura chinês Loky Leung, de 25 anos, foi indicado pelo Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp) para passar um tempo na América Latina vendo de perto como funcionam trabalhos de assistência social. Para ter uma imersão maior, o jovem ficou hospedado no Pôr do Sol, na casa de um morador da área.

Loky é de Macau, na China, e foi integrado à Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), pela qual participou de duas Ações Urbanas Comunitárias e trabalhou em projetos de urbanismo para a região. “Fiquei responsável pelo design de espaços públicos, como praças e quadras. Além disso, pintei e grafitei junto com pessoas da comunidade nas paredes das casas”, comenta. 

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O estudante sempre se informou sobre cultura latino-americana e expressou um grande interesse em projetos sociais. Por isso, a escolha do Brasil como lugar de intercâmbio foi natural. “A Cialp junta pessoas falantes da língua para trocar experiências de arquitetura. Represento Macau, que tem uma população considerável com domínio do português.”

Brasília, segundo Loky, é diferente de todas as cidades que já visitou. “Os materiais e formas usados nos prédios são muito similares. O que os torna memoráveis e distintos são as histórias das pessoas ali residentes”. O estilo de vida dos moradores na capital, ditado pelos carros, também chamou atenção do chinês: “Os veículos determinam até onde você vai e com quais pessoas você encontra.”

Além do Distrito Federal, Loky teve a chance de viajar pelo Brasil por quase dois meses antes de trabalhar em Ceilândia. O intercambista acredita que essa é uma nação para quem tem espírito livre. “Brasileiros têm bastante iniciativa e sempre procuram seu próprio caminho de prazer e satisfação. Tudo isso me fez refletir muito”, conta. Nesta terça-feira (17/8), ele foi embora de Brasília. Quando voltar para seu país natal, Loky pretende se formar em arquitetura e ver aonde os ventos vão levá-lo.

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