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Tire suas dúvidas sobre as vacinas da Covid, influenza e pneumocócica

Nem todos os imunizantes podem ser administrados no mesmo dia, e pessoas com febre devem remarcar a aplicação

atualizado

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O outono, tradicionalmente, é uma época importante para a vacinação de idosos. Antes de entrar na estação com mais casos de síndrome respiratória, todos os anos, o Ministério da Saúde faz uma campanha de vacinação da gripe. Nessa época, também se encoraja a atualização do calendário de imunizações.

A vacina da gripe deve ser reforçada anualmente, já que o vírus da influenza sofre mutações com rapidez. Em idosos, há também a recomendação de vacinas pneumocócicas, que previnem doenças desencadeadas por bactérias, como pneumonia, otite e meningite. A imunização para maiores de 60 anos é feita em três passos: primeiro, uma dose da 13 valente; de dois a 12 meses depois, uma dose da 23 valente; e, cinco anos depois, a última da 23 valente.

“Não é uma vacina que precisa de mais doses do que isso, e ela tem tolerância imunológica, ou seja, quanto mais aplica, menor a eficácia e maior a chance de efeitos adversos”, explica Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm).

A recomendação do Ministério da Saúde e da SBIm é que, quando possível, os imunizantes sejam aplicados no mesmo dia. A vacinação pode ser feita com fórmulas que têm harmonia entre si, e é uma estratégia de saúde pública para aumentar a cobertura vacinal. A ideia é evitar que as pessoas se desloquem mais de uma vez para ir ao posto de saúde.

De acordo com a diretora da SBIm, a vacina contra a gripe pode ser aplicada com todos os imunizantes recomendados.

“Havendo harmonia, o ideal é aplicar. É um mito que tomar mais de uma vacina sobrecarrega o sistema imunológico, e o risco de aumentar os eventos adversos é mínimo”, ensina Flávia.

Reações

Ana Rosa dos Santos, infectologista e gerente médica do Sabin Imunização, explica que a vacina, como todo medicamento, pode apresentar reações. “As vacinas são seguras e a maioria das reações são leves. As mais comuns são dor e vermelhidão no local da aplicação, muitas vezes autolimitadas”, diz. Ela concorda que não há risco para a saúde do paciente ou perda da ação imunológica, caso as vacinas da gripe e pneumocócica sejam aplicadas no mesmo dia.

Entre os efeitos colaterais da vacina pneumocócica, estão diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais, que podem acometer cerca de 10% dos pacientes. Vômitos e febre acontecem de 1% a 10% dos casos. Em situações mais raras, entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam náusea, alergia grave e gânglios no braço vacinado.

Já a vacina da gripe, mais estável, apresenta reações leves, como febre, mal-estar e dor muscular, entre 1% a 2% dos vacinados. Reações anafiláticas são muito raras, de acordo com a SBIm.

Vacina contra Covid

Com a pandemia de Covid-19, o imunizante contra o coronavírus também deve ser levado em consideração. A recomendação é manter um intervalo de 14 dias entre a aplicação da vacina e qualquer outra – ainda não há estudos sobre a imunização concomitante com as novas fórmulas. Mesmo assim, a medida foi tomada não por uma preocupação em relação à intensidade dos efeitos adversos e, sim, para observar com mais precisão qualquer sintoma desencadeado pelo imunizante.

Segundo a diretora da SBIm, não é preciso ter nenhum cuidado especial antes ou depois de tomar mais de uma vacina. Ela recomenda apenas que, se a pessoa estiver com febre, adie a aplicação. “É mais para que, se houver febre alta depois, não se confunda evento adverso da vacina com piora do quadro que a pessoa já estava. Quem estiver com diarreia leve, nariz escorrendo, não precisa mudar a data”, explica.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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