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The Lancet: pneumonia na infância eleva risco de morte na vida adulta

Estudo do Imperial College London mostra que as infecções respiratórias na primeira infância são ligadas ao comprometimento do pulmão

atualizado

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Imagem colorida: mulher ajuda criança a respirar com inalador - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mulher ajuda criança a respirar com inalador - Metrópoles - Foto: Getty Images

As crianças diagnosticadas com bronquite ou pneumonia na primeira infância correm quase duas vezes mais risco de sofrer morte prematura na idade adulta por doenças respiratórias, segundo estudo inédito publicado na revista The Lancet, nessa terça-feira (7/3).

A ameaça é maior independentemente de fatores socioeconômicos ou histórico de tabagismo na vida adulta, de acordo com os pesquisadores do Imperial College London. Para chegar à conclusão, os pesquisadores avaliaram dados de 3.589 pessoas. A morte foi considerada prematura quando ocorreu antes dos 73 anos.

Os autores do estudo observaram que a taxa de morte prematura em adultos por doenças respiratórias entre aqueles que tiveram uma infecção do trato respiratório inferior (ITRi) – como bronquite ou pneumonia – antes dos 2 anos de idade foi de 2,1%. Para aqueles que não enfrentaram uma ITRi na primeira infância, a taxa foi de 1,1%. Ou seja, os que enfrentaram doenças respiratórias ainda na infância tiveram 93% mais chance de morrer precocemente.

Demonstrou-se que as infecções do trato respiratório inferior em crianças estão ligadas ao desenvolvimento de comprometimento da função pulmonar na vida adulta, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Atenção à saúde

Os pesquisadores do Imperial College London sugerem que as autoridades dediquem maior atenção à saúde respiratória das crianças para evitar um impacto na mortalidade mais tarde.

“Os resultados do nosso estudo sugerem que os esforços para reduzir as infecções respiratórias na infância podem ter um impacto no combate à mortalidade prematura por doenças respiratórias mais tarde na vida”, afirma a professora Rebecca Hardy, da Loughborough University e da University College London.

“As medidas preventivas atuais para doenças respiratórias em adultos se concentram principalmente nos fatores de risco do estilo de vida adulto, como o tabagismo. Evidências sugerindo as origens precoces das doenças crônicas em adultos ajudam a desafiar o estigma de que todas as mortes por doenças como a DPOC estão relacionadas a fatores de estilo de vida”, diz o principal autor do estudo, James Allinson.

Estima-se que 3,9 milhões pessoas morreram por doenças respiratórias crônicas em 2017, representando 7% de todos os óbitos no mundo. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) foi a principal causa das mortes.

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