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Polêmica: cientistas lançam manifesto defendendo que jovens voltem às ruas

Professores de renomadas instituições sugerem que pessoas menos vulneráveis retomem vida normal para ajudar a construir imunidade de rebanho

atualizado

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coronavirus Europa
1 de 1 coronavirus Europa - Foto: Getty Images

Em uma carta aberta, cientistas e médicos de diversos países pedem que os jovens saiam do isolamento social e  a retomem a vida normal para que a chamada imunidade de rebanho contra o novo coronavírus– ponto em que a taxa de novas infecções é estável – seja construída.

De acordo com eles, a volta deste grupo às ruas vai acelerar a construção de uma barreira coletiva ao vírus e isso beneficiaria aqueles que estão em maior risco. Intitulado “A Declaração do Grande Barrington“, o apelo é destinado aos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Até esta quinta-feira (8/10), mais de 4,7 mil cientistas e 123.300 mil pessoas comuns haviam assinado o manifesto.

Entre os autores do documento estão o epidemiologista e professor de medicina da Universidade de Harvard, Martin Kulldorff; a professora da Universidade de Oxford com especialidade de imunologia, Sunetra Gupta; e o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Jay Bhattacharya.

“Sabemos que todas as populações acabarão por atingir a imunidade de rebanho e que isso pode ser assistido por (mas não depende de) uma vacina. Nosso objetivo deve ser, portanto, minimizar a mortalidade e os danos sociais até atingirmos a imunidade coletiva”, escrevem.

De acordo com os autores, as políticas de confinamento adotadas para evitar o contágio estão produzindo “efeitos devastadores” na saúde pública. Entre os exemplos citados estão os baixos índices de vacinação infantil, a redução dos exames oncológicos, o agravamento dos prognósticos das doenças cardiovasculares e a deterioração da saúde mental.

A Organização Mundial de Saúde vem defendendo justamente o contrário. Os representantes da agência internacional têm reforçado que o não cumprimento do isolamento social pelos jovens está associado à segunda onda de Covid-19 na Europa.

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