Pacientes da Covid-19, infectados com a variante Ômicron, podem transmitir o vírus por pelo menos seis dias, segundo mostra um estudo do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, publicado na plataforma medRxiv.
A descoberta sugere que o isolamento de cinco dias, adotado por diversos países desde a descoberta da nova variante, pode não ser suficiente para conter a transmissão do vírus.

Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundoGetty Images

Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúdeAndriy Onufriyenko/ Getty Images

Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você amaPixabay

Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron

Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condiçõesHinterhaus Productions/ Getty Images

Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírusPaul Bradbury/Getty Images

Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e ÔmicronDjelicS/ Getty Images

Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir. Apesar de menos comuns na Ômicron, esses sintomas podem aparecer quando acompanhados por outros sinais da infecção viral, como complicações gastrointestinais, dor de garganta ou perda de paladar e olfatoboonchai wedmakawand/ Getty Images
Os pesquisadores analisaram amostras de sangue e de exames do tipo PCR de 56 pacientes da Covid-19 entre julho de 2021 e janeiro de 2022, todos recém-diagnosticados, com sintomas leves e sem a necessidade de hospitalização. Dezenove deles haviam sido infectados pela variante Ômicron e 37 pela Delta.
A redução da carga viral e o tempo decorrido até que os participantes tivessem um novo teste PCR com resultado negativo foram muito semelhantes entre os infectados pelas duas variantes, assim como o tempo de transmissão.
“Embora não se saiba exatamente quanto vírus vivo é necessário para espalhar a doença para outras pessoas, tomamos esses dados para sugerir que pessoas com infecção leve pelo coronavírus podem ser contagiosas em média por seis dias e às vezes mais”, disse a coautora do estudo, a médica Amy Barczak, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston.
Isolamento pelo mundo
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos atualizou, em 27 de dezembro de 2021, as recomendações de segurança da Covid-19, reduzindo o tempo de isolamento de dez para cinco dias após o início dos sintomas ou do teste positivo.
A orientação é similar à adotada pelo Ministério da Saúde em janeiro, quando o ministro Marcelo Queiroga reduziu o tempo de isolamento de casos leves e moderados para sete dias. “Apesar da mudança, as recomendações são as mesmas: o cuidado é individual e o benefício é de todos”, disse o Queiroga na ocasião.