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OMS sobre Covid-19: “Pessoas não buscam unicórnios, só informação honesta”

Questionados sobre o Brasil, diretores do órgão pediram transparência e honestidade dos governos

atualizado

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OMS/Reprodução
Mike Ryan na OMS
1 de 1 Mike Ryan na OMS - Foto: OMS/Reprodução

De acordo com o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan (foto em destaque), os governos devem agir com transparência, honestidade e admitir quando não sabem alguma informação ou admitir os próprios erros quanto ao novo coronavírus.

A declaração foi dada após uma jornalista brasileira questionar, em entrevista coletiva, sobre a dificuldade do governo do Brasil em informar a população de forma eficaz e as declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo Ryan, deve-se usar informações científicas para evitar um desastre.

“As pessoas são espertas e não estão procurando respostas mágicas, unicórnios. Todos vivemos no mundo real. Apresentar soluções simplistas não é suficiente. Pedimos transparência, consistência e honestidade”, disse o diretor.

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A resposta foi dada de forma genérica, sem citar o Brasil, mas Ryan disse ainda que a população eventualmente vai descobrir que está recebendo informações “distorcidas ou manipuladas politicamente” e vai se virar contra a fonte que está disseminando-as.

O diretor afirmou ainda que há muitas fontes de informação além do governo federal, citando a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e as administrações estaduais e municipais. “Bons governos ganham a confiança da população com informações confiáveis”, explica.

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