Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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Dados do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) mostram que a perda de paladar e olfato, tosse persistente e febre são os principais sintomas da Covid-19 desde o início da pandemia. O Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS, na sigla em inglês) acrescenta aos sintomas fadiga e dor de cabeça.
A fadiga é relatada por 62% dos pacientes de Covid-19 e apontada em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron. O sintoma é caracterizado por cansaço extremo resultante de esforço mental, físico ou por doença. Por isso, a causa acaba sendo confundida com outras condições.
Dores musculares também foram relacionadas à Covid-19. Isso ocorre porque o corpo está tentando combater o vírus constantemente, gerando também uma sensação de fadiga contínua.
Principais sintomas da variante Ômicron
A infectologista Ana Helena Germoglio explica que a infecção provocada pelo coronavírus – seja pela mutação Delta ou Ômicron – tem sintomas bastante semelhantes. “No início da Covid-19, existiam sintomas característicos como perda de olfato e paladar, que a gente não viu com tanta frequência com a Delta e, muito menos agora, com a Ômicron”, afirma a especialista.
Segundo ela, a Ômicron está associada a sintomas respiratórios mais leves, como os de um resfriado. Dores pelo corpo, na cabeça, fadiga, perda de apetite, espirros e dor de garganta são comuns. Além disso, outros sinais inéditos foram observados nos infectados pela nova mutação: suores noturnos e sensação de garganta arranhando.
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