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Mulher faz cirurgia com médico dos EUA para retirar tumor de 40 quilos

Curitibana nasceu com neurofibromatose, tipo de câncer raro e sem cura, e passou por uma cirurgia para retirar parte do tumor de 40 quilos

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Imagem colorida com a mulher Karina Rodine sentada em uma cama. Karine vive em Curitiba, no Paraná, e tem um tumor de 40Kg
1 de 1 Imagem colorida com a mulher Karina Rodine sentada em uma cama. Karine vive em Curitiba, no Paraná, e tem um tumor de 40Kg - Foto: Reprodução/Instagram

Karina Andressa Rodini, de 31 anos, a curitibana que tem um tumor de quase 40 quilos entre as costas e o joelho, passou por uma cirurgia na última terça-feira (16/11), em Curitiba (PR), para se livrar do problema.

O procedimento foi realizado pelo médico McKay Mckinnon, um especialista  norte-americano reconhecido por operações de retirada de grandes tumores.

De acordo com a assessoria do Hospital Marcelino Champagnat, onde a cirurgia foi realizada, a paciente está bem. Karina tem neurofibromatose, um tipo de câncer raro e sem cura, e sonhava em realizar a cirurgia, pois a neoplasia afetava profundamente sua qualidade de vida.

O cirurgião plástico Alfredo Benjamin Duarte, responsável pelo caso, explica que a neurofibromatose é uma doença genética que pode apresentar também tumores cutâneos e manchas.

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Karina Rodini sofre de neurofibromatose, um tipo de câncer raro
A jovem tem 31 anos e passou por uma cirurgia na última terça-feira (16/11) para retirar parte do tumor
Neurofibromatose é uma doença genética que pode apresentar também tumores cutâneos e manchas
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Karina Rodini sofre de neurofibromatose, um tipo de câncer raro

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A jovem tem 31 anos e passou por uma cirurgia na última terça-feira (16/11) para retirar parte do tumor

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Neurofibromatose é uma doença genética que pode apresentar também tumores cutâneos e manchas

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O cirurgião comenta que o caso de Karina é grave devido ao tamanho dos tumores: “Nós acreditamos que, se não houver um tratamento adequado, as chances de ela sobreviver e ter uma vida normal diminuem muito”.

Avanço da doença

Os tumores começaram a se desenvolver na adolescência, quando Karina tinha 15 anos. A jovem passou por vários médicos em todo o país e sempre ouvia que não havia solução para o seu caso.

Conforme a doença avançava, ela realizava cirurgias para remover a neurofibromatose, mas as células anormais voltavam a crescer. Ao todo, foram 10 cirurgias, sendo a maioria realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os últimos três anos foram os mais difíceis para a saúde da jovem. O tumor cresceu bastante nesse tempo, prejudicando a qualidade de vida de Karina. Ela passou a ter dificuldades para andar, encontrar roupas que servissem e sair de casa.

“Pra você ter ideia, eu não consigo subir uma escada ou andar 10 metros que eu já fico muito cansada. Não consigo passar por uma roleta de ônibus. Se sento num ônibus, eu fico com metade da minha perna para fora porque o tumor é muito grande.”

Apoio

Sonhando em resolver o problema, Karina passou a divulgar o caso dela nas redes sociais e a buscar ajuda financeira para custear os gastos com os tratamentos necessários.

Karina conta que, além da família, que sempre esteve ao lado dela, encontrou muito apoio ao tornar seu caso público: “Muita gente que nem me conhece me apoiou, então isso foi muito bom porque a gente não imagina que existem mais pessoas boas do que ruins”.

Segundo ela, a divulgação de sua história representou um ponto de virada. “Eu sempre ouvia comentários muito maldosos de pessoas, que isso foi uma macumba que fizeram, algum erro dos meus antepassados, dos meus pais, ou alguma praga que jogaram em mim.”

Estratégia para a retirada dos tumores

A divulgação nas redes sociais também permitiu que ela chegasse ao médico McKay Mckinnon, um especialista mundial em neurofibromatose.

O médico Alfredo Benjamin Duarte explica que Mckinnon estuda “neurofibromatose há muitos anos e tem uma vasta experiência no assunto”. Além do conhecimento, “ele tem um conceito totalmente diferente, que a gente está conhecendo agora”.

A estratégia é retirar o tumor na origem, que normalmente está perto dos nervos sensitivos da medula. “Se tirar esses nervos próximos às vértebras, de onde o tumor sai, a possibilidade de diminuir a evolução da doença é muito grande. De acordo com ele, esse nervo estimula o crescimento dos tumores periféricos, por isso precisa ser removido”, explica Duarte.

Segundo o médico brasileiro que acompanha o caso de Karina, a ideia é começar com a retirada desses nervos que possam estar estimulando o crescimento dos outros.

Dez horas de cirurgia

O procedimento de terça-feira durou mais de 10 horas. Agora, Karina ficará em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Marcelino Champagnat, onde receberá os cuidados necessários para garantir sua recuperação.

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