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Vídeo: mulher com 2 úteros dá à luz bebês em dias diferentes nos EUA

Kelsey teve duas meninas, uma no dia 19 e outra no dia 20, com uma diferença de cerca de 10 horas entre os partos

atualizado

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Divulgação/UAB
Foto mostra Kelsey Hatcher com suas duas filhas gêmeas que nasceram de úteros diferentes em dias diferentes
1 de 1 Foto mostra Kelsey Hatcher com suas duas filhas gêmeas que nasceram de úteros diferentes em dias diferentes - Foto: Divulgação/UAB

A americana Kelsey Hatcher, de 32 anos, foi mãe em dois dias seguidos. Por possuir a rara condição de útero duplo, ela engravidou em ambos ao mesmo tempo e teve gêmeas em um tipo de gestação que só ocorre um caso a cada milhão. Uma das bebês nasceu na última terça-feira (19/12) e a outra, na quarta (20/12).

Ao todo, o trabalho de parto durou 20 horas. Kelsey já tinha três filhos, mas estava se programando para ter a quarta bebê. No exame de ultrassom da 8ª semana, descobriu que esperava gêmeas. Todas as suas gestações ocorreram de forma comum e, desde os 17 anos, ela sabia que tinha útero didelfo, como a condição também é chamada.

“Acho apropriado que elas tenham dois aniversários diferentes. Cada uma tinha suas próprias ‘casas’ e agora ambas têm suas próprias histórias de nascimento”, disse a mãe em entrevista ao site da Universidade do Alabama em Birmingham (UAB), instituição cuja equipe de saúde acompanhou sua gestação.

O que é o útero duplo?

Conhecido na medicina como útero didelfo, a condição ocorre quando a paciente possui duas cavidades uterinas diferentes, com uma parede dividindo-as. O quadro ocorre durante a formação fetal e não costuma afetar a fertilidade da paciente, pois cada útero possui uma trompa de Falópio e um ovário.

No caso de Kelsey, ela também tem dois colos do útero. Ter um bebê em ambos os úteros simultaneamente – também conhecido como gravidez dicavitária – é um fenômeno muito raro.

“Em uma gravidez gemelar típica, os gêmeos compartilham um útero, o que pode limitar a quantidade de espaço que cada um tem, tornando o nascimento prematuro ou prematuro uma grande possibilidade”, disse o obstetra Richard O. Davis, professor da UAB. “Com os bebês de Kelsey, cada um tinha seu próprio útero, placenta e cordão umbilical, eles tiveram espaço extra para crescer e se desenvolver.”

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Como foi o parto?

O cenário ideal seria Kelsey entrar em trabalho de parto sozinha, mas foi necessário induzir o parto com 39 semanas. Quando Kelsey chegou à UAB no início da manhã de 19 de dezembro, ela estava dilatada em 4 cm no colo do útero direito e 3 cm no esquerdo.

Como ela tinha dois úteros, ela precisou de monitoramento e gráficos duplicados e recebeu duas enfermeiras de trabalho de parto para monitorar cada útero e bebê. “Senti cada lado contraindo em áreas diferentes”, lembra a mãe.

Seu útero direito – que já havia tido duas gestações – começou a progredir mais que o esquerdo. A equipe decidiu focar no bebê da direita e rompeu a bolsa daquele lado. Foi assim que nasceu Roxi, às 19h45 do dia 19 de dezembro, pesando 3,4 kg.

A bebê do lado esquerdo não desceu e foi necessária uma cesariana. Rebel, nasceu em 20 de dezembro às 6h10, pesando 3,2 kg. Foi só no berço que ambas ficaram juntas.

“Depois de uma jornada tão longa e louca, significou o mundo para o mim ver minhas duas filhas juntas pela primeira vez”, disse Kelsey.

 

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