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Monkeypox: transmissão começa antes dos primeiros sintomas, diz estudo

Estudo britânico descobriu que a monkeypox pode ser transmitida até quatro dias antes dos primeiros sintomas da doença

atualizado

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imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos - Metrópoles
1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

As pessoas infectadas com a varíola dos macacos (monkeypox) podem transmitir o vírus antes mesmo de desenvolver os primeiros sinais e sintomas da doença, segundo mostra um estudo publicado nessa quarta-feira (2/11), no British Medical Journal.

Até então, acreditava-se que a transmissão do vírus ocorria principalmente a partir do contato com as feridas que aparecem no corpo dos pacientes. As novas descobertas fazem um alerta para que autoridades de saúde revejam suas políticas de prevenção da doença e rastreamento de pacientes.

Cientistas da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido usaram dados de rastreamento de contatos de 2.746 pessoas da Grã-Bretanha, com idade média de 38 anos, diagnosticadas com a monkeypox entre maio e agosto.

Com as informações, eles conseguiram analisar o intervalo serial – o tempo desde o início dos sintomas no primeiro caso até o início de um caso relacionado –, o período de incubação do vírus e o tempo desde a exposição ao vírus até o início dos sintomas.

Observou-se que o intervalo serial médio era menor do que o período de incubação do vírus, sugerindo que uma “transmissão considerável” ocorra antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas.

Até 53% das transmissões estudadas podem ter ocorrido antes dos pacientes apresentarem os primeiros sinais da doença. O período mais longo em que a transmissão do vírus foi detectada antes do início dos sintomas foi de quatro dias.

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Emergência internacional

Embora os casos de monkeypox estejam caindo no mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu manter o status de emergência de saúde pública de preocupação internacional da doença.

Em reunião do comitê de emergência realizada nessa terça (1º/11), os especialistas entenderam que a situação da doença ainda se encaixa nos critérios de emergência, com transmissão acontecendo em algumas regiões, desigualdade na resposta e prevenção em populações vulneráveis, e risco de estigma e discriminação.

Desde que o primeiro caso foi registrado em maio deste ano, foram notificados 77.935 casos em todo o mundo e 36 mortes, de acordo com o monitoramento Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Sintomas

A doença é caracterizada pelo aparecimento de feridas no corpo que podem ser confundidas com herpes e acne no início. Os primeiros sintomas de varíola dos macacos começam a aparecer entre cinco e 21 dias após a infecção, mas tendem a surgir a partir do sétimo dia.

Nos dias iniciais, as características são similares às de uma gripe, com febre, dor de cabeça, dores musculares, glândulas inchadas (especialmente na garganta), calafrios e fadiga.

As primeiras características visíveis da varíola dos macacos começam a surgir entre o sexto e décimo dias. A irritação na pele tende a ser dolorida e provocar coceiras.

As lesões podem aparecer no rosto e em outras partes do corpo, como a boca, o ânus e a região genital. As feridas inicialmente têm forma achatada, mas se tornam protuberantes e apresentam um líquido esbranquiçado, parecido com pus.

Depois, as bolhas ganham uma consistência parecida com a de borracha e o líquido torna-se mais amarelo, tomando a característica de pústulas. Essa fase dura entre cinco e sete dias — depois, as lesões secam e começam a ter crostas.

O início da formação das crostas marca o último estágio dos sintomas na pele, geralmente entre o 14º e 21º dias. Nas duas semanas seguintes, as feridas cicatrizam e param de doer ou coçar. A tendência é que todas as marcas visíveis da varíola dos macacos desapareçam. (Com informações da Agência Reuters)

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