Monkeypox: 41% dos pacientes vivem com HIV, diz Ministério da Saúde
Informações constam no 15º Boletim Epidemiológico da pasta, divulgado nas páginas oficiais do órgão na terça-feira (25/10)
atualizado

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que 41% dos pacientes com casos prováveis ou confirmados de varíola dos macacos no Brasil declararam viver com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
As informações constam no 15º Boletim Epidemiológico da pasta, divulgado nas páginas oficiais do órgão na terça-feira (25/10). O documento reúne dados computados entre 25 de setembro e 8 de outubro.
De acordo com o documento, dos 7.134 registros da doença com informações sobre o assunto, 2.926 declararam viver com HIV. O sexo masculino correspondeu a 99,6% desses casos, e a mediana de idade foi de 34 anos.
O boletim aponta que os pacientes que vivem com HIV e foram acometidos pela monkeypox são maioria entre os hospitalizados. A prevalência de hospitalização foi 44% maior nos indivíduos desse grupo.
A infecção por HIV causa a doença conhecida como Aids e ataca o sistema imunológico do corpo humano, responsável por defender o organismo de doenças.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas Jackyenjoyphotography/ Getty Images

Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas koto_feja/ Getty Images

Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia Wong Yu Liang/ Getty Images

Apesar de o Brasil ainda não ter definido público-alvo que receberá os imunizantes, países como o Reino Unido, que já iniciaram a campanha de vacinação, definiram como prioritários os profissionais de saúde que estão lidando com os pacientes diagnosticados, os homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado Jackyenjoyphotography/ Getty Images

Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi Jackyenjoyphotography/ Getty Images

A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose A Mokhtari/ Getty Images

A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas David Talukdar/Getty Images

A vacinação contra a varíola dos macacos é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção bymuratdeniz/ Getty Images

Devido ao aumento dos casos em diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como emergência de saúde pública global A Mokhtari/ Getty Images

Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem Isai Hernandez / Getty Images

A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas Sebastian Condrea/ Getty Images

O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
Segundo o Ministério da Saúde, outros 891 (10,5%) dos pacientes afetados pelo vírus da monkeypox afirmaram possuir alguma infecção sexualmente transmissível ativa (IST).
Dentre os pacientes que vivem com ISTs, a maioria declarou ter sífilis (48,9%). Em segundo lugar, estão os pacientes que afirmaram ter herpes genital (24,7%).

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas Jackyenjoyphotography/ Getty Images

Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas koto_feja/ Getty Images

Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia Wong Yu Liang/ Getty Images

Apesar de o Brasil ainda não ter definido público-alvo que receberá os imunizantes, países como o Reino Unido, que já iniciaram a campanha de vacinação, definiram como prioritários os profissionais de saúde que estão lidando com os pacientes diagnosticados, os homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado Jackyenjoyphotography/ Getty Images

Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi Jackyenjoyphotography/ Getty Images

A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose A Mokhtari/ Getty Images

A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas David Talukdar/Getty Images

A vacinação contra a varíola dos macacos é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção bymuratdeniz/ Getty Images

Devido ao aumento dos casos em diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como emergência de saúde pública global A Mokhtari/ Getty Images

Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem Isai Hernandez / Getty Images

A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas Sebastian Condrea/ Getty Images

O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
Cenário no Brasil
Segundo o último informe divulgado pelo Ministério da Saúde, o estado de São Paulo concentra a maior parte dos registros no país e tem 4.012 dos casos confirmados. Em segundo lugar, está o Rio de Janeiro, com 1.203 infecções registradas.
Até terça-feira, o Brasil havia computado 9.045 casos positivos de varíola dos macacos. Além disso, 8 óbitos foram confirmados até o momento — o mais recente ocorreu em Minas Gerais. Trata-se de um homem de 33 anos. Com o registro dessa semana, o Brasil passa a ser o país com maior número de vítimas da doença em todo o mundo.
Leia a íntegra do Boletim Epidemiológico:
Be Especial Monkeypox 15 by Rebeca Borges on Scribd