Monkeypox: fabricante de vacinas avalia uso de doses vencidas
A única fabricante de uma vacina aprovada contra a varíola dos macacos enfrenta pressão global por doses para conter o surto da doença
atualizado
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A Bavarian Nordic informou, nesta quarta-feira (24/8), que estuda a possibilidade do uso de doses “tecnicamente expiradas” da vacinas contra a varíola dos macacos (monkeypox).
A única fabricante de um imunizante aprovado contra a doença viu a demanda pela fórmula crescer expressivamente durante o atual surto do vírus, que infectou mais de 41.700 pessoas nos últimos quatro meses, excedendo a capacidade de entrega, segundo confirmou o CEO da farmacêutica dinamarquesa, Paul Chaplin, à agência Reuters.
A empresa dinamarquesa irá avaliar se milhões de doses entregues aos Estados Unidos nos últimos anos, que tecnicamente expiraram, ainda podem ser usadas. Os primeiros testes realizados confirmaram que cerca de 500 mil delas ainda têm prazo de validade. A decisão de usar essas doses, segundo Chaplin, cabe aos reguladores de saúde dos EUA.
“Estamos nos preparando para expandir a capacidade de fabricação para atender a essa demanda o mais rápido possível”, contou Chaplin.
Dose fracionada
Os EUA, a Inglaterra e países da União Europeia autorizaram recentemente a aplicação de doses fracionadas da vacina para aumentar a oferta do imunizante. A estratégia prevê que até cinco pessoas sejam vacinadas com um único frasco ao invés de ser usado como dose única.
A vacina deve ser aplicada de maneira intradermal, ou seja, entre as camadas da pele, e não abaixo da pele (a camada subcutânea), como era feito anteriormente.
O método é usado na aplicação de outras vacinas, como a BCG, e requer menor quantidade da fórmula. Estudos com a vacina Jynneos mostraram que essa forma de aplicação garante o mesmo nível de proteção contra a varíola dos macacos que o esquema tradicional.
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