A farmacêutica Moderna informou que está trabalhando no desenvolvimento de vacinas contra a varíola de macaco, doença infecciosa que está provocando surtos de casos em alguns países da Europa.
Os estudos estão na fase pré-clínica, ou seja, são realizados testes em laboratórios e ainda não envolvem voluntários humanos.
Em março deste ano, a empresa norte-americana lançou um programa de desenvolvimento de vacinas para prevenir ameaças de saúde pública até 2025. O projeto é focado nos 15 patógenos identificados como de maior risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi).
“Ressaltando esse compromisso, e como a monkeypox (varíola de macaco) é de importância para a saúde pública global, conforme identificado pela OMS, estamos investigando possíveis vacinas contra a varíola em um nível pré-clínico”, afirmou a empresa na segunda-feira (24/5), via Twitter.

Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africanoGetty Images

A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiraçãoLucas Ninno/ Getty Images

Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"Roos Koole/ Getty Images

Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na históriaseng chye teo/ Getty Images

Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caemWong Yu Liang / EyeEm/ Getty Images

O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 diasMelina Mara/The Washington Post via Getty Images

Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminaçãoNatalia Gdovskaia/ Getty Images

Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixoROGER HARRIS/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images

Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizadosmmpile/ Getty Images
Varíola de macaco
Desde o início de maio, as autoridades de saúde monitoram um crescimento no número de casos de varíola de macaco – uma infecção viral que é endêmica em algumas regiões da África, mas não costuma ser registrada em outras partes do mundo.
Sintomas
O período de incubação do vírus que provoca a doença varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer dez ou 14 dias após o momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal estar e dor e, cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas – parecidas com as da catapora, que evoluem para crostas. A doença termina entre três e quatro semanas após a infecção.
Como se pega
A transmissão do vírus que causa a varíola de macaco entre humanos ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes.
No surto dos países europeus, tem se verificado uma prevalência de casos entre homens que fazem sexo com homens. No entanto, até aqui, não há evidências de que a transmissão entre eles tenha sido por via sexual.
Autoridades de saúde alertam para que as pessoas que apresentem mudanças incomuns na pele procurem um médico imediatamente.
Tratamento
Normalmente não é necessário realizar tratamento específico, pois os sintomas desaparecerem em algumas semanas. O médico, no entanto, pode indicar o uso de medicamentos que aliviam os sintomas mais rapidamente.
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