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Jovem morre de choque tóxico por causa de absorvente interno

Adolescente belga de 17 anos deu entrada no hospital com sintomas gastrointestinais e, 48 horas depois, faleceu

atualizado

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Josefin/Unsplash
absorvente interno
1 de 1 absorvente interno - Foto: Josefin/Unsplash

Por conta de um choque tóxico desencadeado por um absorvente interno, uma adolescente belga de apenas 17 anos morreu. Diagnosticada com um problema gastrointestinal, os médicos só descobriram a verdadeira causa dos sintomas quando já não havia tempo hábil para salvá-la. Entre a hospitalização e o óbito foram, apenas, 48h.

Na segunda-feira (06/01/2020), depois de retornar de uma prática esportiva, Maëlle Hennuy começou a apresentar febre, vômitos e diarreia. Laurence Hennuy, a mãe da adolescente, ligou para o médico da família, que a diagnosticou com uma gripe gastro-intestinal. No dia seguinte, a temperatura continuou alta e, à noite, ela não conseguia mais levantar da cama por conta de vertigens.

“Aferi a pressão dela e estava, infelizmente, a 5 por 3. Chamamos uma ambulância que também a diagnosticou com gripe gastro-intestinal e a levou para o hospital, onde ela recebeu o mesmo diagnóstico e mais o de uma desidratação severa”, contou a mulher em entrevista ao portal belga RTL Info. Depois de cinco horas de tratamento, a moça foi transferida para uma unidade médica de cuidados intensivos.

Lá, Maëlle foi imediatamente diagnosticada com a síndrome do choque tóxico, que teria sido causada por um absorvente interno. “Ela foi cuidada de maneira excelente mas, infelizmente, não havia mais nada a fazer. Um dia depois, Maëlle morreu”, conta a mãe.

A mulher relata, ainda, que sempre orientou a filha sobre os perigos do absorvente interno e queixou-se de que o caso teria sido solucionado mais cedo se algum dos profissionais tivesse relacionado o problema ao uso do produto.

O que é
Descrita pela primeira vez em 1978, a síndrome do choque tóxico é uma doença rara, que pode atingir ambos os sexos e é causada pelas toxinas de bactérias Gram-positivas, em especial a Staphylococcus aureus. Esse tipo de bactéria existe em áreas de mucosas, como a vagina, mas, ao entrar na corrente sanguínea de um paciente, pode desencadear uma série de reações graves, como insuficiência renal aguda e morte.

A troca de absorventes internos deve ocorrer no intervalo de 2 a 4 horas, dependendo da intensidade do fluxo. Quando o sangue fica acumulado no dispositivo por muito tempo (mais de 6 horas), ele se torna um meio favorável para a proliferação das bactérias.

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