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Jovem fica em quarentena por 48 dias após 2 testes positivos para Covid-19

Com sintomas como falta de ar, ela repetiu os testes três vezes até receber o resultado negativo e ter segurança para encontrar a família

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natalie forouzad
1 de 1 natalie forouzad - Foto: Facebook/Reprodução

Por ser um vírus novo, ainda há muito a descobrir sobre o Sars-CoV-2. Uma das questões levantadas é: por quanto tempo pessoas infectadas são capazes de contaminar terceiros? Em geral, para que não restem dúvidas, é indicado permanecer em quarentena por 14 dias a partir do começo dos sintomas, pois não há testes suficientes para confirmar que o vírus não está mais no organismo do indivíduo. Porém, algumas pessoas podem ficar contaminadas por mais tempo do que isso.

Um artigo do site Elemental, que faz parte do Medium, foi destacado pela revista Nature por contar a história de Natalie Forouzad, 20 anos. A estudante recebeu o primeiro diagnóstico de coronavírus no dia 11/6, após se sentir muito cansada e com calafrios. O quadro piorou um pouco, com falta de ar pelas duas semanas seguintes. Ela também percebeu taquicardia. O quadro foi melhorando, mas com uma dor intermitente nos pulmões.

Com medo de contaminar os pais, ela seguiu em quarentena até o dia 5/7, quando Natalie se submeteu a outro exame PCR – o resultado também foi positivo, ou seja, ainda havia vírus em seu organismo. Apesar do desconforto de ficar ilhada no seu quarto, a estudante passou 48 dias isolada. “Estou cansada. Mas ninguém no universo sabe me dizer se eu ainda estou contagiosa por ter testado positivo”, afirma.

No dia 27/7, Natalie fez mais um novo teste PCR que, desta vez, teve resultado negativo e ela pôde voltar a ver a família, que mora na mesma casa em que ela.

Como a americana ficou em quarentena por todo o período, a hipótese de ela ter sido contaminada novamente foi descartada. Para os médicos, a explicação mais plausível é que, em alguns casos, o coronavírus não seja totalmente eliminado pelo corpo e siga latente – como acontece com o vírus do sarampo, por exemplo.

Uma teoria é a de que o corpo mantenha o patógeno para garantir que a imunidade seja duradoura. Há estudos que mostram células imunes acopladas em partículas virais por algum tempo após o fim da infecção, mas a ciência ainda não tem resposta sobre como funciona o mecanismo.

Segundo pesquisas feitas pelo CDC (Centro de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), vírus que foram coletados de pacientes mais de nove dias depois do diagnóstico não se multiplicam em laboratório. O resultado indica que a pessoa não estaria contagiosa após esse intervalo. Porém, é possível que existam exceções, uma vez que não há teste disponível que comprove quando o paciente deixa de contaminar outros.

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