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Inteligência artificial consegue prever se câncer de mama se espalhará

Modelo de IA consegue prever se tipo agressivo de câncer de mama se espalhará. Informação é útil para a indicação de tratamento

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Mulher sem blusa segurando símbolo que representa luta contra o câncer de mama - Metrópoles
1 de 1 Mulher sem blusa segurando símbolo que representa luta contra o câncer de mama - Metrópoles - Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images

Pesquisadores do King’s College London, no Reino Unido, desenvolveram um modelo de inteligência artificial (IA) capaz de prever o risco do câncer de mama de uma paciente se espalhar para outras partes do corpo. A informação é útil para que os médicos façam indicações mais individualizadas de tratamento.

O novo modelo de inteligência artificial foi criado a partir de testes em mais de 5 mil gânglios linfáticos doados por 345 pacientes para biobancos. A tecnologia mede a resposta da estrutura que funciona como filtro de substâncias estranhas, como células cancerosas e infecções.

O estudo foi focado em pacientes com câncer de mama triplo negativo, que apresenta maior probabilidade de retornar ou se espalhar durante os primeiros anos após o tratamento, quadro conhecido como câncer de mama secundário ou metastático.

Tratamento

Em um artigo publicado nesta sexta-feira (26/6), no The Journal of Pathology, os pesquisadores explicam que as células do câncer de mama geralmente se espalham primeiro para os gânglios linfáticos na axila, localizadas mais próximo do tumor. Quando isso ocorre, geralmente os pacientes recebem tratamento mais intensivo.

Os cientistas descobriram que, mesmo quando as células cancerígenas não se espalharam nos gânglios linfáticos, ainda era possível prever, a partir de marcadores sobre a resposta imune, a probabilidade de o câncer se espalhar em outras partes do corpo.

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“Pegamos essas descobertas sob o microscópio e as traduzimos em uma estrutura de aprendizado profundo para criar um modelo de IA que, potencialmente, ajude os médicos a tratar e cuidar dos pacientes, fornecendo a eles outra ferramenta em seu arsenal para tentar prevenir o câncer de mama secundário (metastático)”, afirma a médica e líder da pesquisa, Anita Grigoriadis, em comunicado.

“Ao demonstrar que as alterações nos gânglios linfáticos podem prever se o câncer de mama triplo negativo se espalhará, construímos conhecimento sobre o importante papel que a resposta imune pode desempenhar na compreensão do prognóstico de um paciente”, explica Anita.

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