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Fazer teste de Covid-19 antes de encontrar a família no Natal é boa ideia?

Contaminação durante os encontros de fim de ano preocupa especialistas, que reafirmam necessidade de medidas de segurança

atualizado

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Décor natalino: oito produtos temáticos para incluir na lista de compras
1 de 1 Décor natalino: oito produtos temáticos para incluir na lista de compras - Foto: Pexels/Reprodução

Em ano de pandemia, não é recomendado que as festas de Natal e Réveillon sejam os tradicionais encontros familiares de todos os dezembros. Por causa do novo coronavírus e de uma segunda onda no Brasil, a população vai precisar ter cuidado e evitar aglomerações que possam contaminar as pessoas, especialmente as do grupo de risco.

Apesar de o governo federal não ter dado nenhuma orientação especial sobre as festas de fim de ano, outros países já pedem que confraternizações com pessoas que não dividam a mesma casa sejam evitadas e que o distanciamento de 1,5 m e o uso de máscara nos encontros permaneçam.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a sugerir que familiares não se abracem, para diminuir as chances de transmissão. O temor dos especialistas é que o mês de janeiro registre novos picos, em consequência dos encontros de fim de ano. Para driblar a situação e encontrar familiares do grupo de risco nas festas, muitas pessoas pretendem fazer o teste para detecção do novo vírus antes dos eventos.

Retrato do momento
Tatiana Veloso, diretora-médica do Laboratório Exame, explica que o teste pode ser interessante para aumentar a confiabilidade do encontro, mas ele não garante a segurança do evento. “Importante lembrar que o exame não é para proteger a família, o que protege são as regras de segurança do dia a dia“, reforça.

Mesmo com exame negativo, é importante apostar no uso de máscara, álcool em gel e distanciamento.

Quem decidir fazer o exame deve optar pelo RT-PCR. Testes sorológicos, conhecidos como testes rápidos, que usam coleta de sangue na análise, não adiantam para essa finalidade, já que não mostram se o vírus está no organismo no momento.

“É interessante também que a pessoa já esteja diminuindo a circulação pelo menos 10 dias antes do encontro e não adianta fazer o exame com muita antecedência. O teste é um retrato do momento: por exemplo, se você vai ao mercado no dia seguinte e não toma as precauções, pode acabar pegando o vírus”, afirma a médica.

A infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital Águas Claras, afirma que nenhum teste dá chancela a reuniões familiares seguras. Isso porque há um intervalo de tempo entre a pessoa ter contato com o vírus e começar a desenvolver a doença que não é detectado pelos exames. Além disso, também é possível que ocorram resultados de falso negativo.

“O ideal é seguir as mesmas recomendações de sempre e se reunir apenas com quem já encontramos no dia a dia, seu núcleo familiar próximo. A reunião de Natal pode custar muito caro caso alguma pessoa adoeça nos dias seguintes”, avisa.

 

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