O painel de especialistas independentes do FDA, órgão americano similar à Anvisa, recomendou, por decisão unânime, que a agência aprove o uso das vacinas da Pfizer/BioNTech para crianças entre seis meses e quatro anos e da Moderna para indivíduos com até cinco anos. Este é o único grupo que ainda não recebe os imunizantes em vários países, inclusive no Brasil. A reunião aconteceu nesta quarta (15/6).
“Sei que a taxa de mortalidade de Covid-19 para crianças pequenas não é extremamente alta, mas é absolutamente assustador para os pais quando os filhos ficam doentes. Há tantos adultos absolutamente desesperados para conseguir essa vacina, acho que devemos oferecer a escolha”, declarou o professor de pediatria Jay Portnoy, um dos especialistas, de acordo com o jornal The New York Times.
Nenhum dos imunizantes parece ser muito eficaz contra doenças sintomáticas, mas o painel acredita que as fórmulas provocam níveis de anticorpos neutralizantes comparáveis aos observados na faixa etária entre 16 e 25 anos. A ideia é que a vacina evite hospitalização e morte entre as crianças menores.
Agora, o FDA deve aprovar ou reprovar o uso dos imunizantes — historicamente, a agência segue a recomendação do painel de especialistas. O CDC (correspondente ao Ministério da Saúde) irá revisar a decisão do FDA e votar antes de escutar a recomendação do próprio comitê de profissionais. Só então as vacinas poderão começar a ser aplicadas nas crianças — a expectativa é que todo esse processo termine na próxima semana.

Após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e autorização pelo Ministério da Saúde, a dose pediátrica da vacina contra a Covid-19 já está sendo administrada no Brasil em crianças entre 5 e 11 anos. Porém, os pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos Pixabay

De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenosPixabay

Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacinaAgência Brasil

Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produtoAgência Brasil

A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2mlAgência Brasil

A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsávelAgência Brasil

De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada nas crianças foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidadeAgência Brasil

Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi graveRafaela Felicciano/Metrópoles
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