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EUA e UE querem nova investigação sobre laboratório de Wuhan

Rascunho de uma declaração conjunta obtido pela agência Bloomberg mostra disposição em seguir apurando origens da pandemia

atualizado

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Coronavírus
1 de 1 Coronavírus - Foto: Pixabay

Os Estados Unidos e a União Europeia devem apoiar uma nova iniciativa para investigar as origens da Covid-19, após emergirem novas suspeitas sobre onde o surto começou.

No esboço de uma declaração que os países esperam apresentar em uma cúpula internacional, eles fazem um chamado para “avanços em um estudo de fase 2 transparente, baseado em evidências e liderado por especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as origens Covid-19, que seja livre de interferência”.

Os EUA estão entre vários países que pediram à China mais transparência com os dados e maior acesso, em meio a novos questionamentos sobre a hipótese de a pandemia ter começado com um acidente no laboratório de Wuhan. A principal hipótese continua sendo a de que o vírus Sars-CoV-2 surgiu em animais selvagens, como os morcegos, e foi transmitido aos humanos por um hospedeiro intermediário.

Na semana passada, os EUA já tinham pedido uma nova investigação à OMS, em um comunicado assinado por outros 14 países, mas que não incluiu os integrantes do bloco europeu. Uma nova investigação corre o risco de alimentar tensões das potências ocidentais com a China, que rejeitou insinuações de um vazamento no laboratório.

Um relatório de uma equipe de especialistas da OMS que visitou a China no início deste ano disse que a origem mais provável era a natural, mas que também eram necessários mais estudos. Uma pessoa familiarizada com as discussões, que ocorreram entre diplomatas europeus que preparam o encontro, disse que os EUA pediram ao bloco apoio para um novo estudo sobre as origens da Covid.

A declaração, revelada pela agência de notícias Bloomberg, é um rascunho e pode mudar antes que os líderes dos EUA e da Europa se reúnam em Bruxelas em 15 de junho. O documento também diz que os EUA e a UE “se comprometem a trabalhar juntos para o desenvolvimento e uso de um meio rápido e independente para investigar esses surtos no futuro”.

Novo relatório
O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu uma inesperada declaração no final do mês passado, revelando que a comunidade de inteligência dos EUA permanece dividida sobre as origens da pandemia – dando nova vida à teoria de que o Sars-CoV-2 teria escapado de um laboratório, levantada no ano passado por autoridades do governo de Donald Trump.

Biden disse que dois “elementos” da comunidade de Inteligência, que ele não identificou, consideraram ser mais provável uma origem natural para o vírus, enquanto outro se inclinou para o Instituto de Virologia de Wuhan, um centro global onde ocorrem pesquisas de tipos de coronavírus. Cada lado tinha “confiança baixa a moderada”.

Biden quer que as agências de inteligência apresentem um relatório sobre o tema em 90 dias. Isso gera a perspectiva de que a questão aqueça antes da Cúpula G-20 no final de outubro, onde Biden pode potencialmente se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping.

A UE também arriscaria irritar a China ao dar seu apoio ao estudo. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, criticou a ação de Biden como uma tentativa de se envolver em “estigmatização, manipulação política e transferência de culpa”.

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