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Cientistas de Wuhan tiveram atendimento médico antes do surto de Covid

Reportagem do Wall Street Journal diz que três pesquisadores do instituto onde o vírus estava armazenado ficaram doentes antes da pandemia

atualizado

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Cientista com mascara e EPI examina amostra de coronavirus
1 de 1 Cientista com mascara e EPI examina amostra de coronavirus - Foto: Getty Images

Três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV), da China, teriam procurado atendimento médico em novembro de 2019, um mês antes de o país confirmar os primeiros casos de Covid-19 do mundo, conforme relatório feito pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos.

As informações constam em documento apresentado na edição de domingo (23/5) do Wall Street Journal. De acordo com o jornal norte-americano, o relatório traria detalhes sobre o momento em que os pesquisadores estiveram doentes e sobre suas visitas ao hospital. Não fica evidente na reportagem, entretanto, se a enfermidade apresentada por eles teria sido a Covid-19 – informa-se apenas que os sintomas são compatíveis.

As revelações podem intensificar apelos por uma nova investigação sobre a origem do vírus. Em março, após uma expedição à China, cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram ser “extremamente improvável” que o Sars-CoV-2 tenha escapado do laboratório de Wuhan, descartando uma teoria que circula desde o início da pandemia e foi alimentada inclusive pelo ex-presidente do Estados Unidos, Donald Trump.

Versão chinesa
A China nega que os pesquisadores tenham adoecido em novembro. Nesta segunda-feira (24/5), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que as alegações nas quais se baseia a reportagem são “completamente falsas”. “Os Estados Unidos continuam a exagerar na teoria de vazamento de laboratório”, disse Lijian. “O país se preocupa com a rastreabilidade ou está apenas tentando distrair a atenção?”, questionou.

A principal teoria acatada pela comunidade científica é a de que um morcego passou o vírus para um animal intermediário e, a partir dele, o vírus teria passado a infectar humanos.

Novos estudos
A equipe de especialistas da OMS, que comandou a investigação feita entre janeiro e fevereiro deste ano, solicitou pesquisas adicionais para responder sobre a origem do vírus. A entidade deve se reunir em breve para discutir como será conduzida a próxima fase das apurações.

O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, informou ao Wall Street Journal que as equipes técnicas estão reunidas para decidir os próximos passos da análise.

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