metropoles.com

Eris e Pirola: teste rápido consegue detectar as variantes da Covid?

Especialistas apontam que testes de farmácia podem sim identificar infecções, mas é importante ter cuidado com os falsos negativos

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Imagem mostra pessoa de luva pingando uma amostra em teste rápido de Covid-19 Goiás - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra pessoa de luva pingando uma amostra em teste rápido de Covid-19 Goiás - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

As infecções por Covid-19 estão aumentando e duas novas variantes do coronavírus, a Eris e a Pirola, estão circulando no mundo. Apesar de parecerem ser menos perigosas do que suas antecessoras, as cepas estão entre as responsáveis pela alta no número de casos.

Especialistas internacionais alertam que a população deixou de se proteger e de se testar e, por isso, é difícil ter dimensão do problema. Infectologistas ouvidos pelo Metrópoles lembram que os testes de farmácia ainda são uma ótima opção: eles são eficazes, mas é preciso utilizá-los da forma correta.

A principal vantagem deste tipo de exame é a queda expressiva de preço desde o início da pandemia. Enquanto no começo de 2021 os testes facilmente ultrapassavam R$ 200, agora são comercializados por, em média, R$ 40.

Teste rápido ainda é eficaz?

Porém, uma vez que o vírus passou por tantas mutações, será que os testes rápidos ainda seguem funcionando? O infectologista Rubens Pereira, professor da Universidade de Franca (Unifran), em São Paulo, afirma que sim, mas lembra que eles têm limitações.

“A eficácia depende muito do período da infecção. O teste rápido precisa ser feito nos primeiros dias, preferencialmente no terceiro, quarto ou no quinto dia de Covid-19. Se for colhido muito precocemente ou tardiamente, pode apresentar falsos negativos”, indica o médico.

Para o infectologista Danilo Duarte, superintendente médico do Hospital Regional de Jundiaí (SP), como as novas variantes descendem da Ômicron, que era rastreável nos testes, o mais provável é que eles continuem sendo sensíveis às cepas. Porém, os autoexames podem apontar apenas se a pessoa está ou não infectada.

“Ele não consegue dizer qual é a variante. Para isso, só um teste de tipagem molecular feito em centros de referência. Muitas vezes, é difícil saber qual a variante predominante”, aponta o médico.

Ambos profissionais ressaltam que o maior problema é a realização mal-feita do exame. Se feito de forma correta e repetido após 24h (se persistirem os sintomas), sua eficácia é “apenas um pouco inferior aos testes moleculares, tipo PCR”, diz Duarte.

O ideal é que os testes sejam realizados por um profissional de saúde na própria farmácia, quando possível.

8 imagens
O autoteste permite que a pessoa realize todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem o auxílio de um profissional
O resultado sai de 15 a 20 minutos e é indicado para quem está com sintomas da Covid-19
A coleta requer que o usuário cuspa a saliva em um copo. Depois, com o cotonete que vem no kit, a pessoa transfere a quantidade necessária de saliva para um tubo de extração
Segundo a Anvisa, é indicado utilizar o autoteste entre o 1º e o 7º dia do início de sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza, dores de cabeça e no corpo
A agência alertou ainda para a necessidade de ler as instruções corretas antes de realizar o teste
1 de 8

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro do primeiro autoteste de saliva no Brasil

Getty Images
2 de 8

O autoteste permite que a pessoa realize todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem o auxílio de um profissional

Getty Images
3 de 8

O resultado sai de 15 a 20 minutos e é indicado para quem está com sintomas da Covid-19

Getty Images
4 de 8

A coleta requer que o usuário cuspa a saliva em um copo. Depois, com o cotonete que vem no kit, a pessoa transfere a quantidade necessária de saliva para um tubo de extração

Getty Images
5 de 8

Segundo a Anvisa, é indicado utilizar o autoteste entre o 1º e o 7º dia do início de sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza, dores de cabeça e no corpo

Getty Images
6 de 8

A agência alertou ainda para a necessidade de ler as instruções corretas antes de realizar o teste

Getty Images
7 de 8

Na hora de conferir o resultado, caso apareça duas linhas vermelhas, uma ao lado de cada letra, o resultado significa positivo para coronavírus

Getty Images
8 de 8

Caso apareça apenas uma linha vermelha ao lado da letra C, o resultado foi negativo. Se nenhuma linha aparecer ou aparecer ao lado da letra T, o resultado foi inválido e é preciso repetir exame

Getty Images

O que fazer se o teste rápido der positivo?

Os infectologistas aconselham que, caso o teste realizado em casa tenha resultado positivo, o paciente busque um médico para receber orientações e atestado para repouso e isolamento.

“O tratamento antiviral específico e o tempo de isolamento que o indivíduo vai precisar cumprir dependem da orientação médica”, aponta Duarte.

O professor Pereira afirma ainda que o paciente deve ficar atento a sinais de falta de ar ou febre. “O ideal é que, se a pessoa for fazer um repouso em casa, consiga um oxímetro para acompanhar o nível de saturação de oxigênio”, aconselha.

Siga a editoria de Saúde do Metrópoles no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?