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Equipamentos sem manutenção travam fila de cirurgia renal no IHBDF

Dos quatro aparelhos existentes no Instituto Hospital de Base, apenas um está funcionando. Os outros três passam por reparação

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Instituto Hospital de Base
1 de 1 Instituto Hospital de Base - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Os problemas na fila da cirurgia para a retirada de pedras nos rins continuam no Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF). Em 10 de maio, o Metrópoles noticiou que a fila pelo procedimento tinha 17 pessoas. Cinco dias depois, mais pacientes somaram-se à espera e, conforme o relato de três, que contam a mesma versão, apenas aqueles com insuficiência renal ou que só tenham um dos rins são encaminhados para a cirurgia.

Internado com pedras nos rins desde 7 de maio no IHBDF, Anacurí Bezerra Tristão, 41 anos, desistiu da espera e seguirá para a cidade goiana de Catalão, onde pagará R$ 9 mil pelo procedimento em um hospital particular. “Nós fizemos o orçamento no DF e estava em torno de R$ 25 mil. Optamos por ir a Goiás, pois é mais barato”, disse a esposa do paciente, Ana Paula Lacerda, 36 anos.

Segundo ela, profissionais do hospital têm minguado as esperanças de atendimento, e algumas pessoas chegaram a receber alta sem terem retirado os cálculos renais. “Além disso, a médica disse que, das quatro máquinas que fazem o procedimento, três estão estragadas, e a única que funciona demora três horas para esterilizar entre um paciente e outro”, disse.

“Tem gente aqui desde o dia 30 [de abril]. Aqui não era para estar faltando nada, porque eles terceirizaram com a desculpa de que o instituto consegue comprar os materiais com mais agilidade, e isso não está acontecendo”, critica Ana Paula.

Procurada para prestar esclarecimentos sobre os problemas apontados pelos pacientes no meio da tarde de quarta-feira (15/05/2019), a Secretaria de Saúde (SES) informou que sete pacientes com cálculo renal foram operados no último sábado, após a reposição do material que não havia sido entregue pelo fornecedor.

“As cirurgias continuam sendo realizadas, mas a prioridade são os casos graves e de maior complexidade, que compõem o perfil de atendimento realizado pela unidade”, afirmou a Secretaria de Saúde.

O Hospital de Base informou que nem todos os casos de cálculo renal precisam ser operados de imediato e têm indicação cirúrgica. Quanto ao equipamento uteroscópio, utilizado para a remoção dos cálculos, a direção do Base alegou que três estão, no momento, passando por manutenção.

A respeito da situação de Anacurí, a Secretaria de Saúde confirmou que o caso tem indicação cirúrgica, mas pode ser tratado ambulatorialmente.

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