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Entenda por que a procrastinação pode indicar problemas de saúde

Pesquisa com estudantes universitários mostra os principais impactos físicos e mentais associados à procrastinação

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Imagem colorida: homem sentado em frente a computador mexendo no celular - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: homem sentado em frente a computador mexendo no celular - Metrópoles - Foto: Getty Images

Deixar a louça para mais tarde, adiar o início dos estudos para uma prova importante ou deixar para depois a realização de atividades importantes são hábitos comuns de procrastinadores. Um novo estudo, publicado este mês na revista JAMA Network Open, mostra como evitar os compromissos pode ser um sinal de problemas de saúde.

Pesquisadores da Suécia realizaram o estudo acompanhando o estilo de vida de 2.587 estudantes de oito universidades em Estocolmo ao longo de nove meses. Eles tinham como objetivo esclarecer se a procrastinação pode causar impactos mentais e/ou físicos.

Usando uma escala de procrastinação, os cientistas dividiram os participantes em dois grupos para comparação: os com maior tendência de adiar tarefas e os com menor predisposição. Ao final dos nove meses, eles responderam a um questionário onde vários critérios sobre saúde foram medidos.

Níveis mais altos de procrastinação foram associados a problemas de saúde mental, com sintomas mais fortes de depressão, ansiedade e estresse; bem como maior incidência de dores incapacitantes nos ombros ou braços – ou em ambos –, pior qualidade do sono, solidão e dificuldades financeiras.

“Embora nenhum resultado de saúde específico tenha sido fortemente associado à procrastinação, os resultados sugerem que ela pode ser importante para uma ampla gama de resultados de saúde, incluindo problemas de saúde mental, dor incapacitante e um estilo de vida pouco saudável”, conta uma das autoras do estudo, Eva Skillgate, em um artigo publicado no site The Conversation.

A cientista afirma que outros fatores não considerados na análise podem explicar as associações entre a procrastinação e malefícios à saúde e reconhece as limitações do estudo, como o curto período de tempo decorrido e a recorrência da aplicação dos questionários.

“Ao fazer com que os alunos respondessem a questionários em vários momentos, poderíamos ter certeza de que altos níveis de procrastinação estavam presentes antes de medirmos sua saúde”, afirma Eva.

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Tratamento

Estudos com ensaios clínicos já mostraram que a terapia com viés cognitivo-comportamental ajuda as pessoas a evitar a procrastinação. Estratégias como dividir as metas de longo prazo em objetivos de curto prazo; manter o foco em uma atividade por vez; e gerenciar as distrações que o mundo oferece, como uso de celular, podem ser muito úteis neste processo.

“Isso requer algum esforço, não é algo que uma pessoa possa fazer enquanto tenta cumprir um prazo específico. Mas mesmo pequenas mudanças podem ter um grande efeito. Por que não começar hoje mesmo deixando o celular em outro cômodo quando precisar se concentrar em uma tarefa?”, sugere a professora.

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