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Dieta com poucas calorias induz alterações no DNA que podem evitar câncer

Pesquisadores mostraram que mudanças na alimentação de mulheres obesas conseguiram modificar expressões de genes relacionados a tumores

atualizado

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Claudia Totir, Getty Images
mediterraniea dieta
1 de 1 mediterraniea dieta - Foto: Claudia Totir, Getty Images

Um estudo brasileiro com participação de cientistas espanhóis mostrou que adotar uma dieta com restrição de calorias pode ser capaz de reverter a propensão de mulheres obesas a desenvolverem alguns tipos de câncer.

Segundo Carolina Nicoletti, uma das autoras do trabalho e professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), “o resultado principal do estudo é mostrar que indivíduos com e sem obesidade têm um perfil diferente de metilação do DNA em alguns genes específicos e que isso pode ser modicado com a perda de peso”.

A metilação é uma modificação da expressão genética, um processo bioquímico que pode ativar ou desativar instruções genéticas contidas na fita de DNA. No caso do câncer, já está provado que metilações estão associadas à ativação ou desativação de genes envolvidos na formação de tumores.

O artigo publicado no European Journal of Clinical Nutrition avaliou o padrão de metilação do DNA em 11 voluntárias com obesidade grave, com idades entre 21 e 50 anos, que passaram por diferentes intervenções terapêuticas para perda de peso, comparado-as a um grupo de mulheres sem sobrepeso.

As pacientes ficaram internadas por seis semanas na Unidade Metabólica do Hospital das Clínicas, da FMRP-USP, seguindo uma dieta restritiva de 1,8 mil calorias no primeiro dia; 1,5 mil, no segundo; e 1,2 mil até a conclusão do estudo. No período, elas foram acompanhadas por médicos, enfermeiras e nutricionistas e incentivadas a seguir com o mesmo nível de atividades físicas que tinham antes do estudo.

As voluntárias perderam cerca de um quilo por semana. Ao comparar a metilação do DNA das mulheres com obesidade antes e depois do período, os pesquisadores observaram alterações em mais de 16 mil regiões do genoma, localizadas em 9.236 genes. Os genes envolvidos em alguns tipos de tumores, como o de mama e o colorretal, estavam 35% menos metilados após a deita.

Apesar da melhora, a intervenção não igualou o padrão de metilação das mulheres dos dois grupos, mas os pesquisadores acreditam que isso seja possível com a continuidade da perda de peso. (Com informações da Agência Fapesp)

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