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Dia Mundial sem Tabaco: cigarro também prejudica função reprodutiva

Homens e mulheres fumantes correm mais riscos de terem problemas de infertilidade. Saiba efeitos negativos do cigarro na função reprodutiva

atualizado

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Frentusha/Istock
Foto de um espermatozóide entrando no óvulo
1 de 1 Foto de um espermatozóide entrando no óvulo - Foto: Frentusha/Istock

Homens e mulheres fumantes têm três vezes mais chances de sofrerem de infertilidade quando comparados àqueles que não fumam, de acordo com dados da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM). 

Os prejuízos do cigarro ao sistema reprodutivo são causados pelas substâncias tóxicas encontradas no fumo. “Isso se deve a substâncias que estão presentes no cigarro, como tabaco, nicotina, monóxido de carbono. Elas são tóxicas tanto para o óvulo, quanto para o espermatozóide. Elas aumentam o estresse oxidativo e a inflamação no corpo, o que diminui tanto a qualidade quanto a quantidade de gametas”, explica Taciana Fontes Rolindo, ginecologista do Hospital Materno Infantil de Brasília, médica especializada em reprodução assistida.

O diretor da clínica Mater Prime, Rodrigo Rosa, aponta que, além de influenciar a produção dos gametas, o cigarro interfere no processo reprodutivo como um todo. “Essas substâncias afetam até a movimentação tubária ,que faz com que o embrião percorra o caminho entre o ovário e o útero, a divisão celular, a formação do embrião e sua implantação”, enfatiza.

Complicações na saúde feminina

No caso das mulheres que estão tentando engravidar por meio de métodos de fertilização, as probabilidades do procedimento ser bem sucedido diminuem. “Trabalhos científicos demonstraram que mulheres fumantes necessitam de duas vezes mais tentativas de fertilização in vitro que as não fumantes e uma quantidade maior de medicamentos nos tratamentos”, afirma Rodrigo Rosa

O consumo excessivo de cigarros também pode favorecer o aparecimento do câncer do trato reprodutivo . A ginecologista Taciana Fontes destaca que há pioras consideráveis nos desfechos obstétricos das mulheres fumantes, como aumento de pré-eclâmpsia (pressão arterial anormal) e recém nascidos com baixo peso. 

O cigarro pode provocar outras complicações na saúde feminina, tais como maior chance de irregularidade menstrual, aborto e diminuição da reserva ovariana, com antecipação da menopausa em até 7 anos.

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