Covid: cientistas defendem que uso de máscaras seja mantido ao ar livre
Simulação feita por pesquisadores indianos mostra que rajadas de vento mantém o vírus suspenso no ar por mais tempo
atualizado
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Um estudo realizado no Instituto Indiano de Tecnologia de Bombaim defende o uso das máscaras de proteção mesmo em ambientes abertos e arejados para evitar a transmissão da Covid-19.
Publicada na revista científica Physics of Fluids, a pesquisa mostra que, quando uma pessoa infectada pelo novo coronavírus tosse ao ar livre, o vento pode espalhar o vírus mais longe. A corrente de ar projeta as gotículas de saliva maiores no ar por mais tempo, aumentando a chance de que a carga viral se disperse no ambiente.
Os cientistas da instituição indiana simularam até que ponto o vírus pode se espalhar em diferentes condições e velocidades de vento. Uma leve brisa soprando na mesma direção de uma pessoa doente tossindo aumenta em 20% a extensão da propagação do vírus.
Com isso, eles sugerem que o uso da máscaras seja mantido e a recomendação do distanciamento social aumente para até 2,2 metros.
“O aumento do tempo de permanência de algumas gotículas maiores contribui para que a carga viral seja transmitida pelo jato de tosse e, portanto, as chances de infecção aumentam”, afirmou o professor Amit Agrawal, principal autor do estudo, no relatório sobre o trabalho.