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Covid-19 ou dengue? Pediatra explica diferença de sintomas em crianças

As duas doenças provocam febre, dor no corpo e dor de cabeça. É preciso observar o quadro completo para fechar o diagnóstico

atualizado

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Fotografia colorida de Criança doente febre
1 de 1 Fotografia colorida de Criança doente febre - Foto: Pixabay

A Covid-19 e a dengue são duas doenças causadas por infecções virais. São transmitidas de formas completamente diferentes, mas se manifestam com alguns sintomas semelhantes. Enquanto a Covid-19 é causada pela infecção do vírus Sars-CoV-2 por vias respiratórias e gotículas aerossóis provocando, na maioria das vezes, casos leves e assintomáticos entre as crianças, a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e pode resultar em casos mais graves.

Segundo Nathália Sarkis, pediatra do Hospital Santa Lúcia e integrante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as duas doenças causam febre, diarreia, dor de cabeça e dor no corpo. Por isso é importante ficar atento aos demais sintomas e procurar por assistência médica para ter o diagnóstico correto, com a avaliação da gravidade e do estado geral da criança antes que o quadro evolua.

“Na Covid-19 tem-se a predominância de sintomas respiratórios: tosse, desconforto respiratório, secreção nasal, falta de ar, dor de cabeça, ausência do paladar e do olfato. São muito característicos do coronavírus. Enquanto que na dengue, os sintomas respiratórios normalmente não ocorrem”, explica a médica.

Além da febre e dores de cabeça e no corpo, a dengue se manifesta com cansaço, manchas avermelhadas na pele, desidratação e dor abdominal associada quando o quadro é mais grave.

A pediatra destaca que é preciso avaliar a criança como um todo. Perceber se ela está prostrada, com desconforto respiratório e ficar atento ao estado de hidratação dela. “Em caso de dengue, a gente não pode deixar essa criança desidratar. E na Covid, precisamos avaliar sintomas de gravidade como desconforto respiratório e prostração”, explica.

Diagnóstico

Além da observação dos sintomas que a criança apresenta e o relato dos pais ao pediatra, o diagnóstico da dengue é feito por alguns exames, como o hemograma – para avaliação de hemoglobinas e plaquetas – e o teste rápido do tipo NS1, geralmente, executado 24 horas após o início dos sintomas.

Os testes sorológicos do tipo IgG e IgM só devem ser feitos a partir do sétimo dia de sintomas, quando o IgM passa a ser detectável.

Para Covid-19, o diagnóstico é feito principalmente pelo teste do tipo RT-PCR, com a coleta da secreção nasal da criança pelo swab (o cotonete). “Exames laboratoriais como o hemograma podem complementar o diagnóstico, mas o padrão ouro é o RT-PCR para o coronavírus”, explica Nathalia.

Prevenção

A principal maneira de prevenir contra a Covid-19 é evitar que a criança e pessoas próximas se exponham ao vírus saindo de casa ou em aglomerações. Além de lavar as mãos com frequência, o uso de máscara também é indicado, porém apenas para as crianças com mais de 2 anos, sempre com a supervisão de um adulto.

Os cuidados contra a dengue começam por evitar o acúmulo de água parada nos pratinhos de plantas, no quintal de casa, na piscina e em outros lugares propícios para que o mosquito deposite seus ovos. “Precisa haver uma conscientização da população para cuidar de locais onde o mosquito possa se proliferar”, afirma a pediatra.

Outra medida de proteção é colocar telas nas janelas e mosquiteiros nos berços dos bebês. Os repelentes só devem ser usados em casos de extrema necessidade.

“Os repelentes devem ser usados a partir dos 3 meses, desde que seja extremamente necessário. A aplicação deve ser feita no máximo uma vez ao dia em crianças de até 2 anos. Depois disso, no máximo duas vezes, mas sempre se for estritamente necessário’, afirma a pediatra.

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