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Covid-19: entenda ciclo da doença e fase de maior risco de contágio

De acordo com pesquisa, dois dias antes de apresentar sintomas infectados já transmitem a doença para outras pessoas

atualizado

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Yanka Romão/Metrópoles
ilustração coronavírus
1 de 1 ilustração coronavírus - Foto: Yanka Romão/Metrópoles

Pesquisas recentes trazem novas informações sobre o ciclo da Covid-19 e mostram que anotar as datas em que os sintomas aparecem e especificá-los é importante para o tratamento e o controle da pandemia.

Ao analisar a carga viral de 73 pacientes desde o início da pandemia, os cientistas do Centro Nacional de Doenças Infecciosas (NCID) de Cingapura e da Academia de Medicina descobriram que as pessoas infectadas só apresentam os primeiros sintomas aproximadamente dois dias depois de já serem agentes infecciosos (terem a capacidade de contaminar outras pessoas).

De acordo com o trabalho, o doente permanece contagioso por sete a dez dias após o início dos sintomas, mas a replicação viral diminui rapidamente após a primeira semana. O diretor executivo do NCID, Leo Yee Sin, disse ao jornal de Singapura The Strait Times que “o vírus viável não foi encontrado após a segunda semana de doença”.

O estudo também concluiu que o vírus não pôde ser isolado ou cultivado após o 11º dia, mesmo que os testes ainda sejam positivos. Ou seja, apesar da persistência do resultado positivo no teste RT-PCR, é provável que depois deste período os pacientes deixem de ser agentes infecciosos.

Uma outra pesquisa feita na Alemanha com nove pacientes apresentou resultados bastante semelhantes. Os pesquisadores verificaram que o ápice da carga viral nos pacientes aconteceu nos cinco primeiros dias a partir do início dos sintomas e, depois disso, os níveis abaixaram até eles não serem mais capazes de infectar outras pessoas – geralmente, isso aconteceu por volta do 10º dia. De acordo com o trabalho publicado na revista Nature, no 7º dia, parte dos pacientes já tinha conseguido criar anticorpos suficientes para vencer o coronavírus.

Padrão consistente
Embora alguns pacientes reajam de maneira diferente, a doença geralmente segue um padrão consistente e os médicos dizem que os dias 5 a 10 costumam ser o período mais preocupante para complicações respiratórias, especialmente entre os pacientes idosos ou com comorbidades.

As pessoas mais jovens costumam ser mais resistentes às complicações, que surgem mais tarde, entre o 10º e o 12º dia. Aqueles pacientes que chegam ao 14º dia de infecção sem complicações logo se recuperam.

A orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), seguida pelo Ministério da Saúde, é de manter o isolamento social por, no mínimo, 14 dias após os primeiros sintomas.

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