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Coronavac induz anticorpos em 85% dos pacientes com câncer, diz estudo

Em estudo, pesquisadores de universidades turcas indicaram que a Coronavac é eficaz para proteger pessoas com câncer contra a Covid-19

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Dose da vacina CoronaVac contra Covid-19
1 de 1 Dose da vacina CoronaVac contra Covid-19 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Coronavac é eficaz na proteção de pessoas com câncer e produz anticorpos contra o coronavírus em 85,2% desses pacientes. As descobertas fazem parte de estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Bezmialem Vakif e Universidade Medipol, ambas situadas na Turquia.

A pesquisa, publicada em 27/1 na revista científica Future Oncology, avaliou os efeitos da Coronavac em 776 pacientes com câncer. Os indivíduos eram adultos, com idade média de 64 anos, e deram entrada em clínicas de oncologia entre março e julho 2021.

Também foram examinadas 715 pessoas sem câncer, com idade média de 50 anos, formando o grupo controle. Todos os participantes foram vacinados com duas doses da Coronavac, com intervalos de quatro a seis semanas. O imunizante foi criado pela farmacêutica chinesa Sinovac e é produzido pelo Instituto Butantan no Brasil.

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Entre os pacientes com câncer, 85,2% produziram anticorpos contra a Covid-19. O resultado para o grupo controle foi de 97,5%. Segundo os pesquisadores, cerca de 16% das pessoas com a doença tiveram efeitos adversos após a primeira dose da Coronavac, e foi registrada uma incidência de 22,5% entre os que não tinham qualquer neoplasia. Os sintomas mais comuns foram fadiga e dor no local da injeção. Em relação à segunda dose, não houve diferença significativa nas reações adversas.

Os tipos de câncer mais comuns entre os participantes foram o de mama (32,3%), pulmão (23,6%) e gastrointestinal (22,4%). Dos pacientes com câncer, 51,3% (398 pessoas) apresentavam metástase, 39,8% (309 pessoas) estavam em quimioterapia ativa; 15,1% (117 pessoas) estavam em imunoterapia e 45,1% (350 pessoas) não receberam nenhuma forma de tratamento nos três meses anteriores.

De acordo com os pesquisadores, os fatores significativamente associados às menores taxas de anticorpos foram idade e quimioterapia ativa. As taxas de proteção foram de 78,6% para quem fazia quimioterapia e 85,7% no grupo de imunoterapia. Além disso, 90,7% dos pacientes sem metástase e 79,9% dos pacientes com metástase produziram anticorpos depois de receber o imunizante.

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