Coronavac: duas doses não garantem proteção contra Ômicron, diz estudo
Pesquisadores da Universidade de Hong Kong sugerem que a dose de reforço seja tomada o “mais rápido possível” para garantir proteção
atualizado

Cientistas do departamento de microbiologia da Universidade de Hong Kong afirmaram, nessa terça-feira (14/12), que as pessoas vacinadas com duas doses da Coronavac devem tomar uma dose de reforço “o mais rápido possível” para garantir a proteção contra a variante Ômicron do novo coronavírus.
A afirmação é baseada nos resultados preliminares de testes feitos em laboratório com amostras de plasma sanguíneo – a parte líquida do sangue, onde são encontrados os anticorpos – de 25 pessoas vacinadas com o imunizante desenvolvida pela farmacêutica Sinovac.

O Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. O reforço agora pode ser tomado quatro meses após a segunda dose Rafaela Felicciano/Metrópoles

A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissão Aline Massuca/ Metropoles

Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforço Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da Pfizer Gustavo Alcantara / Metropoles

A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford Igo Estrela/Metrópoles

As pesquisas informaram a necessidade de uma dose de reforço após as primeiras vacinações contra a Covid-19, incluindo para quem tomou a Janssen Rafaela Felicciano/Metrópoles

Devido à variante Ômicron, órgãos de Saúde de diversos países alertam sobre importância da aplicação de doses de reforço para conter a propagação do vírus e o surgimento de novas cepas Andriy Onufriyenko/ Getty Images

Agora, o Ministério da Saúde planeja concluir, até maio de 2022, a aplicação da dose de reforço para o público-alvo em todo o país Rafaela Felicciano/Metrópoles
Este é o primeiro estudo que oferece informações sobre o impacto da nova variante na vacina, distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan. O estudo ainda não está revisado, mas os resultados finais devem ser publicados em breve na revista Clinical Infectious Diseases, segundo os pesquisadores.
De acordo com os cientistas, nenhuma das amostras coletadas continha níveis de anticorpos suficientes para neutralizar a Ômicron.
“O público deve obter uma terceira dose da vacina o mais rápido possível, enquanto espera pela próxima geração mais compatível”, afirmaram os cientistas da instituição.
A Sinovac faz seus próprios testes para analisar a capacidade de a Coronavac neutralizar a variante Ômicron em pessoas com diferentes datas de vacinação, idades e intervalo entre as doses.
Os estudos da farmacêutica chinesa avaliam também a necessidade da produção de uma versão atualizada da vacina.