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Cinco porções diárias de frutas e vegetais diminuem risco de morte

Duas porções de frutas e três de vegetais por dia podem diminuir risco de óbito por doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias

atualizado

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Nadine Primeau/Unsplash
frutas e verduras
1 de 1 frutas e verduras - Foto: Nadine Primeau/Unsplash

Uma pesquisa feita por especialistas da Harvard Medical School e do Hospital Brigham and Women’s, em Boston (Estados Unidos), descobriu o “segredo” para uma vida mais longa: ingerir duas porções de frutas e três de vegetais todos os dias. Segundo o trabalho, comer a quantidade de frutas e verduras indicada todos os dias pode representar um menor risco de morte por diversas causas, entre elas, câncer e doenças cardiovasculares.

A pesquisa utilizou dados de outros dois estudos para analisar informações de mais de 100 mil pessoas, que foram acompanhadas por até 30 anos. Ambos os conjuntos de dados incluíram informações dietéticas detalhadas e coletadas repetidamente a cada dois ou quatro anos. O estudo foi publicado na revista científica Circulation, uma publicação da American Heart Association.

Os pesquisadores também reuniram dados sobre a relação entre ingestão de frutas e vegetais e morte de 26 outros estudos, que incluíram cerca de 1,9 milhões de participantes de 29 países e territórios na América do Norte e do Sul, Europa, Ásia, África e Austrália.

A análise de todos os estudos, com um composto de mais de 2 milhões de participantes, revelou que comer cerca de duas porções diárias de frutas e três porções diárias de vegetais foi associado à maior longevidade. Em comparação com participantes que consumiram apenas duas porções de frutas e vegetais por dia, os que comeram cinco porções diárias tiveram um risco 13% menor de morte por todas as causas.

Aqueles que ingeriram as cinco porções todos os dias apresentaram, ainda, um risco 12% menor de morte por doenças cardiovasculares, incluindo doenças cardíacas e derrame; 10% menos risco de morte por câncer e um risco 35% menor de morte por doenças respiratórias, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

No trabalho, os autores alertam, contudo, que nem todos os alimentos que podem ser considerados frutas e vegetais oferecem os benefícios observados no estudo. Vegetais com amido, como ervilha, batata e milho, além de sucos de frutas, não foram associados a um risco reduzido de morte por todas as causas ou por doenças crônicas específicas.

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Por outro lado, vegetais de folhas verdes, incluindo espinafre, alface e couve, bem como frutas e vegetais ricos em beta-caroteno e vitamina C, como frutas cítricas, frutas vermelhas e cenouras, demonstraram oferecer os benefícios descobertos na pesquisa.

“Nossa análise nas duas coortes de homens e mulheres dos EUA produziu resultados semelhantes aos de 26 coortes em todo o mundo, o que apóia a plausibilidade biológica de nossas descobertas e sugere que elas podem ser aplicadas a populações mais amplas”, afirmou Dong Wang, epidemiologista, nutricionista e membro do corpo docente da Harvard Medical School e do Hospital Brigham and Women’s em Boston.

Segundo Wang, o estudo identifica um nível ideal de ingestão de frutas e vegetais e reforça a adoção de uma mensagem de saúde pública sucinta, que estimule o consumo na quantidade abordada na pesquisa. “Esta quantidade provavelmente oferece o maior benefício em termos de prevenção das principais doenças crônicas e é uma ingestão relativamente alcançável para o público em geral”, justificou o especialista.

Anne Thorndike, presidente do comitê de nutrição da American Heart Association e professora associada de medicina na Harvard Medical School em Boston, afirmou que a recomendação da entidade é preencher pelo menos metade do prato com frutas e vegetais em cada refeição. “Frutas e vegetais são fontes de nutrientes naturais que podem ser incluídos na maioria das refeições e lanches, e são essenciais para manter nossos corações e corpos saudáveis”.

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