Cientistas do MIT criam prótese de mão inflável sensível ao toque

Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma prótese de mão inflável que pode revolucionar o mercado de membros biônicos articulados. Criada com materiais mais baratos, a prótese se conecta com os nervos do membro amputado e pode se mover de acordo com a necessidade do paciente.

O objeto é feito com um plástico chamado EcoFlex, ligado a fibras criadas com a ajuda de uma impressora 3D, que funcionam como os ossos. O movimento dos dedos é feito a partir de um sistema pneumático que infla para que a região se dobre.

Para a fabricação do protótipo, os pesquisadores usaram sensores que medem os sinais gerados por neurônios motores que controlam os músculos na região onde a prótese será encaixada. Assim, quando o paciente pensa no movimento, o objeto responde e o executa.

Até o momento, os cientistas conseguiram mimetizar quatro movimentos da mão. Com eles, os participantes conseguiram segurar taças de vinho, fechar zíperes, se alimentar, fazer carinho em animais e apertar a mão de outras pessoas.

A prótese também tem um sistema tátil, que permite ao usuário perceber qual dedo está sendo tocado. A pressão pode ajudar no controle de objetos.

“A prótese ainda não é um produto, mas a performance já é similar ou superior a outras já existentes, e estamos muito animados. Há um grande potencial em fazer essa prótese mole de forma bastante barata, para atender famílias de baixa renda que sofreram com amputações“, explica Xuanhe Zhao, professor responsável pelo projeto, ao site EurekaAlert. O estudo foi publicado na revista científica Nature Biomedical Engineering.

Os próximos passos serão melhorar o design da prótese, assim como a tecnologia usada. Os cientistas irão procurar maneiras de customizar o produto para a produção em massa e torná-lo acessível.