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Cientistas criam técnica para detectar vírus inéditos com swab nasal

Pesquisadores da Universidade de Yale, nos EUA, usaram um processo de sequenciamento genético que encontrou até versão rara da influenza

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Imagem colorida de profissional da saúde fazendo swab nasal para teste de covid em idosa - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de profissional da saúde fazendo swab nasal para teste de covid em idosa - Metrópoles - Foto: Getty Images

A pandemia de coronavírus deixou claro à sociedade científica que não é só com vírus já conhecidos que devemos nos preocupar.

Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, desenvolveu um novo teste capaz de detectar, de forma rápida e eficaz, novas variantes emergentes desconhecidas. O estudo foi divulgado na revista científica The Lancet Microbe no dia 1º de janeiro.

A pesquisa se baseia em estudos anteriores de alguns membros da mesma equipe. São artigos que analisam uma anomalia nos resultados de swab nasais já coletados de pacientes com suspeita de infecções respiratórias.

Os testes típicos do tipo swab são capazes de detectar cerca de 10 a 15 vírus conhecidos. Porém, em alguns casos, o exame dá negativo, mas há evidências clínicas de que o corpo está lutando contra uma infecção, indicando a presença de algum tipo de vírus desconhecido.

Presença de vírus não conhecidos

No novo estudo, os cientistas implantaram um processo completo de sequenciamento genético em testes antigos de swab nasal. Nesses exames, havia sido detectada a presença da proteína CXLC10, componente do vírus causador da influenza C, que é um tipo raro da doença.

Por meio desse mesmo processo, os pesquisadores encontraram quatro casos de Covid-19 que não foram detectados no momento da coleta do swab. Isso significa que, mesmo sem reação do vírus nas amostras, sintomas do paciente podem alertar sobre novas variantes que nunca foram registradas.

Segundo os cientistas, essa abordagem depende do reconhecimento imunológico de características comuns a muitos vírus. Dessa forma, ela não requer conhecimento prévio do patógeno e bactérias nasais também poderiam apontar para a presença de um vírus.

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