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Ciência aponta qual a melhor ferramenta para um namoro saudável

Especialista aponta que ter mais compreensão, validação e cuidado aumenta conexão entre parceiros, mas também com família e amigos

atualizado

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Namoro - relacionamento
1 de 1 Namoro - relacionamento - Foto: Pexels

Quando a depressão ou ansiedade entram por uma porta, o amor pode acabar escapando por outra. Para muitos casais, é complicado lidar com o parceiro ou parceira que sofre de transtornos mentais ou emocionais. Tem gente que não sabe como agir ou responde de maneira impulsiva, o que acaba levando ao fim de muitos relacionamentos.

Além disso, quando uma pessoa está com a saúde mental abalada, ela acaba ficando indiferente à própria relação. “Deixamos de sentir prazer e de reconhecer o tempo presente. O sentimento de repulsa é comum e a rispidez se torna constante no relacionamento”, explica a terapeuta sexual e de autoconhecimento Priscila Pires.

Estudos científicos recentes comprovaram que a responsividade – capacidade de responder de forma rápida e adequada ao momento, também conhecida como “escuta de alta qualidade” – pode aumentar a conexão entre o casal, a vida social, e até mesmo ajudar no tratamento dos transtornos psicológicos.

Compreensão, validade e cuidado

As três palavras resumem bem o que os pesquisadores chamam de responsividade de qualidade, em estudo publicado em 2015 na revista científica Current Opinion in Psychology. A pesquisa mostra que um parceiro que está aberto a escutar e compreender o outro pode tornar o relacionamento mais saudável — e nem só os amorosos, mas também familiares, de amizade e de trabalho.

“Dê audição, colo, tempo e espaço para a pessoa. Abra espaço de silêncio e presença entre vocês. Se emocionem juntos, seja sorrindo ou chorando. Isso é muito importante para a saúde do casal”, ressalta Priscila.

Buscar entreter a pessoa com assuntos que ambos gostam também é uma forma de cuidar, afirma a terapeuta. Alguns exemplos são assistir filmes que os dois adoram, jogar um jogo, dar uma nova cara às paredes de casa ou montar uma horta. “Algo que ambos se sintam confortáveis, amados e em plena conexão”, completa.

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Outro estudo, publicado pela editora científica Wiley, destacou a importância da escuta e da conversa de qualidade em relacionamentos responsivos. Priscila reforça o ponto levantado pela pesquisa e complementa com algumas dicas de como um pode puxar papo com outro, aumentando a conexão e a empatia.

“Vocês podem conversar sobre o dia, a semana, o tempo, as emoções, os desafios e as conquistas de cada um na vida pessoal e no trabalho. A conversa e exposição de sentimentos, regularmente, gera autoconhecimento conjugal e fortalece a relação”, ressalta.

Respeite o sentimento

Para finalizar, a terapeuta lembra que só quem sofre de um problema sabe o tamanho e a importância dele. Ela conta, ainda, que muitos não conseguem se abrir ou se manifestam de maneiras diferentes. Então, respeitar o comportamento do outro é fundamental.

“Nem todos aprendem a expor os sentimentos e, principalmente, receber acolhimento. Respeitar a privacidade e o sentimento do outro e, quando sentir que pode, dialogar e discutir sobre assuntos do dia-a-dia e do lar, inclusive as finanças, são fatores que podem melhorar ou manter a saúde pessoal e conjugal”, conclui.

Ela ressalta que ninguém pode se sentir culpado pelo outro estar com um problema emocional. A culpa nunca ajuda. Caso os problemas emocionais persistam, é importante que um apoie o outro a buscar ajuda, além de auxiliar no tratamento, quando ele for prescrito por um profissional de saúde.

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