1 de 1 arte sobre incorporação de medicamentos para o câncer de mama
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O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira. A doença é causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que mais de 66 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença em 2021, e mais de 17 mil morreram no ano anterior.
A informação é uma das formas mais eficientes de estimular o diagnóstico precoce, por isso é imprescindível esclarecer os mitos que cercam o câncer de mama. A médica oncologista Maria Cristina Figueroa Magalhães tira as principais dúvidas.
O câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar
Mito. “Apesar de pessoas que possuem histórico de câncer de mama na família apresentarem maior risco de desenvolver a doença, medidas preventivas são fundamentais para qualquer mulher”, afirma a médica. Segundo o Inca, apenas 5% dos casos estão relacionados a fatores hereditários.
Amamentar pode proteger contra o câncer de mama
Verdade. Existem evidências de que quanto mais prolongado for o período de aleitamento, maior a proteção, principalmente se a gestação ocorrer antes dos 30 anos de idade. “Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, a exposição a certos hormônios femininos que podem estar associados ao surgimento de tumores, como é o caso do estrogênio. Então, o principal efeito protetor da amamentação é que ela pode retardar o restabelecimento dos ciclos ovulatórios”, explica a especialista.
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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
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Maria Cristina conta que um grande estudo analisou dados de 47 estudos epidemiológicos (aproximadamente 50 mil mulheres com câncer de mama invasivo e 97 mil pacientes sem a doença) e estimou que, para cada 12 meses de amamentação, houve uma redução de 4,3% no risco relativo de câncer de mama.
Mulheres mais velhas têm mais chance de desenvolver a doença
Verdade. As estatísticas mostram que a idade avançada é um dos fatores de risco para o câncer de mama. Isso não significa que os exames de prevenção não devam ser realizados em mulheres de outras faixas etárias, como alerta a médica. Dados do Inca mostram que a faixa etária que mais se beneficia do rastreio de câncer de mama é entre os 50 e os 69 anos. “É nesse grupo que o custo-efetividade da mamografia é adequado”, afirma Maria Cristina.
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