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Mulher descobre câncer de mama ao fazer exames para colocar silicone

Empresária teve câncer de mama em 2015, passou pela retirada das mamas, por infecção hospitalar e por um novo tumor no pulmão

atualizado

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Reprodução/Acervo pessoal
Foto mostra Eliane de Sousa Canedo Marino, mulher que descobriu câncer de mama em 2015 ao tentar colocar um silicone e fez mastectomia total
1 de 1 Foto mostra Eliane de Sousa Canedo Marino, mulher que descobriu câncer de mama em 2015 ao tentar colocar um silicone e fez mastectomia total - Foto: Reprodução/Acervo pessoal

Em 2015, então com 49 anos, a empresária goiana Eliane Marino estava decidida a colocar silicone nos seios. Procurou um cirurgião plástico mas, durante a rodada de exames pré-operatórios, os médicos descobriram que ela tinha câncer de mama.

“Eu já vinha sentindo umas dores na mama esquerda, mas não tinha me preocupado. Queria fazer o procedimento estético, porém acabei recebendo essa surpresa: um tumor de grau dois”, conta a empresária.

Como era uma paciente muito jovem, os médicos avaliaram que havia chance de um retorno futuro do tumor e recomendaram uma mastectomia total, com a retirada dos dois seios.

“Achei que aquele momento seria o ponto-chave, quando eu ia vencer o câncer de mama“, lembra. Porém, foi apenas o início da história da empresária com o câncer. Eliane acabou tendo uma infecção hospitalar resistente na cirurgia de retirada das mamas e precisou passar por um ano de tratamento antibiótico.

Enquanto isso, a terapia contra o câncer continuou. Para eliminar qualquer resquício de tumor, ela passou por 16 sessões de radioterapia e 26 sessões de quimioterapia que debilitaram seu corpo e a fizeram perder os cabelos.

“Para mim, foi uma das etapas mais difíceis. Eu não quis raspar a cabeça de uma vez, então fui perdendo o cabelo progressivamente, até que já não dava mais para mantê-lo. Se não fosse o apoio da minha família, eu poderia ter sucumbido ali”, conta a empresária.

O oncologista Gustavo Fernandes, diretor nacional de Oncologia na Rede Dasa, explica que é importante procurar um especialista ao notar qualquer sintoma estranho e persistente.

“Se a mulher sentir alguma alteração ao fazer o autoexame, ela deve ir ao médico. Quando o câncer de mama é diagnosticado precocemente, as chances de precisar de cirurgia são muito menores”, aponta o médico.

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Reconstrução das mamas

O sonho inicial era colocar próteses de silicone, mas Eliane só pôde fazer o procedimento de reconstrução quatro anos depois da cirurgia de retirada das mamas. Com o câncer sob controle, em 2020 ela decidiu fazer o procedimento.

“Eu não queria fazer a reconstrução: tinha medo, o tratamento foi muito doloroso. Mas Deus colocou o doutor Luís na minha vida, e deu tudo certo. Fiz a reconstrução, fiquei muito feliz e realizada”, comemora.

O médico que atendeu Eliane foi o cirurgião plástico Luís Felipe Maatz, especialista em reconstrução mamária. “O objetivo desse procedimento é reconstruir a mama retirada, buscando um resultado que leve em consideração o volume, forma, simetria e aparência das mamas, ajudando na recuperação da autoestima, confiança e qualidade de vida da paciente”, explica o especialista.

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Mais um capítulo na luta contra o câncer

Eliane tinha certeza que a batalha contra o câncer tinha, finalmente, terminado. Porém, pouco mais de um ano depois da cirurgia de reconstrução, ela teve uma nova surpresa: um diagnóstico de câncer de pulmão também no lado esquerdo do corpo.

“Os médicos até acharam que se tratava de uma reincidência do tumor da mama, mas descobrimos que era um tumor primário. Eu, que tinha fumado só quando era jovem, tive que enfrentar mais essa batalha”, conta a empresária.

O oncologista Daniel Vargas, do Grupo Oncoclínicas, de Brasília, explica que ter dois cânceres primários, como no caso de Eliane, é algo raro.

“Porém, pacientes que desenvolvem câncer em idade mais jovem em geral têm alguma alteração genética que propicia um risco elevado do desenvolvimento da doença”, afirma o médico.

A empresária já fez a cirurgia para retirar o tumor dos pulmões e diz estar se sentindo muito bem e saudável. “Tenho muita certeza no futuro e fé no amor dos que me cercam. Já estou 100%, vou à academia, vivo meu dia a dia com muita alegria, realmente, me sinto mais viva do que nunca”, conclui.

(Colaborou a repórter Bethânia Nunes)

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