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Canabidiol pode reduzir tumor cerebral altamente agressivo, diz estudo

Um dos princípios ativos da maconha, o canabidiol, pode ser eficaz no tratamento contra um câncer cerebral bastante comum, o glioblastoma

atualizado

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canabis maconha
1 de 1 canabis maconha - Foto: Getty Images

Um dos princípios ativos da maconha, o canabidiol (CBD), pode ser eficaz no tratamento contra o glioblastoma, câncer cerebral bastante comum. Essa foi a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Augusta University, nos Estados Unidos, em camundongos. Por meio de análises, foi constatado que o ativo diminui o crescimento do tumor e altera a dinâmica do microambiente tumoral, ajudando no combate da doença.

Para simular o câncer cerebral nos ratos, os autores utilizaram células de glioblastoma modificadas de humanos e adaptadas para os animais, criando o glioblastoma ortotópico, uma representação realista do tumor produzida artificialmente fora do corpo humano.

Em oito dias, a doença já estava ativa de forma agressiva no cérebro dos animais. No nono dia, a equipe de pesquisa iniciou o tratamento com inalação de canabidiol diariamente, enquanto outros animais recebiam doses de placebo. Foi observado que os camundongos que inalaram o CBD tiveram resultados melhores do que os que receberam o placebo. O experimento durou sete dias e foi publicado na revista científica Cannabis and Cannabinoid Research.

“Vimos uma redução significativa no tamanho do tumor e também no microambiente tumoral estabelecido pelas células cancerosas, o que inclui vasos sanguíneos e fatores de crescimento diversos que fazem com que ele se espalhe”, registrou, em comunicado, Babak Baban, imunologista da Universidade Augusta e um dos autores do estudo.

A capacidade que o canabidiol tem de regular inflamações, algo já percebido em outros estudos médicos, também foi averiguada durante a pesquisa. Atualmente, o tratamento do câncer de cérebro do tipo glioblastoma é feito por cirurgia seguida de quimioterapia e radioterapia. No entanto, os resultados não costumam ser satisfatórios, já que esse tipo de tumor é resistente aos medicamentos.

O objetivo principal dos cientistas, caso os efeitos positivos do canabidiol sejam comprovados em mais pesquisas, é usá-lo no tratamento já estabelecido para pessoas com diagnóstico de câncer cerebral.

“Embora a abordagem estabelecida pelos pesquisadores seja facilmente aplicável a humanos, neste momento estamos olhando principalmente para a resposta biológica do tumor ao canabidiol”, pontuou Martin Rutkowski, neurocirurgião da Universidade Augusta.

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