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Atenção! Veja como evitar problemas de saúde comuns no Carnaval

Médico alerta que viroses, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e intoxicações alimentares são problemas comuns no período

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Carnaval
1 de 1 Carnaval - Foto: Getty Images

A intenção não é estragar a festa de ninguém. Apenas lembrar que os quatro dias de folia somados ao excesso de bebidas alcóolicas, má alimentação, exposição a altas temperaturas e pouco descanso exigem cuidados com a saúde.

O infectologista José David Urbaez, do Exame Medicina Diagnóstica, explica que nesse período aumenta a possibilidade de adquirir viroses e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), bem como viver episódios de intoxicações alimentares devido ao consumo de alimentos e água contaminados.

A recomendação é se informar sobre os problemas de saúde típicos dessa época e os principais sintomas, sem se esquecer das dicas de prevenção para evitá. Confira:

Viroses e gripes

Como é de senso comum, principalmente após a pandemia, as aglomerações favorecem a transmissão de vírus pelo ar, como os da gripe e da Covid.

O infectologista recomenda aos foliões que estejam com as vacinas em dia e que deem preferência a locais abertos, além de lavar bem as mãos ou utilizar o álcool em gel para higienização.

Além disso, caprichar na alimentação e moderar no álcool são importantes para evitar viroses. “A má alimentação combinada com excesso de consumo de bebidas alcoólicas prejudica o sistema imunológico, que é essencial para proteger o corpo contra os vírus”, reforça o infectologista.

Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA)

Fazer lanches rápidos na rua é uma saída encontrada por muitos para se alimentar durante a festa. No entanto, a ingestão de bebidas ou comidas contaminadas por bactérias, vírus, fungos, parasitas intestinais ou substâncias tóxicas pode gerar problemas graves de saúde. Os sintomas mais comuns são vômitos, diarreias, dores abdominais e, em alguns casos, febre.

Para diagnosticar essas doenças, são feitos exames de sangue e fezes, que identificam qual é o agente causador da enfermidade e auxiliam a equipe médica a orientar os melhores tratamentos.

“Uma das formas de se prevenir contra essas doenças é a prática de higiene pessoal e coletiva, com adoção de cuidados de limpeza das mãos com água e sabão, bem como higienização dos alimentos”, recomenda.

Doença do beijo

A ciência já identificou oito diferentes vírus da família do herpes que podem causar doenças em humanos. Comum no Carnaval, o herpes vírus 4 é o da mononucleose infecciosa. Popularmente conhecida como “doença do beijo”, ela é transmitida pela saliva e tem maior incidência entre pessoas de 15 a 25 anos de idade.

Os sintomas são febre, dor de garganta, mal-estar geral, dor de cabeça, gânglios muito aumentados no pescoço e inflamação da faringe. Uma das formas de evitá-la é não compartilhar objetos pessoais, como alimentos, copos e talheres.

Hepatite A e B

A hepatite também é uma doença transmitida por vírus. As formas de contágio da hepatite A são por água e alimentos crus. Já a hepatite B, pode ser contraída por via sexual, no contato com sêmen, sangue e fluidos pessoais infectados.

Em ambos os casos, os sintomas comuns são febre, náusea, anorexia, desconforto abdominal e icterícia, que podem durar de 4 semanas a seis meses.

O médico explica que a prevenção da hepatite é feita com vacina, além da verificação da origem da água e dos alimentos crus consumidos. “No caso da hepatite B, por ser também uma IST, é recomendado o uso de preservativo e sobretudo a vacinação específica, que é altamente eficaz”, indica o especialista.

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Causadas por diversos tipos de agentes infecciosos, como vírus, bactérias ou outros microrganismos, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são transmitidas principalmente pelo contato sexual oral, vaginal ou anal com uma pessoa infectada sem o devido uso de preservativo. Em alguns casos, a pessoa contaminada pode transmitir mesmo sem apresentar sintomas.

As infecções mais comuns são: HIV, cancro mole, HPV, gonorreia, sífilis e herpes genital. As três últimas se manifestam pelo aparecimento de feridas, bolhas, corrimentos, coceira ou verrugas na região genital/anal e a boca, além de dor pélvica e ardência ao urinar.

De acordo com Urbaez, para se prevenir dessas infecções é indispensável o uso de camisinha, além de manter a vacinação contra o HPV em dia. No caso do HIV, o médico relembra a existência de medicamentos usados antes da exposição (PREP – Profilaxia pré-exposição) ou mesmo depois de acontecer o contato sexual (Profilaxia pós-exposição), que são altamente eficazes.

“Se a relação sexual foi desprotegida, é necessário realizar exames logo em seguida para o rastreamento precoce. É importante estar atento ao próprio corpo e ao do parceiro ou parceira sexual para diagnosticar e tratar as infecções no início, evitando complicações mais graves”, finaliza David.

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