Amostra de pele indica que italiana teve Covid antes de casos de Wuhan
Membros da OMS tentam descobrir a identidade da paciente para investigar origem do vírus. Médico que a tratou faleceu em março deste ano
atualizado
Compartilhar notícia
Uma mulher de 25 anos pode ter sido a primeira paciente de Covid-19 na Itália. Testes feitos com amostras de pele da paciente indicam que ela estava infectada com o novo coronavírus em novembro de 2019, um mês antes de o vírus se espalhar na província de Wuhan, na China.
Membros de uma equipe liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estuda as origens do vírus, investigam o caso. A maior barreira neste momento é descobrir a identidade da jovem. O hospital Policlínico de Milão e a Universidade de Milão, que supervisionou seu caso, afirmam não ter detalhes sobre o caso.
Raffaele Gianotti, o médico dermatologista que tratou a mulher, faleceu em março deste ano, dias antes de a equipe da OMS solicitar mais pesquisas sobre a paciente, segundo informações do The Wall Street Journal.
De acordo com as autoridades, a jovem visitou um hospital de Milão com queixas de dor de garganta e lesões na pele ainda em novembro de 2019. Ela deixou uma pequena amostra de pele para estudo no local.
Dois testes realizados mais de seis meses depois por Gianotti encontraram vestígios do vírus Sars-CoV-2 nas amostras, segundo uma pesquisa publicada em janeiro deste ano no British Journal of Dermatology. Um exame de sangue de junho de 2020 revelou que a paciente possuía anticorpos contra a infecção.
Para os cientistas, o caso levanta a hipótese de que o vírus circulava na China e em outros países muito antes do primeiro surto da doença, registrado em dezembro de 2019, no mercado de frutos do mar de Wuhan. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar a suspeita e a saber o paradeiro da paciente 01 da Itália é fundamental.
Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano: